Plano nacional de emergência para sismos “é atualizado e testado de dois em dois anos”, garante ministro
O ministro da Administração Interna garante que há um plano nacional para emergências da proteção civil mas alerta que as autarquias também devem ter planos municipais de emergência integrados.
Na sequência dos sismos na Turquia e Síria levantaram-se preocupações sobre a prontidão de Portugal face a um acontecimento semelhante. O ministro da Administração Interna assegura que Portugal tem o seu plano nacional de emergência de proteção civil, que é “atualizado e testado de dois em dois anos quer para a Área Metropolitana de Lisboa, quer para o Algarve” e para as regiões autónomas, que “têm mecanismos próprios”. Autarquias também devem ter planos municipais, alerta José Luís Carneiro.
Este plano tem uma vertente preventiva “de acordo com as orientações e práticas que têm vindo a ser desenvolvidas e testadas no quadro europeu e da ONU”, explica o ministro em entrevista à RTP3, sendo que há também “um pacto das nações relativamente à capacitação dos territórios para catástrofes naturais e riscos, nomeadamente tremores de terra e tsunamis”.
Existem atualizações e testes de dois em dois anos, aponta José Luís Carneiro. Estão envolvidas no plano várias equipas, nomeadamente “todas as forças e serviços de proteção civil, onde estão as forças de segurança e serviços de saúde, transportes e mobilidade tendo em vista a evacuação”. O ministro deixa também o alerta de que, “para além do plano preventivo de emergência de proteção civil, as autarquias devem também ter planos municipais de emergência integrados com as sub-regiões, com as regiões e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)”.
José Luís Carneiro salienta também que “todos os anos a Proteção Civil desenvolve testes nas escolas nacionais, para os adolescentes entre os 13 e 16 anos, no programa “Terra treme”, e depois há medidas de preparação, por exemplo, o plano de alerta estabelecido para Lisboa e Algarve”.
O ministro admite que as “catástrofes têm sempre dimensões que não cabem nas previsões”, mas reitera que existem planos e “mecanismos de evacuação das populações por via marítima e transporte ferroviário”.
Já quanto ao envio de meios para outros países, José Luís Carneiro adianta que para o Chile, que sofreu incêndios florestais, há um “plano que prevê 141 elementos da força especial da ANPC, do ICNF, dos bombeiros voluntários, da GNR e do INEM”, que depende da aceitação do apoio por parte do país. Já para a Turquia e Síria está em curso a coordenação da resposta, que dependerá da definição dos meios necessários. “Portugal tem capacidades que podem e têm vindo a dar contributo importante para sistema de proteção civil europeu“, assegura.
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