Síria autoriza entrega de ajuda em zonas controladas por rebeldes e atingidas pelos sismos
O Governo sírio indicou que a distribuição da ajuda humanitária será "supervisionada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Sírio" com a ajuda da ONU.
O Governo sírio vai aceitar a entrega de ajuda internacional nas áreas controladas por rebeldes que foram atingidas pelos terramotos de segunda-feira, segundo um comunicado divulgado pela agência oficial Sana.
O Governo do Presidente Bashar al-Assad disse que a distribuição da ajuda humanitária será “supervisionada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Sírio” com a ajuda da ONU.
A decisão foi divulgada depois de Al-Assad ter visitado esta sexta-feira um hospital em Aleppo (noroeste), uma das regiões mais afetadas pelos sismos, que causaram a morte de 3.377 pessoas na Síria, segundo o balanço mais recente.
O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu esta sexta-feira “um cessar-fogo imediato” na Síria para facilitar a ajuda às vítimas dos terramotos que devastaram parte do país e da Turquia no início desta semana.
É preciso também que haja um “pleno respeito pelos direitos humanos e pelas obrigações do Direito Humanitário para que a ajuda chegue a todos”, afirmou Volker Türk, numa mensagem divulgada na rede social Twitter. “Neste momento terrível para a Turquia e para a Síria, pedimos que seja dada, com urgência, assistência a TODOS os necessitados”, sublinhou o alto-comissário na mensagem.
Mais de 5,3 milhões de pessoas poderão ter ficado sem casa na Síria devido aos sismos de segunda-feira, alertou o representante local do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Sivanka Dhanapala. “Para a Síria, isto é uma crise dentro de uma crise. Tivemos choques económicos, [pandemia de] covid-19 e estamos agora nas profundezas do inverno, com nevões a assolar as áreas afetadas”, disse Dhanapala, citado num comunicado do ACNUR.
“Trata-se de um número enorme e chega a uma população que já sofre deslocações em massa”, afirmou. Uma guerra civil está em curso na Síria desde 2011. Os sismos tiveram epicentro na vizinha Turquia.
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