Genéricos dão poupança recorde de 509 milhões ao Estado e famílias em 2022

Entre 2011 e 2022, a utilização de medicamentos genéricos já permitiram gerar um poupança de 5.279 milhões de euros aos cofres do Estado e às famílias. Só em 2022, foram 509 milhões, um valor recorde.

No ano passado, os medicamentos genéricos vendidos nas farmácias permitiram poupar mais de 509 milhões de euros ao Estado e às famílias portuguesas, isto, é um aumento de 30,3 milhões de euros face ao período homólogo, segundo os dados da APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares e pela Associação Nacional de Farmácias (ANF). É o valor mais alto dos últimos 12 anos.

Em comunicado conjunto, estas associações revelam que só em 2022 os medicamentos genéricos geraram uma poupança “superior a 509 milhões de euros”, isto é, um aumento de 6,3% face aos 479 milhões de euros atingidos ao longo de 2021. Contas feitas, “a cada segundo que passa, 16,15 euros são poupados às famílias portuguesas e ao Estado” através da venda de medicamentos genéricos.

Este é, aliás, o montante mais elevado nos 12 anos de monitorização. No total, entre 2011 e 2022, os medicamentos genéricos permitiram gerar um poupança de 5.279 milhões de euros aos cofres do Estado e às famílias. Já no que toca a este ano e até esta quinta-feira, o contador online estima que tenham sido já poupados mais de 65 milhões de euros.

“A poupança com os medicamentos genéricos tem aumentado ano após ano, tendo, pela primeira vez, ultrapassando os 500 milhões de euros”, realça a presidente da APOGEN, citada na nota de imprensa. Maria do Carmo Neves nota ainda que esta tendência “evidencia o desempenho destes fármacos no acesso equitativo dos utentes à saúde e na prestação de melhores cuidados”, garantindo ainda “uma gestão equilibrada dos recursos a nível público e privado”.

O ano passado e o início deste ano está a ser marcado pela subida de preços da energia e matérias-primas, bem como da escassez de alguns medicamentos, que tem afetado alguns países da Europa, incluindo Portugal. Para colmatar a dificuldade no acesso de medicamentos e evitar ruturas de stock, o Governo avançou com a revisão dos preços dos medicamentos mais baratos.

Além disso, será criada uma lista de medicamentos essenciais críticos, “cuja disponibilidade será monitorizada de forma particular e em relação aos quais serão tomadas medidas específicas que podem incluir a revisão excecional de preço”. Paralelamente, o Infarmed tem ainda uma lista de medicamentos cuja exportação está suspensa temporariamente.

No ano passado, foram dispensadas cerca de 102 milhões de embalagens de medicamentos genérico, o que representa um aumento de 10,7% face ao período homólogo, segundo os dados da Health Market Research.

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