Zelensky pede aos aliados para acelerarem apoio à Ucrânia
Numa intervenção em vídeo numa conferência em Munique, Zelensky sublinhou que “não há alternativa à vitória da Ucrânia" e avisou que o seu país não será a "última etapa" de Putin.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou esta sexta-feira aos aliados para acelerarem o apoio à Ucrânia, invadida pelas forças russas há quase um ano, insistindo que “não há alternativa” à vitória ucraniana.
“Precisamos de velocidade. Velocidade para concluir os nossos acordos, velocidade nas entregas para reforçar o nosso combate, velocidade das decisões para limitar o potencial russo. Não há alternativa à velocidade, porque dela depende a vida”, disse o Chefe de Estado ucraniano durante uma intervenção, em formato vídeo, na Conferência Internacional sobre Segurança que arrancou esta sexta-feira em Munique, Alemanha.
“Não há alternativa à vitória da Ucrânia. Não há alternativa à Ucrânia na União Europeia (UE). Não há alternativa à Ucrânia na NATO”, sublinhou.
Zelensky acrescentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, “tenta ganhar tempo para a sua agressão” e “apostar numa fadiga das partes”. “É claro que a Ucrânia não será a sua última etapa. Vai prosseguir [a ofensiva] em direção a outros Estados do ex-bloco soviético”, prognosticou. O líder do Kremlin “tem medo da situação no seu país”, acrescentou.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Vários chefes de Estado e de Governo, ministros e líderes de organizações internacionais vão marcar presença nos próximos dias na Conferência de Segurança de Munique, evento que decorre nas vésperas do primeiro aniversário da guerra na Ucrânia. A poucos dias de se completar um ano desde a invasão russa da Ucrânia, o conflito será o tema dominante da conferência, que decorre até domingo.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o diretor do Gabinete da Comissão de Negócios Estrangeiros do Partido Comunista da China, Wang Yi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, são alguns dos nomes que vão passar por Munique. Nenhum representante russo está anunciado, até à data, na conferência.
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