BCE sem sinais de contágio da turbulência nos EUA e Credit Suisse

  • ECO
  • 17 Março 2023

Apesar da turbulência, os depósitos nos bancos da Zona Euro continuam estáveis, com as autoridades de supervisão sem sinais de contágio dos problemas nos EUA e Credit Suisse.

O Banco Central Europeu (BCE) não vê sinais de contágio nos bancos da Zona Euro da turbulência no setor, apesar de os resgates ao Credit Suisse e ao First Republic Bank não terem restabelecido a confiança dos investidores, que voltam a castigar os títulos da banca.

Por conta destas tensões, o BCE realizou uma reunião de emergência esta sexta-feira para avaliar a instabilidade e volatilidade no setor.

Ainda assim, as autoridades de supervisão receberam a informação de que os depósitos continuam estáveis em toda a Zona Euro e que a exposição dos bancos da região ao Credit Suisse era imaterial, segundo adiantou uma fonte à agência Reuters. O porta-voz do BCE não quis fazer qualquer declaração sobre o tema.

Tanto o Credit Suisse e como o First Republic Bank foram “resgatados” esta semana, mas continuam sob pressão na bolsa. O banco suíço recebeu um empréstimo de 50 mil milhões de francos suíços do banco central para reforçar liquidez e comprar obrigações no mercado, mas chegou a tombar mais de 10% nesta sessão, para novo mínimo histórico.

Já o americano First Republic Bank — banco que está agora no centro das atenções, depois das falências do Silicon ValleyBank e o SignatureBank há uma semana — teve uma “boia de salvação” de 30 mil milhões de dólares lançada pelos principais bancos de Wall Street, incluindo o Bank of America, JPMorgan Chase, Wells Fargo e Citigroup, mas os títulos afundaram mais de 20% no arranque da sessão nova iorquina.

Dados do BCE mostram que os bancos da Zona Euro têm cerca de 4 biliões de euros em excesso de liquidez, dinheiro que querem devolver ao banco central pois estes empréstimos tornaram-se mais caros.

Um responsável do governo alemão afastou comparações entre a atual situação dos bancos europeus com a crise financeira de 2008, acrescentando que não há motivo para preocupação com o setor bancário do país.

Por cá, os bancos nacionais também asseguram ter uma exposição irrelevante ao Credit Suisse.

Esta quinta-feira, depois de ter avançado com nova subida das taxas de juro em 50 pontos base, o BCE assegurou que os bancos da Zona Euro estão “muito, muito mais fortes do que em 2008”, segundo Christine Lagarde.

(Notícia atualizada as 14h51)

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