Antigo hotel de Vieira no Brasil reabre em setembro com gestão da Meliá

  • Ana Petronilho
  • 27 Março 2023

Contrato de concessão entre o proprietário do imóvel e a cadeia hoteleira espanhola tem um prazo de dez anos, mas pode ter cessar antecipadamente caso exista interesse em vender o imóvel.

O antigo hotel de Luís Filipe Vieira, no Recife, vai reabrir em setembro com a gestão da cadeia espanhola Meliá. Em causa está o antigo Sheraton Reserva do Paiva, unidade de cinco estrelas no Brasil, que pertenceu à Promovalor do ex-presidente do Benfica.

O ECO sabe que estão a ser ultimados os detalhes para a assinatura do contrato de concessão entre a proprietária do edifício onde funciona o hotel, a C2 Capital Partners — entidade que gere o fundo de investimento alternativo especializado (FIAE) Promoção e Turismo – com o grupo hoteleiro espanhol.

O contrato de concessão com a Meliá tem um prazo de dez anos, que pode cessar antecipadamente, caso exista interesse em vender o imóvel, apurou o ECO junto de fontes próximas do processo.

Antes da abertura, prevista para setembro, quando arranca a época alta do turismo no Brasil, o hotel vai sofrer obras pontuais de adaptação ao novo operador. Desde o início da pandemia que a unidade hoteleira está encerrada.

O antigo hotel de Luís Filipe Vieira será a 13.ª unidade sob a chancela Meliá no Brasil. O valor pago pela cadeia espanhola à C2 Capital Partners vai flutuar sendo proporcional às receitas.

Na corrida para assumir a gestão do hotel estava também o grupo português Vila Galé, que na última ronda negocial não melhorou a proposta, acabando o imóvel, por isso, nas mãos da operadora espanhola, revelou ainda ao ECO fonte próxima do processo.

O hotel de 298 quartos foi inaugurado em junho de 2014 num projeto que, à data, foi avaliado em cerca de 200 milhões de euros. Três anos depois de abrir portas, em 2017, passou para as mãos do Novobanco, no âmbito da reestruturação da dívida da Promovalor que levou à constituição do FIAE na sociedade Capital Criativo.

Entre os ativos no Brasil entregues por Vieira como garantia ao Novo Banco, o hotel era considerado como o mais promissor para encaixar capital para cobrir a dívida.

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