Marcelo defende que Portugal deve acompanhar investimentos de aliados da NATO

  • Lusa
  • 28 Março 2023

"Este é o contexto para o fazer, num ambiente estratégico com ameaças concretas, com a opinião pública alinhada, com um apoio político alargado", defendeu o Presidente.

O Presidente da República defendeu esta terça-feira que, no atual contexto de guerra na Ucrânia, Portugal deve ir acompanhando os investimentos em Defesa dos seus aliados da NATO, reajustar meios e melhorar as condições das carreiras militares.

Este é o contexto para o fazer, num ambiente estratégico com ameaças concretas, com a opinião pública alinhada, com um apoio político alargado. Perder este tempo e este modo – o que não irá acontecer – poderia a prazo ser irrecuperável para o país, para a instituição militar e todo o ecossistema da Defesa Nacional, com efeitos perversos na economia, na coesão social e na coesão territorial”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas falava no Instituto da Defesa Nacional, em Lisboa, na sessão de lançamento do livro “Políticas de Defesa em Portugal”, coordenado em conjunto pelo antigo ministro da Defesa Nuno Severiano Teixeira e pela atual titular da pasta, Helena Carreiras.

Segundo o chefe de Estado, “é neste contexto de conflito e competição duradouros que a democracia portuguesa vai ter de ir calibrando a sua política de Defesa, acompanhando os investimentos feitos pelos aliados da NATO”.

“Acelerando o reajustamento dos meios ao dispor das missões nacionais, criando as condições indispensáveis à atratividade das carreiras e à sua dignidade laboral, dando maior ênfase ainda à substância da Lei de Programação Militar e decorrente programação das infraestruturas militares”, completou. Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa apelou a que seja construído “de imediato um consenso político alargado sobre o novo Conceito Estratégico de Defesa”.

Por outro lado, considerou que deve haver “uma ainda maior aposta na inovação das capacidades científica e tecnológica militar”, argumentando que isso “não transforma em caso algum a democracia portuguesa num regime securitário, antes pode representar um eixo económico significativo e tornar a democracia ainda mais consistente”.

Nesta sessão estiveram presentes, além da ministra da Defesa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, os chefes da Armada, da Força Aérea, e do Exército, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, o comandante-geral da Guarda Nacional Republicana e o secretário de Estado da Defesa Nacional.

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