Governo cria linha de crédito de 150 milhões para municípios fazerem obras coercivas
Governo cria linha de crédito de 150 milhões de euros, através do Banco Português do Fomento, para municípios realizarem obras de conservação em património privado.
O Governo aprovou, esta quinta-feira, o financiamento de 150 milhões de euros aos municípios para executarem obras de conservação em património privado, anunciou o primeiro-ministro António Costa, durante a conferência de imprensa realizada após Conselho de Ministros em que se aprovou o pacote “Mais Habitação”.
O executivo vai criar, assim, uma linha de crédito de 150 milhões de euros, através do Banco Português do Fomento, para financiar a realização de “obras coercivas por parte dos municípios” em casas devolutas.
O objetivo é “fomentar o cumprimento das prerrogativas dos municípios já existentes no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), com a criação de uma linha de financiamento de 150 milhões de euros”, avança o Governo.
Esta linha de financiamento vem responder a uma lacuna. “Apesar de já existir esta prerrogativa legal, a falta de linhas de financiamento inviabiliza, muitas vezes, o cumprimento das competências dos municípios; situação que cumpre resolver com a criação desta linha de financiamento”, esclarece o Conselho de Ministros.
O Governo quer, assim, garantir que os municípios não precisam de canalizar capitais próprios para executarem estas obras coercivas, sendo a amortização do empréstimo efetuada ou através do pagamento da dívida pelo proprietário – responsável pela execução das obras, ao abrigo do dever de conservação que sobre ele impende –, ou através dos rendimentos gerados pelo imóvel, através do arrendamento.
O presidente dos Autarcas Social Democratas (ASD), Hélder Silva, já antes disse ao ECO que este “é mais um presente envenenado do Governo para as autarquias”.
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