“CFO da TAP mentiu e isso tem que ter consequências”, diz Montenegro

Montenegro acusa Gonçalo Pires, administrador financeiro da TAP, de mentir durante a audição na comissão de inquérito e considera que "a falta de verdade" inviabiliza a sua manutenção em funções. 

O presidente do PSD acusou esta segunda-feira Gonçalo Pires, administrador executivo com o pelouro financeiro da TAP, de mentir durante a audição na comissão parlamentar de inquérito e considera que “a falta de verdade” inviabiliza a sua manutenção em funções.

“A comissão de inquérito parlamentar à TAP começou na semana passada e apesar do curto espaço de tempo já temos primeira situação que não podemos passar em claro: o CFO mentiu e isso tem que ter consequências“, afirmou Luís Montenegro, em declarações transmitidas pela RTP3, no final da comissão permanente do PSD, em Lisboa.

Na quinta-feira, o administrador financeiro da TAP reconheceu perante os deputados da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP que soube alguns dias antes de um acordo para a saída da antiga administradora Alexandra Reis da companhia, mas de forma informal. Gonçalo Pires afirmou também que foi o Ministério das Infraestruturas que deu orientação para que resultados fossem apresentados apenas a investidores.

Contudo, de acordo com a CNN, a versão de Gonçalo Reis contrasta com a de Christine Ourmières-Widener, segundo a qual Gonçalo Pires foi informado desde o início do processo da saída de Alexandra Reis.

O presidente dos sociais-democratas instou ainda o ministro das Finanças, Fernando Medina, e o primeiro-ministro, António Costa, a “tomarem uma posição acerca da falta a verdade que consubstanciou o depoimento” de Gonçalo Pires.

“Estando a falar de uma companhia 100% pública, em processo de reprivatização, de uma pessoa com alta responsabilidade, de alguém que tem reporte direto ao Ministério das Finanças, a falta de verdade numa comissão de inquérito inviabiliza a assunção das condições exigíveis para o cumprimento dessa tarefa”, sublinhou ainda.

O líder do PSD acusou ainda o Executivo de “ligeireza e displicência” sobre as medidas anunciadas para a habitação, garantindo que se chegar ao Governo irá revogar as medidas. “Quando formos governo iremos revogar de imediato esta estratégia que passa pelo arrendamento coercivo imposto pelo Partido Socialista, pela desvalorizarão da importância do alojamento local e que parecendo ser um sinal de descentralização é um sinal de absoluto centralismo”, afirmou.

Além disso, Luís Montenegro adiantou que o PSD vai pedir um debate “com caráter de urgência” sobre as juntas médicas, cujos atrasos “são muito significativos” e têm privado estas pessoas de prestações sociais ou benefícios fiscais.

O presidente do PSD anunciou que o partido vai realizar um congresso extraordinário, a 25 de novembro, para fazer uma revisão estatutária e debater o programa do partido. “Uma data com grande carga histórica para os valores democráticos e para os valores que estiveram na génese do PSD, que também comemorará os seus 50 anos entre 6 de maio de 2023 e 6 de maio de 2024”, disse.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h30)

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