Hospital Cruz Vermelha avança com serviços de telemedicina com a startup knok

A plataforma tecnológica da knok, scaleup que integra a Fábrica de Unicórnios, vai permitir expandir serviços da unidade hospitalar de Lisboa.

O Hospital Cruz Vermelha (HCV) vai passar a prestar serviços de telemedicina e consulta ao domicílio, abrangendo populações fora da Área Metropolitana de Lisboa, através da plataforma tecnológica da knok, uma das oito scaleups que integram a recém-criada Fábrica dos Unicórnios, em Lisboa.

“O Saúde Digital é um serviço que já está operacional e que vai seguramente aproximar a instituição Hospital Cruz Vermelha aos utentes espalhados pelo país, oferecendo uma solução de conveniência e qualidade técnica no atendimento médico à distância”, explica Ana Cidraes, diretora clínica do HCV.

Uma enorme “validação do alcance e qualidade da solução de saúde digital e remota enquanto complemento ao atendimento em contexto hospitalar presencial” é como classifica José Bastos, CEO e cofundador da knok, a parceria fechada com o hospital para os serviços “Saúde Digital” e “Saúde em Casa”.

Os serviços irão permitir prestar de serviços de telessaúde e consulta ao domicílio, expandindo a oferta do HCV para lá do contexto hospitalar, alargando a disponibilidade da unidade “para servir os seus utentes habituais da área metropolitana de Lisboa, bem como prestar cuidados médicos a utentes fora da capital que, por condições clínicas ou de acesso, têm dificuldade em ser atendidos de forma presencial ou em tempo útil.

Trata-se do “primeiro passo” de uma parceria que visa contribuir para a transformação digital do hospital, tendo como objetivo a implementação da jornada digital do paciente. “Essa digitalização permitirá que os pacientes, seja em contexto agudos ou crónico, interajam com os seus profissionais de saúde por meio de cuidados baseados em tecnologia ou presencial de forma planeada e automatizada ao longo do tempo”, refere a knok.

A parceria, considera ainda José Bastos, ajudará a “quebrar alguns mitos que ainda persistem sobre a eficácia da telessaúde”. O responsável elenca números que revelam a eficácia deste tipo de solução.

“Numa análise a uma amostra significativa de 55.000 teleconsultas conseguimos concluir que a taxa de resolução, ou seja utentes que viram os seus problemas de saúde resolvidos por teleconsulta, foi de 88%, em linha com os standards dos cuidados presenciais. De resto, nem devemos almejar uma taxa de 100%, uma vez que há sintomatologias e condições clínicas cuja atuação médica deve passar não pela resolução, mas pelo correto encaminhamento para um outro serviço como as urgências”, diz o cofundador da tecnológica sedeada em Matosinhos.

A experiência registou elevados níveis de satisfação, garante. “Nesta mesma amostra 96% dos nossos pacientes consideraram a teleconsulta útil para resolver o seu problema de saúde e os índices de satisfação foram de 9.5 em 10”. Restam poucas dúvidas sobre o potencial que esta solução tem na resolução de cuidados e na capacidade de oferecer uma solução ágil, cómoda e satisfatória, e é isso que acreditamos que os utentes do HCV irão também sentir.”

Desde 2015, altura da sua fundação, que a knok, através da sua solução — que digitaliza a jornada do paciente, desde a triagem remota, até ao acompanhamento pós-atendimento com prescrição eletrónica, questionários clínicos e de experiência, num processo gerido através de smartphone —, já realizou mais de 400 mil vídeo consultas. Só no ano passado, a média foi superior a 800 consultas por dia e, em 365 dias, os minutos de consulta realizados foram equivalentes a mais de cinco anos.

A scaleup tecnológica está ainda a apostar no mercado internacional, com foco no Brasil, América Latina e Europa. “Já em 2023 esperamos que mais de metade da faturação da knok venha de clientes fora de Portugal, pelo que a aposta na internacionalização do negócio é essencial”, revelou, no final de janeiro, o CEO.

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