Portugal enfrenta riscos no abastecimento de gás este ano, mas perspetiva a médio prazo é positiva
Relatório aponta que uma das principais razões para não haver um risco no abastecimento de gás a médio prazo é que nos próximos anos é esperada uma redução acentuada no consumo de gás natural.
O mais recente relatório de segurança de abastecimento do sistema de gás da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) revela que em caso de acidente ou falha no terminal da REN em Sines, que é a principal porta de entrada de gás em Portugal, e se o país tiver um dia de consumo excecionalmente elevado, as restantes infraestruturas de gás em território nacional serão insuficientes para cobrir toda a procura, avança oExpresso (acesso pago) . No entanto, o mesmo documento sublinha que essa situação já não se coloca em 2025.
O relatório, que foi aprovado a 13 de abril, aponta que uma das principais razões para não haver um risco no abastecimento de gás a médio prazo é que nos próximos anos é esperada uma redução acentuada no consumo de gás natural em território nacional, o que tornará a rede do país suficiente mesmo num cenário extremo de indisponibilidade do terminal de gás natural liquefeito de Sines.
De acordo com o mesmo jornal, o relatório da DGEG prevê uma redução do consumo de gás natural em Portugal, dos cerca de 60 terawatt hora (TWh) em 2022 para pouco mais de 55 TWh em 2023, 50 TWh em 2025 e cerca de 40 TWh em 2030. Por outro lado, aponta ainda para um aumento do gás para as unidades autónomas de gás (UAG) de 2 TWh em 2022 para cerca de 3 TWh em 2030.
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