Inflação alta é “consequência do populismo”, avisa Larry Fink

  • ECO
  • 23 Abril 2023

Larry Fink fala num mundo em transição numa crise bancária concentrada nos Estados Unidos. "Guru" dos mercados defende que Europa devia implementar esquema de incentivos igual aos dos Estados Unidos.

Larry Fink avisa que a inflação alta é culpa do populismo e da fragmentação do mundo. O líder da gestora de ativos BlackRock e um dos “gurus” da bolsa avisa que o mundo está em transição e que a crise bancária está confinada às instituições regionais dos Estados Unidos.

“Creio que a inflação é uma consequência do populismo e também é resultado da fragmentação. A inflação não surge por artes mágicas mas sim pelas medidas políticas aplicadas em cada momento, dos estímulos fiscais às medidas que limitar a inflação”, refere o líder da gestora de ativos em entrevista ao jornal espanhol El País (acesso pago).

Quando se fala na fragmentação económica, Larry Fink lembra as conversas com os líderes mundiais: “cada vez que falo com alguém surge a questão se deve reduzir a sua dependência da China. Isso pressupõe uma grande mudança”. O líder da BlackRock diz que, ao mesmo tempo, “os próprios líderes dos governos estão a gerar fragmentação ao evocar razões de segurança nacional” na tomada de algumas medidas.

O “guru” nota também que o problema da inflação é que “ao mesmo tempo que se sobem as taxas de juro para arrefecer os preços, muitos governos põem em marcha planos fiscais muito agressivos. Isso complica a tarefa dos bancos centrais”.

Larry Fink defende ainda que a Europa deveria avançar com um esquema de incentivos para a transição energética semelhante ao dos Estados Unidos. “Seria o melhor que poderia acontecer ao mundo. Se o planeta pode descarbonizar a economia mais depressa, o que haveria de ter de errado nisso?”

Por fim, Larry Fink classifica a criptomoeda bitcoin como um “ouro digital”, um “ativo de refúgio” de último reforço para “todos os que não confiam nos governos, que se preocupam com o futuro do dinheiro e que defendem um sistema financeiro descentralizado”.

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