Lucros do Santander em Portugal crescem 21,4% até março

Banco reconhece que abrandamento dos depósitos se deve ao uso das poupanças para pagar os empréstimos da habitação e ao recurso a certificados de aforro.

Os lucros do Santander em Portugal cresceram 21,4% no primeiro trimestre, para 180 milhões de euros. O banco, no entanto, reconhece que há menos depositantes e que os novos empréstimos para a compra de casa estão em mínimos do início de 2020.

“A subida nas taxas de juro está a começar a ter impacto na procura por crédito, com os novos pedidos a caírem para os níveis mais baixos desde o início de 2020, quer para a compra de casa quer para as empresas”, refere a apresentação de resultados divulgada nesta terça-feira. O banco nota ainda que famílias e empresas estão a “começar a antecipar a amortização de empréstimos, tendo em conta que os custos de financiamento estão a aumentar, sobretudo nas opções por taxa variável, em linha com o aumento das taxas de juro”.

No final de março, o Santander tinha um total de 39,3 mil milhões de euros em empréstimos a famílias e empresas, menos 2,1% do que no primeiro trimestre de 2022 e menos 1,9% do que no final do ano passado.

O Santander também sente o impacto nos depósitos, que caíram 5,1%, para 41,1 mil milhões de euros. O banco assume que “famílias e empresas estão a começar a usar as poupanças para reduzir os empréstimos” e que “há uma diversificação” nos depósitos, com o recurso aos certificados de aforro do Estado, “com maior remuneração do que os depósitos bancários”.

Para a melhoria dos lucros contribuiu o aumento de 11,8% nas receitas, para 405 milhões de euros. O aumento das despesas foi inferior, de 5,2%, para 132 milhões de euros. No primeiro trimestre do ano, o Santander tinha 377 balcões em funcionamento, menos 1,6% do que no último trimestre de 2022. No final de março, o banco tinha 4.957 trabalhadores em Portugal, menos 1% do que no primeiro trimestre de 2022 mas mais 0,1% do que no final do ano passado.

No final de março, o Santander contava com 2,9 milhões de clientes, menos 100 mil do que no mesmo período de 2022.

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