“Não há perspetivas de venda”, garante CEO da Indaqua

Pedro Perdigão assegura que não existem perspetivas de venda dos acionistas. CEO garante que Indaqua tem conseguido manter a estratégia e assegura que "mudanças de acionista não se refletem na gestão"

A gestora de sistemas de abastecimento de água portuguesa não está em processo de venda. A garantia é dada pelo CEO da Indaqua, Pedro Perdigão, ao ECO/Capital Verde, onde sublinha que, de momento, não existem perspetivas de concretizar a venda da Indaqua por parte dos acionistas.

Não há perspetiva de venda por parte dos acionistas. Não tenho conhecimento de nenhum projeto de venda da Indaqua“, revela Pedro Perdigão em entrevista ao ECO/Capital Verde, rejeitando as últimas notícias que dão conta de um processo de venda que tem estado em curso nos últimos meses. Segundo o responsável, “há mais notícias do que factos nessa matéria“.

Tal como o ECO/Capital Verde noticiou, em janeiro, o fundo Equitix estava em fase de negociações exclusivas para a compra da Indaqua ao fundo Antin Infrastructure Partners, um negócio avaliado em cerca de 800 milhões de euros. No entanto, de acordo com o Jornal Económico, o negócio terá caído por terra em abril, tendo a entidade desistido de avançar com a aquisição. Caso se tivesse concretizado, esta seria a quarta vez que uma das maiores empresas privadas no setor da água em Portugal saltava de mãos.

Questionado sobre se os sucessivos processos de venda comprometem a gestão da empresa, Pedro Perdigão garante que não, assegurando que a Indaqua tem conseguido manter a estratégia a médio e longo prazo. “São alterações acionistas que não têm afetado a empresa”, vinca.

“Temos acionistas de muito longo prazo, o que nos permite estar com uma postura correta. Estas mudanças de acionista não se refletem na gestão“, partilha, dando conta de que a empresa fechou o ano com um volume de negócios de 100 milhões de euros e concluiu a aquisição da Plainwater, empresa do setor do abastecimento, recolha e tratamento de águas residuais em Portugal. Com esta transação, a Indaqua passou a ser responsável pela concessão em três regiões: Barcelos, Marco de Canaveses e Paços de Ferreira.

A gestora já foi detida pela Mota-Engil que, em 2016, vendeu por 60 milhões de euros a sua posição à empresa israelo-americana Myia, por sua vez controlada, a partir de 2019, pelo fundo de private equity Bridgepoint, até ser adquirida pelo fundo Antin em setembro de 2020. Segundo o Jornal Económico, esta última transação terá tido o valor de 625 milhões de euros.

A Indaqua tem atualmente oito concessões municipais de distribuição de água – em Santo Tirso/Trofa, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Vila do Conde, em Oliveira de Azeméis, Barcelos, Marco de Canaveses e Paços de Ferreira – e uma parceria público-privada (PPP), abastecendo 800 mil pessoas e contabilizando mais de 700 trabalhadores.

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