Amorim vale mais de metade das vendas do setor da cortiça em Portugal

Indústria corticeira faturou 2.010 milhões de euros em 2022, dos quais 1.095 milhões no fabrico de rolhas, a que se dedicam seis em cada dez empresas de um setor que emprega mais de 8.300 pessoas.

A indústria da cortiça em Portugal gerou um volume de faturação de 2.010 milhões de euros em 2022, um crescimento de 8,6% em relação ao ano anterior. A Corticeira Amorim continua a ser o porta-aviões deste setor, com a empresa que lidera o mercado a nível mundial a pesar mais de metade das vendas, com um total de 1.021 milhões de euros.

De acordo com a análise setorial divulgada esta quinta-feira pela consultora Informa D&B, a fabricação de rolhas foi a atividade com melhor desempenho do setor: alcançou um valor de 1.095 milhões de euros (+20% em termos homólogos). Seis em cada dez empresas – o efetivo ronda as 800 empresas – dedicam-se à produção de rolhas, com 30% focadas na preparação da cortiça e as restantes 12% a outro tipo de produtos.

Com 8.343 trabalhadores (dados de 2020) e concentrada sobretudo na região norte do país, onde estão sediados 84% dos operadores, a indústria corticeira exportou 1,2 mil milhões de euros no ano passado, 8% acima do exercício anterior. França (20%), Espanha (16%) e Itália (11%) foram os principais destinos das mercadorias que ultrapassaram as fronteiras em 2022, com as rolhas de cortiça natural cilíndricas a serem o produto mais exportado pelas empresas nacionais (cerca de 37% do valor total).

Com alguns mercados da gigante da cortiça a atravessarem “uma fase menos favorável”, o presidente da Corticeira Amorim antecipa um “crescimento moderado da faturação” em 2023. Em declarações ao ECO, António Rios de Amorim assegurou que a empresa de Mozelos (Santa Maria da Feira) continuará “atenta a oportunidades” e “não [exclui] a possibilidade de realizar aquisições este ano”.

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