Luz, Lusíadas e CUF candidatam-se para fazer partos encaminhados pelo SNS

Três maiores grupos de saúde privados disponíveis para colaborar com SNS na realização de partos no verão. Luz Saúde e Lusíadas já efetuaram a candidatura, enquanto a CUF vai submetê-la "em breve".

Os três maiores grupos de saúde privados estão disponíveis para colaborar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) na realização de partos durante o verão, em caso de necessidade. Em declarações ao ECO, tanto o grupo Luz Saúde como o grupo Lusíadas confirmam que já efetuaram a candidatura, enquanto a CUF ainda a vai submeter “em breve”.

Na quinta-feira, a direção Executiva do SNS divulgou o plano de funcionamento das maternidades públicas para os meses entre junho e setembro, sendo que entre as grandes novidades está o encerramento dos blocos de partos do Hospital Santa Maria e do Hospital das Caldas da Rainha, ambos localizados na região de Lisboa e Vale do Tejo, para obras.

Assim, a maternidade do Hospital das Caldas da Rainha vai fechar já a partir de 1 de junho, durante “durante um período de 4-5 meses”, sendo que serão encaminhadas para o Centro Hospitalar de Leiria. Já o bloco de partos do Hospital Santa Maria vai encerrar a partir de 1 de agosto também para obras “durante um período de 9 a 12 meses”, sendo que neste caso os serviços serão assegurados pelo Hospital São Francisco Xavier.

Para colmatar eventuais “picos” de afluência e satisfazer “necessidades excecionais e temporárias”, o Ministério da Saúde avançou com uma convenção com entidades privadas e sociais para a realização de partos na região de Lisboa e Vale do Tejo. A medida vai aplicar-se apenas às grávidas a partir das 36 semanas e sem fatores de risco, sendo que estão apenas elegíveis para aderir os hospitais que tenham realizado “uma média de pelo menos 700 partos por ano”.

Segundo o Público, os privados vão receber o mesmo que lhes é pago pela tabela da ADSE, ou seja, 1.965 euros por um parto normal (eutócico), 2.175 euros por um parto distócico (instrumentado) e 3.005 euros por uma cesariana. Em declarações ao ECO, os três maiores grupos de saúde privados do país confirmam que estão disponíveis para colaborar com o SNS.

“Já aderimos à convenção e, obviamente, estamos ao lado do SNS neste esforço”, adianta fonte oficial do grupo Luz Saúde, em resposta ao ECO. No entanto, o grupo dono do Hospital da Luz admite que tem “alguns constrangimentos” pelo facto de serem “a maior maternidade do país”. No ano passado, o grupo liderado por Isabel Vaz fez 3.347 partos e para este ano a procura tem sido “muito grande”.

Já o grupo Lusíadas adianta que submeteu na quarta-feira à noite “a sua candidatura à nova convenção para a realização de partos a utentes do Serviço Nacional de Saúde, na região de Lisboa e Vale do Tejo”. Fonte oficial do grupo reitera ainda a “disponibilidade” e o “compromisso em responder às necessidades da população portuguesa, servindo assim o sistema nacional de saúde”.

Por sua vez, fonte oficial da CUF diz que “irá, como sempre o fez, disponibilizar-se para colaborar e apoiar o país na prestação de cuidados de saúde de qualidade, neste caso, no âmbito da maternidade do Hospital CUF Descobertas”, sendo que apresentará a sua candidatura “em breve”.

Em março, o Governo reforçou, pela segunda vez, a dotação destinada à requalificação dos blocos de partos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O financiamento vai ser, afinal, de 27 milhões de euros, permitindo fazer obras nos 33 blocos de partos que submeteram a sua candidatura, ao invés dos 25 anteriormente previstos.

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