Atraso nos votos por correspondência adia fecho das eleições na AEP
José António Barros adiou o encerramento do ato eleitoral na Associação Empresarial de Portugal (AEP) devido a atraso dos CTT no envio dos boletins. Votos serão contabilizados a 12 de junho.
Só à terceira é que deverá ser mesmo de vez. Depois de a assembleia eleitoral da Associação Empresarial de Portugal (AEP) já ter sido adiada de 17 de abril para 29 de maio devido a uma irregularidade na primeira convocatória, o ato eleitoral realizado esta segunda-feira acabou por não ser encerrado devido ao atraso dos CTT na entrega dos boletins para o voto por correspondência.
O presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, que lidera a lista única para o conselho de administração (CA) e que irá continuar no cargo por mais quatro anos, explicou ao ECO que o presidente da Assembleia Geral, José António Barros, “entendeu que, face a esse atraso, devia prorrogar o prazo para todos os votos sejam contabilizados e nenhum sócio fique inibido de votar”.
O histórico dirigente da AEP, que decidiu afastar-se da associação patronal nortenha depois do episódio da retirada de convites, relatado pelo ECO, decidiu, assim, adiar o fecho da assembleia eleitoral e a contabilização dos votos para o dia 12 de junho, solicitando “dez dias úteis [adicionais] para que todos os votos possam chegar” à sede da associação, em Leça da Palmeira (Matosinhos).
Um total de 1.280 boletins de votos foram enviados para os associados da AEP em condições de votar, isto é, com as quotas em dia. Sem dispor de números oficiais, a avaliar apenas pela afluência presencial, Luís Miguel Ribeiro disse ao ECO que estas eleições terão “provavelmente a maior participação de sempre em lista única”. A tomada de posse dos novos órgãos sociais é formalizada de imediato, a 12 de junho.
Miguel Pinto (diretor-geral da Continental Advanced Antenna), José Luís Ceia (líder da Enjoysmile e atual presidente da Associação Empresarial do Alto Minho) e Eduardo Viana (CEO da Dourogás) vão ser os vice-presidentes da AEP nos próximos quatro anos, num conselho de administração que continuará a ser comandado por Luís Miguel Ribeiro.
A lista para os órgãos sociais no mandato 2023-2026 mostra uma renovação quase completa na administração, já que apenas Eduardo Viana é reconduzido. Para vogais entram três caras novas: Alexandre Almeida (Kis Consulting), Raquel Vieira de Castro (Vieira de Castro) e Benedita Amorim Martins (Conduril), filha de António Amorim Martins, que foi presidente da AEP nos anos 1980.
José Manuel Fernandes, fundador da Frezite, encabeça a lista para o Conselho Geral, que, após a recente alteração dos estatutos, deixa de ser liderado pelo presidente do CA e a funcionar como um conselho geral e de supervisão. O empresário da Trofa terá como vice-presidentes Paulo Barros Vale (Valcorp SGPS), Manuela Tavares de Sousa (Imperial), José Pedro Freitas (Mota-Engil) e Fernando de Sousa (CEI – Companhia de Equipamentos Industriais).
À frente do Conselho Fiscal da AEP continuará Alberto Castro, em representação da Universidade Católica, com Carlos Gomes (Leilosoc / Iseguria Capital) como vogal efetivo. Já a Mesa da Assembleia Geral passará a ser presidida por Ana Paula Roque (Revigrés), que estava até agora no CA e substitui neste cargo José António Barros.
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