Antigo patrão da Frezite lidera lista ao Conselho Geral da AEP
José Manuel Fernandes lidera a lista para o conselho geral, com Paulo Barros Vale e Manuela Tavares na equipa. Luís Miguel Ribeiro fica na presidência do conselho de administração da AEP.
José Manuel Fernandes, fundador da Frezite, encabeça a lista para o Conselho Geral da Associação Empresarial de Portugal (AEP), o novo órgão forte da associação patronal. O processo eleitoral esteve envolvido em polémica, sobretudo depois dos históricos José António Barros e Mário Pais de Sousa terem batido com a porta, tal como o ECO avançou.
As eleições na AEP, que tem sede em Matosinhos e é a principal associação empresarial do Norte do país, estão agendadas para 29 de maio — chegaram a estar previstas para 17 de abril –, pelo que as listas podem ser apresentadas até ao dia 11 de maio.
Ao que o ECO apurou, a lista que foi aprovada esta quinta-feira à noite na reunião do Conselho Geral é composta por um total de 26 nomes. Tem José Manuel Fernandes na liderança do Conselho Geral e Luís Miguel Ribeiro novamente na presidência do conselho de administração.
O fundador do grupo industrial da Trofa especializado em ferramentas de corte, que foi comprado a 100% pela família sueca Sandvik, terá como “número dois” Paulo Barros Vale (BV Trading), surgindo depois Manuela Tavares, CEO da Imperial, na terceira posição. O ECO sabe que Cristina Amorim foi também um nome equacionado para integrar a lista, não fossem as regras comunitárias impedi-la a participação em mais de cinco conselhos de administração.
Luís Miguel Ribeiro, contactado pelo ECO, optou por não fazer qualquer comentário, remetendo declarações para dia 11 de maio, data-limite para a entrega formal das listas e do programa de ação. Aprovada esta quinta-feira na reunião do Conselho Geral, a lista tem ainda de ir ao presidente da Assembleia Geral, mas, apesar de ainda poder sofrer pequenos ajustes, está praticamente fechada.
Na sequência da revisão dos estatutos da AEP, concluída este ano, o Conselho Geral passou a ser o órgão forte da associação, com peso deliberativo e de definição das linhas estratégicas, além de ser um órgão de supervisão, tal como acontece na generalidade das empresas.
Os mandatos dos órgãos dirigentes foram também alargados de três para quatro anos, sendo fixado um máximo de dois mandatos para todos os membros. Por outro lado, o presidente da AEP deixa de ocupar em simultâneo a liderança do conselho de administração e do Conselho Geral, como acontece atualmente com Luís Miguel Ribeiro.
O porta-voz da AEP, que foi o protagonista do episódio que ameaçou a paz entre os patrões do Norte, ao desconvidar José António Barros de presidente do Conselho Geral para tentar satisfazer os apelos de renovação da AEP, candidata-se ao cargo de presidente do conselho de administração.
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