Apple lança óculos de “realidade aumentada” que custam 3.499 dólares. Veja como são

Marca apresentou óculos que permitem ver e usar aplicações que pairam no espaço físico real. Novo produto esteve anos a ser desenvolvido e chega às lojas dos EUA em 2024 por 3.499 dólares.

Os Apple Vision Pro chegam às lojas dos EUA no início de 2024Apple

A Apple apresentou esta segunda-feira os seus muito aguardados óculos de “realidade aumentada”. O novo produto chama-se Apple Vision Pro e assemelha-se a óculos de esqui, permitindo ao utilizador ver as janelas das aplicações no espaço físico real. Podem ser controlados com os olhos, com as mãos e com a voz.

Os Vision Pro, que vão custar 3.499 dólares nos EUA, chegam às lojas no início do próximo ano, mas não a Portugal nesta primeira fase. A empresa promete lançar o produto noutros países mais tarde em 2024, sem referir que mercados serão contemplados.

Os anúncios foram feitos no final da abertura da conferência anual de programadores da marca, onde também foram lançadas outras novidades, incluindo um MacBook Air de 15 polegadas e o iOS 17, a próxima versão do sistema dos iPhones. Os óculos representam uma categoria de produto totalmente nova para a Apple e são um teste à liderança do CEO, Tim Cook.

A tecnológica norte-americana tem estado a trabalhar neste produto há vários anos, confirmou o presidente executivo. “Acredito que a realidade aumentada é uma tecnologia profunda”, disse o CEO da Apple, sublinhando que vai permitir “desbloquear novas experiências” aos utilizadores. Não se tratam apenas de uns óculos, mas sim uma “plataforma” com “um novo produto revolucionário”, assegurou.

Durante a apresentação, vários responsáveis referiram-se aos Vision Pro como um “computador espacial”. A Apple tem a expectativa de que este seja o “momento iPhone” da realidade aumentada e virtual – o empurrão necessário para uma tecnologia que, apesar do potencial, tem tido dificuldades em descolar.

Os Vision Pro permitem correr aplicações no espaço físico e são diferentes dos óculos de realidade virtual de outras marcas no mercado, porque não são, necessariamente, imersivos. Por outras palavras, enquanto os óculos Quest 2 da concorrente Meta transportam o utilizador para um mundo virtual totalmente novo, os Vision Pro da Apple conseguem misturar elementos virtuais com o mundo real, de modo a que o utilizador consiga manter-se consciente do que está a acontecer nas redondezas.

Ainda assim, é possível alterá-los para um modo mais imersivo e a Apple desenvolveu uma tecnologia para que as outras pessoas saibam se o utilizador está num mundo virtual ou se tem os pés assentes na Terra. A funcionalidade chama-se EyeSight e, na prática, faz com que os olhos do utilizador estejam visíveis, ou não, a quem está de fora.

Para fazer tudo isto, os óculos da Apple, feitos em vidro e alumínio, contam com 12 câmaras, cinco sensores e seis microfones que funcionam de forma integrada num novo sistema operativo desenhado para o efeito. A empresa adaptou também um dos seus chips para permitir que os óculos sejam silenciosos e não aqueçam. Chamou ao novo processador Apple R1.

A um nível mais prático, os óculos da Apple possuem uma espécie de rosca que permite fixar e ajustar o equipamento à cabeça do utilizador, além de uma Digital Crown semelhante à que existe no Apple Watch. Confirmam-se os rumores de que os óculos serão acompanhados por uma bateria que se põe no bolso e que confere ao equipamento duas horas de autonomia.

Os Vision Pro têm uma bateria externa que dá duas horas de autonomiaApple

Para já, os mercados não estão a ver bem os óculos da Apple. Minutos depois da apresentação, as ações da tecnológica inverteram a tendência de subida e desceram para terreno negativo. A pouco mais de uma hora do encerramento dos mercados em Wall Street, os títulos caíam 0,20%, para 180,59 dólares.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h33)

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