Um quarto dos professores não quis concorrer para entrar nos quadros

  • ECO
  • 6 Junho 2023

Risco de colocação longe da área de residência a partir de 2024 afastou 25% dos candidatos a tentarem ficar nos quadros.

Das mais de 8.200 vagas para professores entrarem nos quadros, cerca de 25% ficaram por ocupar. Estes são os resultados do concurso de entrada nos quadros de zona pedagógica para o ano letivo 2023/2024, que permitem que professores com o equivalente a três anos de trabalho possam integrar os quadros do Ministério da Educação.

No concurso apresentaram-se 6.159 professores, quando havia mais de 2.000 docentes que também reuniam as condições para tal, refere nesta terça-feira o jornal Expresso (acesso pago), com base em dados do Ministério da Educação. A obrigatoriedade de a partir de 2024 os profissionais que entrarem na vinculação dinâmica terem de concorrer em escolas de todo o país terá afastado potenciais candidatos.

A estas mais de oito mil vagas somar-se-ão outras cerca de 2.400 que decorrem da chamada “norma-travão”. Contas feitas, há cerca de 10.500 professores em condições de se vincularem já a partir de setembro, tal como sinalizou por diversas vezes o ministro da Educação, João Costa.

As vagas que os professores vão ocupar já em setembro são provisórias e podem não ser as mesmas em que ficarão a dar aulas após o concurso obrigatório do próximo ano. Por exemplo, um professor que esteja numa escola no norte do país, perto da sua residência, poderá ser colocado, no próximo ano, no Algarve, onde há há escassez de profissionais. Quem não aceitar a mudança ficará impedido de concorrer durante algum tempo e voltará a ficar sujeito a concursos anuais de professores. Este foi o principal motivo para os sindicatos terem criticado estes concursos.

Quem não participou no concurso ficará sujeito aos concursos anuais de professores, correndo o risco de andar com a casa às costas por mais um ano letivo.

O novo regime de recrutamento e colocação de professores foi promulgado pelo Presidente da República em 8 de maio, depois de ter sido aprovado em Conselho de Ministros em meados de março.

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