Preços na produção corrigem pelo segundo mês consecutivo com queda de 3,5% em maio

O índice de preços na produção industrial apresentou, pelo segundo mês consecutivo, uma taxa de variação homóloga negativa. Desde fevereiro de 2021 que esta tendência não acontecia.

A pressão sobre a estrutura de custos das empresas está a abrandar. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira, o índice de preços na produção industrial (IPPI) apresentou em abril o segundo mês consecutivo de taxas de variação homólogas negativas, algo que não acontecia desde fevereiro de 2021.

Segundo o INE, o IPPI apresentou uma taxa de variação homóloga de -3,5% em abril, depois de em maio ter também corrigido 0,9%, “após crescimentos de 8,9% e 0,1 % em fevereiro e março, na sequência do perfil ininterrupto de desaceleração observado desde julho de 2022”, refere o INE em comunicado.

Indice de Preços na Produção

Segundo o gabinete de estatísticas, “o agrupamento de Energia foi decisivo para a redução do índice total, com taxas de -17,9% e -20,8% em abril e maio, respetivamente.”

Excluindo a componente energética, o IPPI desacelerou para 2,2% em maio (4,7% em abril). O INE revela ainda que o índice relativo aos bens de consumo registou uma variação homóloga de 8,1% (9,9% no mês anterior), desacelerando pelo sexto mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%).

Do lado dos consumidores, a síntese económica de conjuntura do INE recorda que o Índice de Preços no Consumidor abrandou para 4% em maio, cerca de 1,7 pontos percentuais abaixo da taxa observada em abril.

“Esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em maio de 2022 e ainda devido à isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”, refere o INE.

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