CIP admite subida maior dos salários se juros e carga fiscal baixarem

  • ECO
  • 16 Julho 2023

Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, considera que é possível ir além das metas estabelecidas no acordo de rendimentos se condições financeiras e fiscais melhorarem.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) admite subir o salário mínimo e as remunerações dos trabalhadores além das metas estabelecidas no Acordo de Rendimentos e Competitividade. Para isso, é necessário que os encargos das empresas com juros, energia e impostos baixem, disse em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1.

O acordo celebrado pelo Governo com os parceiros sociais (à exceção da CGTP) prevê a subida progressiva do salário mínimo até aos 900 euros em 2026, aumentando para 810 euros já no próximo ano. Estabele ainda um aumento nominal das remunerações por trabalhador de 4,8% em cada ano, em média, entre 2023 e 2026. Armindo Monteiro considera que é possível ir mais longe, desde que estejam reunidas várias condições.

Quais? “Se conseguirmos reduzir os custos com a energia e as taxas de juro” e “não houver esta incidência tão forte da carga fiscal”, diz o Presidente da CIP. Nesse caso, será possível ir “além das obrigações que neste momento estão estabelecidas”, diz na entrevista. As metas já estabelecidas não estão em causa, mesmo que a inflação ficasse abaixo do previsto, garante.

Armindo Monteiro deixou, no entanto, críticas ao acordo, considerando que não está a cumprir com as medidas previstas para a competitividade das empresas, dando como exemplo o facto de não puderem ser considerados para efeito de benefício fiscal os aumentos de vencimentos atribuídos a familiares que trabalhem no mesmo estabelecimento. “Esse acordo é um acordo que se chama, pomposamente, acordo de médio prazo para o aumento de rendimentos, salários e competitividade. Mas, se o analisar, sobre competitividade não encontro uma única medida“, afirma.

O presidente da CIP diz que 90% das medidas do Pacto Social para Portugal já estão acordadas com a UGT para serem apresentadas ao Governo. Uma delas é a proposta de redução do IVA de 23% para 6% nos bens alimentares.

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