Recorde no turismo puxa por excedente externo de 700 milhões até maio

Contas externas estiveram deficitárias no ano passado, mas situação inverteu-se em 2023. Cinco primeiros meses dão excedente externo de mais de 700 milhões a Portugal. Recorde no turismo ajudou.

A economia portuguesa mantém uma situação positiva nas contas com o exterior. Apurou um excedente externo de 704 milhões de euros nos cinco primeiros meses do ano, uma ligeira melhoria em relação ao saldo que registava até abril, que foi de 692 milhões.

Este excedente registado entre janeiro e maio compara com o défice de 3,66 mil milhões de euros no período homólogo, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal. A economia nacional terminaria o ano passado com um défice de mais de mil milhões. A situação inverteu-se este ano.

O que explica esta melhoria?

Por um lado, a redução do défice de bens de 520 milhões de euros, em resultado do crescimento das exportações (5,4%) acima do crescimento das importações (2,8%). O défice da balança de bens “melhorou” para 9,65 mil milhões nos cinco primeiros meses do ano.

Por outro, o turismo continua a dar gás à balança de serviços, cujo excedente registou uma melhoria de 2,7 mil milhões de euros, para 9,4 mil milhões – compensando o défice na balança de bens. Quanto ao saldo das viagens e turismo cresceu 1,7 mil milhões até maio. O supervisor destaca que, em maio, as exportações de viagens e turismo ascenderam a 2,18 mil milhões de euros, “o valor mais elevado de sempre para um mês de maio”.

Contribuíram ainda as dinâmicas favoráveis na balança de rendimento primário, cujo défice registou uma redução de 543 milhões para 2,2 mil milhões, e também na balança de capital, onde o aumento de 482 milhões do excedente quase mil milhões se deveu “essencialmente a uma maior atribuição aos beneficiários finais de fundos comunitários com vista ao investimento”, segundo o Banco de Portugal.

Já a balança de rendimento secundário viu o excedente melhorar em cerca de 80 milhões para 2,1 mil milhões, “refletindo o incremento dos recebimentos de prestações sociais e a diminuição da contribuição financeira paga por Portugal para o orçamento da União Europeia”.

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