Itália vai apoiar vítimas e empresas afetadas por eventos climáticos extremos
Entre as medidas está um apoio de dez milhões de euros para ajudar a compensar turistas ou a suspensão temporária do emprego na construção e agricultura se as temperaturas ultrapassarem os 35 graus.
O governo italiano aprovou medidas de apoio às vítimas e às empresas afetadas por eventos climáticos extremos, como os incêndios devastadores dos últimos dias, ondas de calor no sul ou tempestades violentas no norte do país.
Entre as medidas, aprovadas hoje em Conselho de Ministros, está a atribuição de um apoio de 10 milhões de euros para ajudar a compensar os turistas da Sicília, afetados por graves incêndios e por problemas nos seus dois grandes aeroportos, Catânia e Palermo, que obrigaram à suspensão de muitos voos.
A principal medida aprovada permite às empresas solicitar a suspensão temporária do emprego caso as temperaturas ultrapassem os 35 graus, sendo destinada aos setores da construção e agricultura, os mais expostos às ondas de calor.
Esta medida poderá ser usufruída por um máximo de 52 semanas durante dois anos, ou 90 dias por ano, no caso do setor agrícola.
O ministro da Proteção Civil, Nello Musumeci, anunciou também a compra e produção de aeronaves de combate a incêndios e reiterou a necessidade de reforçar a frota europeia. “É um absurdo que a UE [União Europeia] não tenha uma frota de aeronaves de combate a incêndio digna desse nome”, frisou.
É um absurdo que a União Europeia não tenha uma frota de aeronaves de combate a incêndio digna desse nome.
O estado de emergência deve ser declarado em cinco regiões italianas, quatro no norte afetadas por fortes tempestades e granizo e a Sicília, onde os incêndios não cessam. A região da Lombardia, uma das mais afetadas, cuja capital, Milão, registou a queda de até 400 árvores no domingo, estima prejuízos de 41,4 milhões de euros.
Antes do Conselho de Ministros e de uma viagem aos Estados Unidos, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou, numa mensagem de vídeo, que “os desastres meteorológicos dos últimos dias colocaram a Itália perante um teste severo”. Meloni acrescentou que “está a ser estudado um novo plano de prevenção hidrogeológica, além da atribuição de verbas”.
Enquanto isso, os incêndios não dão tréguas na Sicília, mas também se espalharam para as regiões do sul da Apúlia e da Calábria, embora a situação mais grave seja vivida nos arredores de Palermo, que na quarta-feira registou várias horas de apagões em algumas áreas. Uma mulher foi encontrada morta num elevador, depois de ficar presa durante várias horas.
No total, mais cinco mortes foram contabilizadas nos últimos dias, uma mulher e uma menina que morreram quando uma árvore caiu no norte do país, enquanto na Sicília um casal de idosos morreu queimado em casa, enquanto uma mulher de 88 anos morreu, enquanto esperava a chegada de uma ambulância que ficou retida num incêndio.
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