Lucros da Corticeira Amorim sobem 8% na primeira metade do ano

Num semestre em que apresentou resultado líquido de 51,4 milhões de euros, o grupo da Feira viu a faturação descer 1,1%, com a unidade de rolhas a ser "a mais afetada pela desvalorização do dólar".

A Corticeira Amorim aumentou os lucros em 8% no primeiro semestre deste ano, para 51,4 milhões de euros. Por outro lado, mostram os dados enviados à CMVM, as vendas atingiram 539,3 milhões de euros até junho, o que equivale a um ligeiro decréscimo (-1,1%) face ao período homólogo de 2022.

“Ao contrário do primeiro trimestre do ano, a evolução cambial teve um impacto desfavorável nas vendas consolidadas, particularmente na unidade de negócio das rolhas, que foi a mais afetada pela desvalorização do dólar. Excluindo este efeito, as vendas consolidadas teriam caído 0,8%”, indica o grupo liderado por António Rios de Amorim.

A Corticeira Amorim salienta o “crescimento robusto” de 5,4% na comercialização de rolhas, que nos primeiros seis meses do ano contribuíram para 77% das vendas consolidadas. Nos isolamentos, as receitas aumentaram 23,4%, mas, em sentido contrário e também em termos homólogos, os segmentos dos aglomerados compósitos (-5,8%) e dos revestimentos (-35,9%) fecharam o semestre no “vermelho”.

O EBITDA consolidado ascendeu a 103,8 milhões de euros (+5,8%), “refletindo, em grande medida, as poupanças significativas ao nível dos custos operacionais, nomeadamente decorrentes da redução dos preços de energia, que mais que compensaram os maiores preços de consumo de cortiça e o aumento dos custos com pessoal”.

Evolução das vendas e EBITDA

Fonte: Corticeira Amorim

No final de junho, a dívida remunerada líquida totalizava 187 milhões de euros, 58 milhões acima do fecho do exercício de 2022. O crescimento desta rubrica no período em análise é explicado pelo grupo sediado em Mozelos, Santa Maria da Feira, com o acréscimo das necessidades de fundo de maneio (79 milhões), o aumento do investimento em ativo fixo (46 milhões) e o pagamento de dividendos (27 milhões).

Com vendas para mais de uma centena dos países – a Europa equivale a quase 62% do total das exportações –, os custos operacionais baixaram para 200,7 milhões de euros no primeiro semestre deste ano (vs. 216,9 milhões na primeira metade de 2022). No final de junho, o maior produtor mundial de cortiça empregava 5.077 pessoas, com os custos com pessoal a subirem 4,6% no espaço de um ano, para 100,3 milhões de euros (18,6% das vendas).

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