Presidente da República já está em Kiev para mostrar mostrar “solidariedade em todos os domínios”

  • Lusa
  • 23 Agosto 2023

Presidente da República chegou à capital da Ucrânia pelas 5h30 de Lisboa para uma visita de dois dias, que coincide com a comemoração do 32.º aniversário da independência do país.

O Presidente da República Portuguesa chegou esta quarta-feira à capital da Ucrânia, pelas 7h30 locais (5h30 em Lisboa), para uma visita de dois dias, que coincide com a comemoração do 32.º aniversário da independência do país.

Marcelo Rebelo de Sousa desembarcou na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi, em Kiev, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, pelo chefe da Casa Civil da Presidência, Fernando Frutuoso de Melo, pelos embaixadores Maria Amélia Paiva e Jorge Silva Lopes, o antigo dirigente do PS João Soares, o historiador José Pacheco Pereira e o empresário Luís Delgado.

O Presidente da República disse que está em Kiev para dar continuidade à presença e solidariedade portuguesas para com a Ucrânia, e para participar nas comemorações do Dia da Independência, na quinta-feira.

“O objetivo é múltiplo. Em primeiro lugar, é dar continuidade à presença portuguesa. Esteve aqui o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, várias vezes o ministro dos Negócios Estrangeiros, agora veio o Presidente da República. É Portugal presente a mostrar a sua solidariedade em todos os domínios”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa logo após desembarcar na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi.

O chefe de Estado acrescentou que “tudo o que seja fundamental – e tudo é fundamental neste momento – na vida da Ucrânia, é fundamental na vida de Portugal”.

Ladeado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, o Presidente da República anunciou que vai participar, na quinta-feira, nas comemorações do 32.º aniversário da independência da Ucrânia, considerando que “este ano é ainda mais especial”, por causa da associação de representantes de outros países às celebrações e porque está em curso a contraofensiva ucraniana, uma “afirmação da sua soberania”.

O chefe de Estado é a terceira alta individualidade do Estado Português a deslocar-se à Ucrânia, depois da visita do primeiro-ministro, António Costa, no dia 21 de maio de 2022, e do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, no início há cerca de três meses e meio.

O Presidente da República solicitou na terça-feira a autorização ao Parlamento para se deslocar à Ucrânia durante esta semana.

A deslocação do Presidente da República surgiu na sequência de um convite feito pelo homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, aquando da visita de António Costa a Kiev: “Sou portador de um convite que o Presidente Zelensky fez a sua excelência o Presidente da República para visitar a Ucrânia em data oportuna. E esse é o convite que transmitirei”, anunciou na altura o primeiro-ministro português depois de um encontro com o Presidente da Ucrânia.

No próprio dia em que se soube do convite, Marcelo Rebelo de Sousa disse que teria “muito prazer” em fazer a viagem até à capital ucraniana para demonstrar que há “convergência no apoio” ao país que há mais de um ano e meio está a tentar repelir uma invasão da Rússia.

No dia 22 de fevereiro deste ano o chefe de Estado português anunciou a intenção de condecorar Zelensky presencialmente, em Kiev, com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade: “Tenciono entregar [a condecoração] pessoalmente quando for à Ucrânia. É o que tenho feito com os chefes de Estado e com outros condecorados com essa ordem e outras ordens.”

O Presidente da República vai encontrar uma cidade transfigurada em em comparação com aquela que António Costa atravessou apenas dois meses depois do início da invasão russa. As ruas repletas de pessoas, restaurantes e esplanadas cheias, e uma aparente sensação de normalidade no dia-a-dia substituíram a cidade quase deserta e o receio latente em cada habitante de um bombardeamento a qualquer instante nos primeiros meses.

Por uma questão de segurança, a Presidência da República não revelou pormenores sobre um possível encontro entre Marcelo e o homólogo ucraniano e o que vai fazer parte do roteiro na capital do país.

A visita do Presidente da República coincide com a comemoração do 32.º aniversário da independência da Ucrânia. Está prevista a participação de representantes de outros países que apoiam os ucranianos desde o primeiro dia contra a “operação militar especial”, como é designada pelo Kremlin.

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