Depósitos das famílias sobem pelo segundo mês. Aumentam 1,27 mil milhões em julho

Depósitos de particulares voltaram a aumentar em julho, depois de o Governo ter cortado a remuneração dos Certificados de Aforro. Stock aumentou 1,27 mil milhões no mês passado.

Os depósitos das famílias aumentaram pelo segundo mês em julho. As poupanças dos particulares guardadas nos bancos subiram 1,27 mil milhões de euros no mês passado, o que acontece depois de o Governo ter cortado a taxa de juro dos Certificados de Aforro em junho.

Os dados do Banco Portugal revelam que os bancos tinham 176,2 mil milhões de euros em depósitos de particulares no final de julho.

Apesar da recuperação de depósitos nos últimos dois meses, o “saldo” continua a ser muito negativo em 2023, depois da fuga massiva de quase 8,8 mil milhões entre janeiro e maio, em grande parte rumo aos Certificados de Aforro (e também para amortizar o crédito da casa). Junho e julho permitiram não só estancar as saídas como recuperar cerca de 30% das saídas registadas nos cinco primeiros meses do ano.

O aumento em julho estará associado não só ao facto de os certificados terem perdido brilho — voltaram a afundar em julho: por um lado, os bancos também aumentaram a remuneração dos novos depósitos, o que terá contribuído para esta inversão; por outro, como acontece habitualmente, muitas famílias receberam os subsídios de férias no mês passado e deixaram o dinheiro na conta bancária.

Segundo o Banco de Portugal, “à semelhança do mês anterior, foram os depósitos com prazo acordado que contribuíram mais para esta evolução, apresentando, em julho, um aumento de mil milhões de euros, enquanto os depósitos à ordem aumentaram apenas 300 milhões“.

Em relação às empresas, o stock de depósitos totalizava 64,2 mil milhões de euros no final de julho, um aumento de 100 milhões em relação ao mês anterior.

Entre particulares e empresas, os bancos tinham uma carteira de depósitos acima dos 240 mil milhões de euros no final do mês passado, de acordo com os dados do supervisor. Trata-se de um aumento de nem 1% em termos mensais.

(Notícia atualizada às 11h22)

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