Ainda vale a pena ir para a universidade? Oiça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Portugal gaba-se de ter conseguido a geração mais qualificada de sempre, mas os salários continuam baixos e os empregos disponíveis não raras vezes não aproveitam as competências do talento saído das universidades. A pergunta é, portanto, inevitável: afinal, vale a pena ou não ir para a universidade? Neste primeiro episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Carlos Oliveira, presidente da Fundação José Neves e ex-secretário de Estado do empreendedorismo, junta-se a nós para analisar esta questão, assegurando que vale a pena ir para o ensino superior, mas avisando que esse sistema e o próprio mercado de trabalho precisam de mudar. Oiça o episódio no leitor acima ou aqui.

“Há um desajustamento entre o aumento das competências dos portugueses e os salários”, admite o responsável, frisando que o prémio remuneratório associado às habilitações superiores mirrou, o que é resultado da fraca produtividade das empresas portuguesas.

Por outro lado, três em cada dez jovens portugueses são considerados sobrequalificados para as posições que ocupam, o que é “altamente frustrante”, salienta o convidado do “Trinta e oito vírgula quatro”. E é mesmo um mau sinal para o mercado de trabalho português, deixando claro que é preciso melhorar o alinhamento entre o que o sistema de ensino propõe e o que as empresas portuguesas procuram.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de setembro, vamos explorar essa questão do ponto de vista da formação.