Infeções por Covid-19 em Portugal atingem máximo de nove meses

Portugal registou 931 casos de infeção por Covid-19 a 28 de agosto. É preciso recuar a 21 de novembro de 2022 para encontrar um valor tão elevado. Óbitos continuam em valores residuais.

Portugal registou 931 casos de infeção por Covid-19 a 28 de agosto, de acordo com os dados publicados pela Direção-Geral da Saúde (DGS). É um máximo de nove meses. Contudo, o número de óbitos associados à doença continua a ser bastante baixo, sendo que nesse dia foram registados oito mortes.

Esta quarta-feira, a entidade liderada em regime de substituição por André Peralta Santos voltou a atualizar, no site, os dados relativos ao Covid-19, dado que até então só estavam disponíveis dados até 17 de agosto. Ao ECO, na terça-feira, a DGS tinha justificado o atraso com “um problema técnico que foi identificado”, garantindo que “este constrangimento” estava “praticamente resolvido”, pelo que os dados seriam publicados ainda esta semana.

Assim, de acordo com a informação publicada esta quarta-feira, Portugal registou 931 casos de infeção por Covid-19 a 28 de agosto, último dia em que são conhecidos dados. É preciso recuar a 21 de novembro de 2022 para encontrar um valor tão elevado, dia em que foram notificados 1.058 casos de infeção por Covid-19.

Quanto aos óbitos, continuam a ser residuais face ao que se verificou no passado. A 28 de agosto foram registados 8 óbitos associados à doença. A título comparativo, em junho do ano passado, Portugal chegou a registar na ordem dos 40 óbitos por dia associados à doença e no pico da teceira vaga”, em janeiro de 2021, chegou a ter quase 300 óbitos por dia (a 31 de janeiro de 2021 foram registadas 297 mortes com Covid, um máximo de sempre).

A subida de infeções já tinha sido sinalizada pelos especialistas ouvidos pelo ECO. Os peritos apontam que a subida de casos deverá estar a ser impulsionada surgimento da variante EG.5, mas defendem que não há razões para alarme dado que, para a generalidade da população, o risco de desenvolver doença grave atualmente é muito inferior ao verificado há três anos. Importa ainda sublinhar que esta tendência se verifica após os mínimos registados em finais de junho.

A mudança de paradigma na gestão da pandemia levou ao fim de várias medidas, nomeadamente da comparticipação dos testes Covid pelo SNS. Deste modo, a Covid passou a ser tratado como qualquer outro vírus respiratório e a tónica passou a estar na responsabilidade individual.

A campanha sazonal contra o Covid e a gripe vai arrancar a 29 de setembro, adiantou esta terça-feira o diretor executivo do SNS. Para o efeito, estão a ser preparados “cinco mil espaços de vacinação”, dos quais quase três mil em farmácias. As vacinas a administrar nesta campanha serão as “mais recentes” que foram aprovadas pelo regulador europeu. Para esta campanha de vacinação estão elegíveis todas as pessoas com mais de 60 anos e outros grupos prioritários que ainda serão definidos pela DGS.

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