Governo espera arrancar campanha sazonal contra a Covid e gripe a 29 de setembro

Estão a ser preparados "cinco mil espaços de vacinação", dos quais quase três mil em farmácias, avança o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.

A campanha sazonal contra a Covid e a gripe deverá arrancar a 29 de setembro, adiantou esta terça-feira o diretor executivo do SNS. Para o efeito, estão a ser preparados “cinco mil espaços de vacinação”, dos quais quase três mil em farmácias. As vacinas a administrar nesta campanha serão as “mais recentes” que foram aprovadas pelo regulador europeu.

As autoridades de saúde estão a canalizar “toda a estratégia e planeamento” para que a campanha sazonal contra a Covid e a gripe comece a “29 de setembro”, afirmou o diretor executivo do SNS, durante uma conferência de imprensa conjunta com o diretor regional OMS/Europa e o ministro da Saúde, sobre a instalação do escritório da OMS, no Porto. “Queremos arrancar com força e esperamos uma enorme adesão dos portugueses”, acrescentou Fernando Araújo.

A campanha de vacinação sazonal vai decorrer em simultâneo com a da gripe, sendo ambas gratuitas para todas as pessoas com mais de 60 anos e para outros grupos prioritários que ainda serão definidos pela Direção-Geral da Saúde (DGS). E se, habitualmente, as farmácias comunitárias já podiam administrar as vacinas da gripe, esta é a primeira vez que o vão poder fazer no caso da Covid-19. A adesão é voluntária e, ao que o ECO apurou, o Estado vai pagar 2,5 euros às farmácias por cada administração da vacina Covid.

É um processo algo complexo que evolve várias entidades” e um “conjunto de farmácias muito alargado”, apontou ainda o diretor executivo do SNS. Nesta campanha de vacinação, estarão disponíveis “cinco mil locais de vacinação” dos quais “quase 3 mil” em farmácias comunitárias, sinalizou ainda o ministro da Saúde. Ao ECO, a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) já tinha revelado que nas farmácias será feita a “administração de vacinas contra a Covid e gripe aos mais de 60 anos“, enquanto que a administração destas vacinas aos grupos prioritários será feita nos centros de saúde.

Quanto às vacinas Covid que serão utilizadas nesta campanha sazonal, o ministro da Saúde lembrou que a “aquisição faz parte do processo centralizado no contexto da União Europeia (UE)” mas garantiu que serão as “mais recentes”, dado que foram aprovadas há poucos dias pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês).

Na semana passada, o regulador europeu deu “luz verde” à vacinada adaptada à estirpe XBB.1.5 da Ómicron, que é atualmente responsável por metade dos casos notificados em Portugal. “Além de haver boa razão epidemiológica” para a campanha de vacinação arrancar no final do mês de setembro, “as vacinas só foram produzidas em larga escala após a aprovação” do regulador, justificou Manuel Pizarro, garantindo que “não haverá falta de vacinas”.

Escritório da OMS no Porto vai abrir “nos próximos meses”

O escritório para Tecnologia da Saúde, Robótica e Empreendedorismo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vai instalar no Porto vai abrir “nos próximos meses”, adiantou ainda o ministro da Saúde.

Na conferência de imprensa, Manuel Pizarro reforçou ainda a importância da transição digital. “A digitalização é o futuro do sistema de saúde, mas muito mais do que isso. É o presente do sistemas de saúde”, afirmou, dando como exemplo o que está a ser feito na passagem das USF para modelo B, que permitem uma remuneração associada ao desempenho, bem como o “sucesso” da campanha de vacinação contra a Covid.

Já diretor regional da OMS/Europa defendeu que este escritório “vai permitir que Portugal produza conhecimento numa área tão importante”, sublinhando que “a saúde digital é o futuro”. No entanto, tal como o ministro da Saúde, Hans Henri Kluge considerou que é fundamental apostar na literacia digital. “Metade dos países da UE tem políticas para incrementar a iliteracia digital e o acesso a ferramentas digitais”, vincou.

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