Preços mundiais do arroz atingiram em agosto máximo dos últimos 15 anos

  • Lusa
  • 8 Setembro 2023

Os preços de todos os tipos de arroz subiram 9,8% em agosto, face a julho, atingindo o valor mais alto dos últimos 15 anos, refletindo as perturbações no comércio na sequência das restrições na Índia.

Os preços mundiais do arroz atingiram em agosto o nível mais elevado dos últimos 15 anos, com um aumento de 9,8% em relação a julho, depois de a Índia ter imposto restrições à exportação, informou esta sexta-feira a FAO.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) precisa que os preços de todos os tipos de arroz subiram 9,8% em relação a julho, atingindo o valor mais alto dos últimos 15 anos, refletindo as perturbações no comércio na sequência da proibição das exportações de arroz branco Indica pela Índia, o maior exportador mundial de arroz.

Os preços do açúcar também subiram, 1,3% em relação a julho, com a média de agosto a aumentar 34,1% em relação ao valor de há um ano.

Os preços mundiais dos produtos alimentares no seu conjunto caíram ligeiramente no mês passado, arrastados pela descida dos preços dos cereais, óleos vegetais e produtos lácteos, depois do aumento do mês anterior devido ao fim do acordo do Mar Negro.

O índice de preços dos alimentos da FAO, que acompanha as variações mensais dos preços internacionais dos produtos alimentares comercializados a nível mundial, atingiu uma média de 121,4 pontos em agosto, menos 2,1% do que em julho e menos 24% do que o pico em março de 2022.

Mais pormenorizadamente, o preço dos óleos vegetais diminuiu 3,1% em agosto, invertendo parcialmente o forte aumento de 12,1% em julho, enquanto o índice de preços dos cereais da FAO diminuiu 0,7% em relação a julho, após o aumento do mês anterior devido ao fim do acordo do Mar Negro.

Concretamente, os preços do trigo caíram 3,8% em agosto, devido ao aumento das disponibilidades sazonais de vários dos principais exportadores, enquanto os preços internacionais dos cereais secundários caíram 3,4%, devido à abundante oferta mundial de milho, resultante de uma colheita recorde no Brasil e do início iminente da colheita nos Estados Unidos.

O Índice de Preços dos Laticínios da FAO desceu 4% em relação a julho, devido às cotações internacionais do leite em pó gordo, que é abundante na Oceânia, enquanto os preços da carne desceram 3,0%.

A produção mundial de cereais deverá igualar o recorde anterior, de acordo com um novo relatório da FAO que prevê 2,815 mil milhões de toneladas, a par do recorde alcançado em 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Preços mundiais do arroz atingiram em agosto máximo dos últimos 15 anos

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião