Deutsche Rück aposta na Ásia e Norte de África
A resseguradora germânica está focada na Ásia e no Norte de África como parte da estratégia de diversificação e expansão em curso da empresa. Os resultados têm sido positivos.
A resseguradora Deutsche Rück vai começar a subscrever seguros de vida no Médio Oriente e no Norte de África no próximo ano, avança Achim Bosch, diretor de subscrição da companhia em entrevista exclusiva à publicação especializada Intelligent Insurer.
Os desenvolvimentos surgem na sequência da experiência positiva da resseguradora germânica na realização de novos negócios no Sul, Sudeste e Leste da Ásia, onde entrou em vários mercados selecionados em janeiro de 2023.
Achim Bosch afirmou que a Deutsche Rück excedeu os objetivos dos seus planos de negócios nestes mercados asiáticos em “mais do dobro“, embora o CUO tenha sido cauteloso em partilhar números exatos. Atualmente, a companhia desenvolve a sua atividade em cerca de 10 países da região, incluindo no Japão, Singapura, Coreia do Sul, Taiwan, Tailândia e Vietname.
Em declarações sobre os progressos realizados desde janeiro de 2023, o líder afirmou: “O momento foi bom, uma vez que os termos e condições são suficientes, pelo que, mesmo que a situação não nos garanta lucros, torna-os bastante prováveis“. Segundo o responsável, o que ajudou foi o facto de, desde o início, a resseguradora “ter comunicado claramente o ideal”, explicou.
As especialidades da Deutsche Rück fixam-se nos negócios clássicos de Propriedade e Sinistros (P&C), o que inclui catástrofes naturais. Na expansão para a Ásia, a resseguradora subscreveu seguros privados e comerciais de pequena dimensão para quase todos os ramos. Não cobre linhas de especialidade e a empresa não está à procura de negócios industriais. “O que é claramente comunicado a todos os parceiros, quer se tratem dos nossos clientes ou corretores”, afirmou o líder.
Não haviam objetivos de prémios para a aposta no mercado asiático, mas a empresa está focada em atingir resultados previstos. Até à data, segundo a Bosch, as expectativas são muito boas: “O próximo passo é expandir a carteira e, claro, diversificar ainda mais. A nossa expansão geográfica está a decorrer como planeado e vamos manter-nos nos países em que nos concentramos atualmente”, avançou.
Parte da estratégia da expansão da resseguradora baseia-se no facto dos seus colaboradores trabalharem a partir de casa, pelo que a empresa não tem qualquer presença no terreno nestas regiões: “Queremos manter o nosso rácio de custos baixo como uma vantagem competitiva. Não queremos perder isso”, afirmou Achim Bosch. “Tem efeitos secundários, mas a subscrição é centralizada e baseia-se em certos princípios básicos. O controlo das operações a partir de uma base central é mais fácil do que quando as operações estão espalhadas por todo o mundo”.
Outra filosofia que orienta os planos do Deutsche Rück é a preocupação em estabelecer parcerias a longo prazo. “Não queremos ganhos oportunistas e rápidos. Queremos permanecer na Ásia e isto é motivado por um pensamento de longo prazo”. E acrescentou: “Não estamos a expandir-nos geograficamente, queremos consolidar o negócio para aumentar a rentabilidade. De momento, não queremos aumentar o número de regiões, mas, como parte da estratégia de diversificação, vamos começar a subscrever seguros de vida no Médio Oriente e nos países do Magrebe no próximo ano. A decisão foi tomada recentemente e estamos a preparar a organização”, explicou na entrevista em causa. Achim Bosch atribui à classificação sólida e estável da resseguradora e à sua estrutura de propriedade, que não é orientada para a bolsa, o reforço da confiança dos clientes. Segundo ele, a companhia tem pessoas muito experientes que gerem estes mercados: “Quando se tem pessoas que defendem as ideias que nós, na Deutsche Rück, temos, os parceiros que confiam nessas pessoas também confiam na empresa para a qual trabalham e isso ajudou definitivamente”, concluiu.
No Médio Oriente, a resseguradora opera em seis países do Conselho de Cooperação do Golfo – Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos -, na Jordânia e no Egito.
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