Deutsche Rück aposta na Ásia e Norte de África

  • ECO Seguros
  • 11 Setembro 2023

A resseguradora germânica está focada na Ásia e no Norte de África como parte da estratégia de diversificação e expansão em curso da empresa. Os resultados têm sido positivos.

A resseguradora Deutsche Rück vai começar a subscrever seguros de vida no Médio Oriente e no Norte de África no próximo ano, avança Achim Bosch, diretor de subscrição da companhia em entrevista exclusiva à publicação especializada Intelligent Insurer.

“Não queremos ganhos oportunistas e rápidos. Queremos permanecer na Ásia e isto é motivado por um pensamento de longo prazo”, garante Achim Bosch, diretor de subscrição da Deutsche Rück.

Os desenvolvimentos surgem na sequência da experiência positiva da resseguradora germânica na realização de novos negócios no Sul, Sudeste e Leste da Ásia, onde entrou em vários mercados selecionados em janeiro de 2023.

Achim Bosch afirmou que a Deutsche Rück excedeu os objetivos dos seus planos de negócios nestes mercados asiáticos em “mais do dobro“, embora o CUO tenha sido cauteloso em partilhar números exatos. Atualmente, a companhia desenvolve a sua atividade em cerca de 10 países da região, incluindo no Japão, Singapura, Coreia do Sul, Taiwan, Tailândia e Vietname.

Em declarações sobre os progressos realizados desde janeiro de 2023, o líder afirmou: “O momento foi bom, uma vez que os termos e condições são suficientes, pelo que, mesmo que a situação não nos garanta lucros, torna-os bastante prováveis“. Segundo o responsável, o que ajudou foi o facto de, desde o início, a resseguradora “ter comunicado claramente o ideal”, explicou.

As especialidades da Deutsche Rück fixam-se nos negócios clássicos de Propriedade e Sinistros (P&C), o que inclui catástrofes naturais. Na expansão para a Ásia, a resseguradora subscreveu seguros privados e comerciais de pequena dimensão para quase todos os ramos. Não cobre linhas de especialidade e a empresa não está à procura de negócios industriais. “O que é claramente comunicado a todos os parceiros, quer se tratem dos nossos clientes ou corretores”, afirmou o líder.

Não haviam objetivos de prémios para a aposta no mercado asiático, mas a empresa está focada em atingir resultados previstos. Até à data, segundo a Bosch, as expectativas são muito boas: “O próximo passo é expandir a carteira e, claro, diversificar ainda mais. A nossa expansão geográfica está a decorrer como planeado e vamos manter-nos nos países em que nos concentramos atualmente”, avançou.

Parte da estratégia da expansão da resseguradora baseia-se no facto dos seus colaboradores trabalharem a partir de casa, pelo que a empresa não tem qualquer presença no terreno nestas regiões: “Queremos manter o nosso rácio de custos baixo como uma vantagem competitiva. Não queremos perder isso”, afirmou Achim Bosch. “Tem efeitos secundários, mas a subscrição é centralizada e baseia-se em certos princípios básicos. O controlo das operações a partir de uma base central é mais fácil do que quando as operações estão espalhadas por todo o mundo”.

Outra filosofia que orienta os planos do Deutsche Rück é a preocupação em estabelecer parcerias a longo prazo. “Não queremos ganhos oportunistas e rápidos. Queremos permanecer na Ásia e isto é motivado por um pensamento de longo prazo”. E acrescentou: “Não estamos a expandir-nos geograficamente, queremos consolidar o negócio para aumentar a rentabilidade. De momento, não queremos aumentar o número de regiões, mas, como parte da estratégia de diversificação, vamos começar a subscrever seguros de vida no Médio Oriente e nos países do Magrebe no próximo ano. A decisão foi tomada recentemente e estamos a preparar a organização”, explicou na entrevista em causa. Achim Bosch atribui à classificação sólida e estável da resseguradora e à sua estrutura de propriedade, que não é orientada para a bolsa, o reforço da confiança dos clientes. Segundo ele, a companhia tem pessoas muito experientes que gerem estes mercados: “Quando se tem pessoas que defendem as ideias que nós, na Deutsche Rück, temos, os parceiros que confiam nessas pessoas também confiam na empresa para a qual trabalham e isso ajudou definitivamente”, concluiu.

No Médio Oriente, a resseguradora opera em seis países do Conselho de Cooperação do Golfo – Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos -, na Jordânia e no Egito.

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