Um em cada cinco portugueses já foi vítima de fraude com pagamentos
Bancos suportam mais de 50% das perdas relacionadas com fraudes nos pagamentos eletrónicos.
Mais de 20% dos portugueses indica que já foi vítima de fraude com pagamentos, sendo que em 40,5% destes casos os fundos foram totalmente perdidos, de acordo com um estudo divulgado esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.
Segundo o supervisor, os bancos têm suportado a maior parte das perdas decorrentes de fraudes: mais de 50% dos fundos perdidos foram assumidos pelas instituições financeiras no primeiro semestre do ano passado, ao passo que o utilizador assumiu 30% da perda e 17% foram suportados por outras entidades, como as seguradoras.
O Banco de Portugal adianta que, em termos gerais, os utilizadores suportam as perdas sempre que as operações fraudulentas resultam da utilização de credenciais de segurança ou elementos pessoais que foram indevidamente partilhados.
Há dois tipos de fraudes mais comuns: um em que há uma emissão de uma ordem de pagamento por parte do infrator, quando este tem acesso às credenciais de segurança do utilizador com recurso a engenharia social; o outro quando o ordenante é enganado de forma a emitir uma ordem de pagamento a favor do infrator, como por exemplo, telefonemas ou mensagens a solicitar o pagamento de um valor em atraso ou a realização de uma transferência para um amigo ou familiar.
O Banco de Portugal tem procurado reforçar a sensibilização para as fraudes com pagamentos eletrónicos que fazem parte cada vez mais do quotidiano dos portugueses.
Nos últimos anos tem-se assistido a uma forte redução do uso do numerário nos pagamentos de retalho. De acordo com um estudo do Banco de Portugal, atualmente apenas 52% dos pagamentos de retalho são realizados com notas e moedas, uma descida de 18 pontos percentuais em relação a 2017.
Os dados foram revelados no dia em que o Banco de Portugal apresentou a Estratégia Nacional para os Pagamentos de Retalho 2025.
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