Portugal tem potencial de investimento de 32,3 mil milhões. Há 44 projetos em análise

Para este ano, há já oito empresas que fizeram o registo de pedido de auxílio, no âmbito do novo mecanismo criado para apoiar grandes empresas que ficaram de fora do PT2030. Ascendem a 469 milhões.

Portugal tem 44 manifestações de interesse de investimento por parte de grandes empresas, num potencial de 32,3 mil milhões de euros, revelou o presidente da Aicep. Para este ano, há já oito empresas que fizeram o registo de pedido de auxílio, no âmbito do novo mecanismo criado para apoiar grandes empresas que ficaram de fora do Portugal 2030. Estes oito projetos ascendem a 469 milhões de euros.

“O primeiro projeto a fazer o registo foi de veículos elétricos e no dia seguinte encomendou a máquina”, explicou Filipe Santos Costa, sublinhando que este é um investimento de 40 milhões de euros. Já o oitavo projeto a fazer o registo é de semicondutores e ascende a 110 milhões de euros.

“Este 469 milhões de euros vão crescer rapidamente ao longo das próximas semanas”, acrescentou o responsável.

“Na lista de 44 leads, dos quais metade já são PIN [Potencial Interesse Nacional], há investimentos de dezenas de milhões de euros por parte de grandes empresas e que têm obrigatoriamente de ser abrangidos pelo regime contratual de investimento e grandes investimentos estratégicos”, explicou Filipe Santos Costa.

Gases renováveis, lítio e tecnologia atraem mais investimento

O presidente da Aicep elenca três áreas nas quais “certamente haverá investimento”: gases renováveis, cadeia de valor do lítio e área das tecnologias de informação.

“Temos manifestações de interesse de investimento de automóveis acabados de dentro e de fora da UE”, revelou Filipe Santos Costa. “Sabemos que estamos a competir com outras localizações dentro do espaço europeu”, reconheceu.

“Estas manifestações de interesse são sobretudo nos veículos elétricos e híbridos”, acrescentou, e que poderão vir a beneficiar dos apoios no âmbito do regime contratual de investimento.

O presidente da Aicep garante que “Portugal não está a perder para Espanha” neste domínio. Antes pelo contrário. “Atraímos muitas fábricas de componentes de automóveis num efeito de arrasto por Espanha ser um grande produtor de veículos automóveis”, explica, recordado que Espanha é um dos maiores produtores europeus, com três milhões de veículos por ano. “Mas não devemos olhar só para os veículos acabados”, alerta.

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