Lucro da Infraestruturas de Portugal cai para 4 milhões no primeiro semestre
O resultado líquido dos primeiros seis meses do ano recuaram 29 milhões de euros face ao período homólogo do ano passado devido ao aumento dos gastos operacionais e dos investimentos.
Os lucros da Infraestruturas de Portugal (IP) caíram para quatro milhões no primeiro semestre do ano face ao resultado positivo de 33 milhões registado no período homólogo de 2022, comunicou a empresa ao mercado, através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta sexta-feira.
A quebra nos resultados deveu-se, sobretudo, ao aumento dos gastos operacionais e do investimento na rede rodoferroviária, justificou a empresa liderada por Miguel Cruz.
“No primeiro semestre, o grupo IP registou um aumento expressivo do volume de investimento realizado nas infraestruturas rodoferroviárias, o qual ascendeu a 227 milhões de euros, o que representa um aumento de cerca de 35% face ao período homólogo de 2022, dando assim sequência ao ambicioso programa de investimentos a cargo da IP”, destaca a empresa.
Por sua vez, os gastos operacionais, excluindo amortizações e depreciações, ascenderam a 415 milhões de euros, isto é, um aumento de 50 milhões de euros face ao período homólogo. A empresa justifica este aumento com gastos associados ao investimento rodoferroviário (+34 milhões de euros), “decorrente do incremento do valor, mas também do impacto da inflação; das provisões constituídas (+10 milhões de euros); e dos gastos com pessoal (+4 milhões de euros)”.
A IP destaca ainda que a execução global dos investimentos incluídos no Programa Ferrovia 2020 aumentaram 26%, face aos primeiros seis meses de 2022, para 166 milhões de euros. Quanto ao EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou os 230 milhões de euros.
A empresa liderada por Miguel Cruz nota ainda que as vendas e serviços prestados atingiram os 572 milhões de euros, isto é, um aumento de 4% (mais 24 milhões de euros), face ao período homólogo, à boleia da receita das portagens que aumentou em 22 milhões de euros, “refletindo essencialmente o aumento de tráfego, e dos réditos associados ao investimento rodoferroviário (+20 milhões de euros)”. Em contrapartida, houve uma quebra nos rendimentos provenientes da Consignação do Serviço Rodoviário (CSR) no valor de 17 milhões de euros.
Nos primeiros seis meses deste ano, a IP reduziu o stock de dívida financeira em 27 milhões de euros, com esta a ascender a 3.988 milhões de euros. A empresa pública realça ainda que, entre janeiro e junho, realizou operações de aumento de capital no valor de 936 milhões de euros.
(Notícia atualizada pela última vez às 18h38)
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