Banco Montepio e sindicatos acordam aumentos de 4,5%

Banco e sindicatos chegaram a acordo para reforçar o aumento salarial de 3% para 4,5% este ano e alargá-lo também às pensões e cláusulas de expressão pecuniária.

O Banco Montepio chegou a um acordo com os sindicatos para aumentos de 4,5% este ano, com efeito retroativo a janeiro. Parte deste aumento já tinha sido promovido “unilateralmente” pelo banco para os trabalhadores no ativo, mas a Comissão Executiva aceitou agora reforçá-lo e alargá-lo às pensões, assim como às “cláusulas de expressão pecuniária”.

“Com o acordo obtido, o aumento para 2023 será de 4,5%, para a tabela salarial e de pensões, assim como para as cláusulas de expressão pecuniária”, lê-se num comunicado interno a que o ECO teve acesso. A gestão do banco lembra que “já tinha feito, unilateralmente e a título extraordinário, uma antecipação em 3% do referido aumento, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2023, para todos os colaboradores ativos”.

“A aplicação destas alterações ocorrerá com o processamento de novembro de 2023″, pois o processamento de outubro já está em curso. A informação sobre os aumentos no Montepio também já foi confirmada oficialmente pelos sindicatos.

Num comunicado conjunto, o Sindicato do Setor Financeiro (Mais), o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) destacam que, “depois de inúmeras reuniões e muita argumentação dos sindicatos da UGT, o Montepio compreendeu a necessidade urgente da revisão de salários e pensões, em prol da paz social”.

Já o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos (SNQTB) ressalva, noutro comunicado, que, “confrontado, em maio último, com a hipótese de uma manifestação de protesto”, o Montepio cedeu “após vários meses de impasse”. O anterior aumento de 3%, diz, “era um valor que desbloqueava as negociações, mas que era ainda muito insuficiente para se alcançar um compromisso”.

“Perante a persistência do SNQTB, que nunca aceitou as referidas propostas minimalistas, o Montepio Geral acabou por ir ao encontro daquilo que era uma solução equilibrada e razoável e que de acordo com SNQTB teria sido possível alcançar muito mais cedo”, ressalva, saudando a Comissão Executiva por esta decisão.

Na nota interna enviada aos trabalhadores, a gestão do banco refere que este acordo “representa um esforço significativo do grupo Banco Montepio, sem colocar em causa a sua estratégia e trajetória de recuperação e ajustamento, caminho que tem vindo a ser prosseguido com a participação empenhada de todos”.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h50)

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