Lisboa é das regiões europeias com mais trabalhadores dedicados à alta tecnologia

Entre 363 regiões europeias, a Área Metropolitana de Lisboa ocupa o 27.º lugar no que diz respeito ao peso da alta tecnologia no total de emprego. As demais regiões de Portugal estão abaixo da média.

Mais de 8% dos trabalhadores da Área Metropolitana de Lisboa têm empregos em setores ligados à alta tecnologia, fatia que não só é superior à média comunitária, como é mesmo uma das 30 mais expressivas entre as 363 regiões europeias para as quais há dados disponíveis. Já nas demais zonas de Portugal, o peso da alta tecnologia no total do emprego é inferior à média da União Europeia (UE), mostram os números divulgados esta segunda-feira.

“Os setores ligados à alta tecnologia são considerados motores do crescimento económico e da produtividade, oferecendo com frequências oportunidades de emprego bem pago. Em 2022, 9,8 milhões de pessoas estavam empregadas em setores ligados à alta tecnologia na UE, o que corresponde a 4,9% do emprego total da UE“, sublinha o Eurostat.

Entre as mais de 300 regiões para as quais há dados disponíveis, é Budapeste que se destaca com a maior fatia de trabalhadores dedicados à alta tecnologia no emprego total. Nessa região, 13,5% dos trabalhadores trabalham nos setores em questão.

Já do outro lado da tabela aparece uma região da Roménia: em Sud-Vest Oltenia, menos de 1% dos trabalhadores (0,9%) dedicam-se à alta tecnologia.

E Portugal? O retrato difere de modo significativo de região para região. Na Área Metropolitana de Lisboa, 8,6% dos trabalhadores estão ligados à alta tecnologia, valor que é superior aos 4,9% registados como média comunitária. A fatia lisboeta é mesmo a 27.ª maior entre as várias regiões europeia.

Mas todas as outras regiões portuguesas ficam abaixo da média europeia. No Norte, 3,6% dos trabalhadores exercem funções em setores ligados à alta tecnologia. No Centro, só 3% e no Alentejo e Algarve 1,8%.

Por outro lado, o Eurostat realça que, no conjunto da União Europeia, os homens ainda predominam nos setores tecnológicos. “Os homens representam cerca de dois terços (67,2%) do emprego total na alta tecnologia)“, destaca o gabinete de estatísticas.

É na região húngara de Nyugat-Dunántúl que as mulheres conseguem maior presença nestes setores: 50,2% do emprego. Aliás, esta foi a única região europeia onde mais mulheres estão empregadas em alta tecnologia do que homens, realça o Eurostat.

O Governo e várias instituições privadas têm tentado fomentar a participação feminina no setor tecnológico em Portugal, mas elas ainda são menos do que eles. Os especialistas alertam que tal poderá impactar o futuro dos rendimentos, já que, num mundo de trabalho em mudança, as posições tecnológicos tendem a ter salários mais atrativos.

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