Fed mantém taxas de juro inalteradas e prolonga pausa

O banco central dos Estados Unidos não surpreendeu e repetiu a decisão do mês passado ao não mexer nas taxas de juro diretoras. Atividade económica expandiu a um "ritmo forte no 3º trimestre, afirmou.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) manteve esta quarta-feira inalteradas as taxas de juro, numa decisão que era esperada por investidores e analistas e que repete o resultado da anterior reunião após uma longa sequência de subidas para combater a inflação.

O Comité de Política Monetária da Fed (FOMC, na sigla em inglês) informou, em comunicado, que as Fed Funds Rates permanecem inalteradas no intervalo 5,25%-5,5%.

“O Comité procura atingir o nível máximo de emprego e inflação à taxa de 2% a longo prazo. Em apoio a estes objetivos, o Comité decidiu manter o intervalo-alvo para a taxa das Fed Funds Rates entre 5,25% e 5,50%”, sublinhou.

Desde março de 2022, a Fed aumentou as taxas diretoras de 0,25% para o valor mais elevado em mais de duas décadas nos 5,5% para controlar a taxa de inflação que, desde o pico de 9,1% em junho do ano passado, caiu para 3,2% em julho antes de acelerar ligeiramente para 3,7% em agosto e setembro.

Economia aumenta de ritmo de “sólido” para “forte”

A Fed adiantou no comunicado que indicadores recentes sugerem que a atividade económica expandiu a um “ritmo forte” no terceiro trimestre, utilizando uma expressão mais positiva do que o “ritmo sólida” na comunicação após a reunião de setembro.

“Os ganhos de emprego moderaram-se desde o início do ano, mas permanecem fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada”, explicou.

O banco central referiu que o sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente, mas sublinhou que “condições financeiras e de crédito mais restritivas para famílias e empresas deverão pesar sobre a atividade económica, as contratações e a inflação.

“A extensão destes efeitos permanece incerta. O Comité permanece muito atento aos riscos de inflação“, vincou.

Em Wall Street, os principais índices acionistas reagiram de forma positiva ao comunicado, com o Dow Jones Industrial Average a subir 0,13%, o S&P 500 0,29%, e o Nasdaq Composite a somar 0.52%. A yield das obrigações soberanas americanas a 10 anos, as Treasuries, caíram 7 pontos base para 4,80%, mínimos de duas semanas.

No mercado de futuros, os investidores em taxas de juro de curto prazo reforçaram a aposta na possibilidade de a Fed ter terminado o ciclo de subidas e que irá começar a cortar o custo do dinheiro em junho de 2024. Os contratos de futuros indicam um probabilidade de apenas 25% de um novo aumento antes da reunião de janeiro, menos que os 35% registados antes do comunicado desta quarta-feira.

[Notícia atualizada às 18h29]

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