Chiado é a 29.ª zona com as rendas mais caras do mundo para comércio
Na Rua Garrett, em Lisboa, a renda cobrada ao comércio subiu ligeiramente (2%) em 2023 face ao ano passado, atingindo os 1.500 euros anuais por metro quadrado. Valor 4% abaixo dos preços pré-pandemia.
A Rua Garrett no Chiado, em Lisboa, é a 29.ª zona do mundo com as rendas mais elevadas nas lojas e restauração (retalho), ocupando, também, o primeiro lugar do pódio com os valores mais altos do país.
De acordo com o mais recente relatório “Main Streets Across the World” da consultora Cushman & Wakefield, a renda prime na rua principal do Chiado subiu ligeiramente (2%) em 2023 face ao ano passado atingindo os 1.500 euros anuais por metro quadrado. Valor “ainda assim 4% abaixo” dos preços pré-pandemia e tendo “descido uma posição no ranking face a 2022”, na tabela mundial.
Mas estes valores não afastam as cadeias de retalho da Rua Garrett. Nos últimos dois anos, aponta o relatório, o Chiado “tem registado um elevado volume de novas aberturas, num total de mais de 5.700 metros quadrados de área útil em perto de 40 novas aberturas”. E, “mais de 60% desta área corresponde ao setor da restauração, seguido da moda com 20%”.
Ainda assim, o valor das rendas na Rua Garrett ficam bem longe dos preços cobrados na Quinta Avenida, em Nova Iorque, que é a zona mais cara do mundo nas rendas cobradas ao comércio, onde os valores ascendem a uma média de 20.384 euros anuais por metro quadrado, subindo 14% face a 2019.
O segundo lugar da tabela é ocupado pela Via Montenapoleone, em Milão, onde as rendas no retalho cresceram 20% este ano face a 2022 e 31% face a 2019, atingindo 18 mil euros anuais por metro quadrado, destronando Tsim Sha Tsui, em Hong Kong, que caiu para o terceiro lugar com 15.219 euros anuais por metro quadrado, mais 4% face ao ano passado. É, aliás, a primeira vez que a Via Montenapoleone fica em primeiro lugar entre as localizações na Europa analisadas no estudo.
Em quarto lugar surge a New Bond Street, em Londres, com 14.905 euros anuais por metro quadrado, ficando 11% abaixo dos valores cobrados no período pré-pandemia.
O quinto lugar do topo é ocupado pela Avenue des Champs-Élysées, em Paris, onde o retalho paga em média rendas anuais de 11.414 euros por metro quadrado. Menos 18% quando comparado com 2019.
O estudo da Cushman & Wakefield – que monitoriza e ordena localizações de retalho nas principais 92 cidades do mundo – conclui ainda que os principais destinos de retalho estão ainda a recuperar do período da covid, sendo que na maioria das localizações, em 2023, foi registado um aumento dos valores de arrendamento.
Em média as rendas subiram 4,8% (em termos de moeda local) no último ano. O crescimento mais robusto foi registado na região da Ásia-Pacífico, com uma média de 5,3%, seguindo-se as Américas com 5,2% e a Europa com 4,2%.
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