Dívida pública cai pelo terceiro mês consecutivo para 270 mil milhões de euros
Dados do Banco de Portugal apontam para uma descida de 9,5 mil milhões de euros em outubro, a maior queda mensal desde o início da série estatística em 2011.
A dívida pública, na ótica de Maastricht, caiu pelo terceiro mês consecutivo em outubro, fixando-se nos 270,4 mil milhões de euros, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta segunda-feira. Foi uma descida de 9,5 mil milhões de euros, a maior queda mensal desde o início da série estatística.
Este desempenho surge depois de o Tesouro português ter devolvido aos investidores um cheque de 9,4 mil milhões de euros, em outubro. Tratava-se de uma linha de obrigações aberta pelo IGCP durante a crise de 2008, que acabou por ser reaberta por mais de uma dezena de vezes até 2019, quando as emissões totais atingiram os 12,4 mil milhões de euros.
O IGCP avançou com várias operações de recompra antecipada para chegar ao dia do reembolso com um menor valor para amortizar, o que se verificou.
Como refere também o banco central, esta descida da dívida pública em outubro refletiu então “o decréscimo dos títulos de dívida (-9,1 mil milhões de euros)“, que se deveu essencialmente a esta “amortização de uma Obrigação do Tesouro, originalmente emitida em junho de 2008”.
“O decréscimo da dívida pública foi acompanhado por uma redução dos ativos em depósitos das administrações públicas de 10,9 mil milhões de euros”, indica ainda o organismo liderado por Mário Centeno. Assim, se for deduzida desses depósitos, a dívida pública “aumentou 1,4 mil milhões de euros, para 252,6 mil milhões de euros”.
É de recordar que o rácio da dívida pública tem vindo a recuar, sendo que o Governo (demissionário) perspetivava no Orçamento do Estado que ia mesmo ficar abaixo dos 100% do PIB no próximo ano. Tal meta dependerá, no entanto, do resultado das eleições antecipadas de 10 de março e das opções políticas do próximo Governo.
(Notícia atualizada às 11h40)
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