UBS vende jato que o português Horta Osório usou para quebrar regras na pandemia

  • ECO
  • 5 Dezembro 2023

Venda terá sido planeada pela equipa de gestão do Credit Suisse antes do resgate pelo UBS. Polémicas viagens para ver jogos de ténis e futebol ditaram saída do gestor português do cargo de chairman.

A UBS vendeu o jato do Credit Suisse que o então presidente do banco, o português António Horta Osório, usou para violar as regras de confinamento da pandemia para assistir a eventos desportivos. Foi vendido a uma subsidiária alemã do banco francês Société Générale, especializado em leasing de aeronaves.

A venda terá sido planeada pela equipa de gestão do Credit Suisse antes do resgate pelo UBS este ano, segundo apurou o Financial Times. Os executivos da UBS impulsionaram a venda depois de criticarem a cultura de alto risco e alta recompensa do Credit Suisse.

Este foi o jato implicado nas polémicas do agora ex-chairman do Credit Suisse, que se demitiu do cargo no ano passado, na sequência de uma investigação interna sobre, pelo menos, dois incumprimentos da quarentena e a utilização dos jatos corporativos da instituição financeira suíça. Levou familiares ao torneio de ténis de Wimbledon e à final do Euro 2020 no mesmo dia de julho de 2021.

Embora o uso dos jatos particulares da empresa tenha sido criticado, um relatório de auditoria interna consultado pelo jornal britânico concluiu que estava em linha com o uso do seu antecessor e que quaisquer despesas adicionais tinham sido reembolsadas. De qualquer forma, acabou por ditar a saída do português.

O Credit Suisse detém ainda outra aeronave particular, uma Bombardier Global 7500, que foi comprada há dois anos por mais de 75 milhões de dólares, de acordo com fontes familiarizadas com as transações.

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