Horta Osório renuncia ao cargo de chairman do Credit Suisse

O banqueiro português vai sair do banco Credit Suisse, oito meses depois de ter assumido a pasta de chairman. Decisão estará relacionada com a violação, por duas ocasiões, de regras de quarentena.

António Horta Osório renunciou ao cargo de chairman do Credit Suisse, oito meses depois de ter assumido as funções. A notícia foi avançada pelo Financial Times, que justifica a decisão com a investigação interna que apurou que o banqueiro português violou, em duas ocasiões, as regras de quarentena da Covid-19.

Horta Osório tinha admitido ter quebrado as regras de isolamento ao voar de Londres para Zurique em 28 de novembro, abandonando o país três dias depois. O Conselho de Administração promoveu uma auditoria interna que concluiu que o banqueiro também já tinha violado as regras britânicas, ao ter viajado para o Reino Unido para assistir à final do Torneio de Wimbledon em julho, apesar de ser obrigado a cumprir uma quarentena de dez dias à chegada.

“Estou arrependido por algumas das minhas ações pessoais terem resultado em dificuldades para o banco e comprometido a minha capacidade de o representar internamente e externamente. Nesse sentido, acredito que a minha demissão vai ao encontro dos interesses do banco e dos acionistas neste momento crucial”, reagiu Horta Osório num comunicado citado pelo Financial Times.

O jornal financeiro britânico recorda que, depois de deixar o Lloyds Banking Group, Horta Osório ingressou no Credit Suisse com a missão de restaurar a reputação do banco suíço, depois dos escândalos do colapso do fundo Archegos e da queda do banco Greensill. O banco nomeou Axel P. Lehmann, membro da direção, como substituto do português, com efeito imediato.

Horta Osório também é chairman da farmacêutica portuguesa Bial desde janeiro de 2021, altura em que substituiu Luís Portela.

Credit Suisse diz que Lehaman é o “ideal” para substituir Horta-Osório

O vice-presidente do Credit Suisse disse que Axel Lehamn vai substituir António Horta-Osório como presidente do banco depois de uma “investigação interna” que terá revelado que o português violou regras da quarentena contra o Covid-19.

O suíço Axel Lehamn, antigo alto executivo do banco USB encontra-se no Credit Suisse desde outubro do ano passado e assume o cargo de presidente, informou a instituição.

“Lehmann é o ideal para conduzir a transformação estratégica do banco”, disse esta segunda-feira o vice-presidente do Credit Suisse, Severin Schwan, citado pela agência Efe, acrescentando que respeita a decisão de Horta-Osório.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h08)

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