COP29 já tem destino marcado. Para o ano é no Azerbaijão

"O Azerbaijão percebe a importância crítica" dos esforços para combater as alterações climáticas, garantiu o ministro com a pasta da Ecologia, face à nomeação para receber a COP29.

O presidente da 28.ª Conferência das Partes (COP28), que este ano decorre no Dubai, anunciou que a próxima edição da cimeira já tem lugar escolhido. A COP29 vai realizar-se no Azerbaijão em 2024.

A escolha do Azerbaijão vinha a ser falada desde o último sábado, mas foi oficializada apenas esta segunda-feira, em conferência de imprensa. O Azerbaijão, tal como o Dubai, são escolhas que geram controvérsia, uma vez que ambos alicerçam as suas economias, em grande parte, nos lucros da exploração de combustíveis fósseis, cuja queima é a grande responsável (em 75%, mais exatamente) das emissões poluentes que ditam o agravamento das alterações climáticas – precisamente o problema que a COP deveria responder.

O ministro da Ecologia e dos Recursos Naturais do Azerbaijão teve oportunidade de fazer algumas declarações sobre a escolha do país para receber a próxima COP, e afirmou que o respetivo “compromisso com a sustentabilidade é real”, e “está refletido” nas “políticas nacionais e ações” do país. Concluiu indicando que espera que Azerbaijão se torne “um símbolo de esperança e progresso”, depois de ter garantido que “o Azerbaijão percebe a importância crítica” dos esforços para combater as alterações climáticas.

Às declarações do governante seguiu-se a visualização de um vídeo comercial, que apresenta o país – desde as paisagens à cultura, pontilhadas por algumas imagens de energias renováveis – e termina com a frase “o Azerbaijão está pronto para um futuro sustentável. Junte-se a nós na COP29”.

A decisão foi especialmente difícil num contexto de guerra entre Rússia e Ucrânia, o que levou a Rússia a opor-se a que a próxima COP decorresse em territórios da União Europeia, bloqueando a proposta búlgara de receber o evento. Na corrida estavam também Arménia e, claro, Azerbaijão, o que dificultava uma decisão unânime já que estes países, historicamente, opõem-se um ao outro.

Antes, já estava definido o país que receberá a COP30, o Brasil. O país que recebe a COP é relevante pois será, também, o país que presidirá às negociações, tendo uma grande influência na agenda e nos resultados. Por outro lado, é necessário que o país que acolha conferência tenha condições logísticas que acomodem um grande volume de participantes – este ano, contam-se 97.000.

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