Portugal é dos países da UE onde custos dos patrões com salários menos estão a subir

Portugal registou a quinta menor subida dos custos dos patrões com salários, entre os países da UE. Ainda assim, custos com contribuições sociais e impostos cresceram mais do que a média comunitária.

Os custos dos patrões portugueses com salários estão a aumentar, mas noutros países europeus essa subida tem sido bem mais acentuada. Em Portugal, no terceiro trimestre, essa despesa cresceu, em termos homólogos, 4,6%, abaixo tanto da média da União Europeia (UE) como da Zona Euro. Essa foi mesmo a quinta subida menos expressiva do Velho Continente. Já os demais custos, nomeadamente as contribuições sociais a cargo dos patrões, estão a aumentar em Portugal acima da média comunitária.

Comecemos pelo retrato europeu. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, entre julho e setembro, os custos do trabalho por hora aumentaram 5,3% na Zona Euro 5,7% na UE, face ao mesmo período do ano anterior.

No que diz respeito especificamente aos custos com salários, a subida homóloga foi de 5,3% na área da moeda única e de 5,8% no bloco comunitário. Já os outros custos do trabalho (incluindo contribuições sociais e impostos) cresceram 5,1% na Zona Euro e 5,4% na UE.

Entre os vários países europeus, quatro registaram aumentos dos custos dos patrões com salários acima dos 10%, sendo que foi na Croácia que se deu o maior salto, no terceiro trimestre: 16,2%. Em destaque, também estão a Bulgária (15,8%) e a Hungria (15,4%).

Já a Dinamarca (2,7%), França (3,1%) e Itália (3,1%) verificaram os menores aumentos dos custos salariais, entre os Estados-membros.

Por sua vez, Portugal contabilizou um aumento de 4,6% dos custos dos patrões com os salários, valor que fica abaixo da médica comunitária e próximo da base da tabela composta pelos vários países. Aliás, o aumento registado por cá foi mesmo o quinto menos expressivo do Velho Continente.

Mas se em Portugal os custos com salários cresceram menos que a média, o mesmo não se pode dizer dos outros custos laborais. Essa componente engordou 6,2% em termos homólogos, no terceiro trimestre, acima da média da UE e da Zona Euro. Ainda assim, em 14 países europeus, a variação foi mais acentuada do que a portuguesa.

Contas feitas, em Portugal os custos do trabalho aumentaram 4,9%, entre julho e setembro, face ao mesmo período do ano passado, abaixo da média comunitária.

23% dos desempregados europeus encontraram um trabalho

Esta sexta-feira, o Eurostat divulgou também os dados que permitem perceber os fluxos do mercado de trabalho e estes revelam que, no terceiro trimestre, cerca de 23% dos desempregados encontraram um novo posto de trabalho. Em causa estão três milhões de pessoas.

Ainda assim, 6,7 milhões de desempregados continuaram nessa situação, enquanto 3,2 milhões saíram da força de trabalho, isto é, deixaram de procurar ativamente um novo emprego ou, pelo menos, deixaram de estar disponíveis para começar uma nova oportunidade.

Já entre os empregados, 1,2% (2,5 milhões de indivíduos) passaram ao desemprego, entre julho e setembro e 2,5% (5,1 milhões) saíram da força de trabalho. A maioria (96,3 milhões) manteve-se empregada.

(Artigo atualizado às 13h05)

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