Empresa de malas fecha loja online durante Black Friday para “afastar-se do caos”

Numa tentativa de remar contra a maré, a Ownever vai fechar a loja online durante o fim-de-semana da Black Friday. Marca quer incentivar os consumidores a "afastar-se do caos" e apoiar os artesãos.

A Ownever, marca de malas portuguesa, vai optar por fechar a loja online no próximo fim de semana para “afastar-se do caos” da Black Friday. A marca justifica a decisão e realça que valoriza a “escolha de compras conscientes e propositadas” e convida os consumires “a apoiar os artesãos locais portugueses que dedicam o coração e a alma às suas criações”. A Ownever reabrirá as “portas” da loja online após o fim de semana.

“Nesta Black Friday, escolhemos trilhar um caminho diferente. Em vez de abrir as nossas portas para grandes descontos e filas intermináveis, iremos fechar a nossa loja durante o fim de semana (…) Na Ownever, sempre defendemos algo diferente, algo mais profundo do que a agitação das compras. Acreditamos em valores que transcendem o consumismo desenfreado e celebram a verdadeira essência da época”, explica a Ownever em comunicado.

A Ownever – que “preserva valores que transcendem o consumismo desenfreado” – acredita que está decisão poderá “causar um impacto real e dar destaque àqueles que merecem reconhecimento pela dedicação à sua arte”.

“Enquanto muitos se dirigirão às grandes cadeias comerciais neste evento, convidamos todos a visitar feiras de artesanato locais, mercados e lojas independentes. Estes artesãos não são impulsionados por margens de lucro ou estratégias corporativas; eles criam porque é a sua paixão, o seu sustento e o trabalho das suas vidas. Ao escolher as suas criações, ao visitá-los, está a investir em peças de arte e uma parte do sonho de alguém”, destaca a fundadora da Marca, Eliana Barros, licenciada em design de produto pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

Segundo um estudo da GFK para a blackfriday.pt, o volume de negócio de ecommerce faturado durante a semana da Black Friday em Portugal deve situar-se entre os 120 e os 130 milhões de euros. Segundo o estudo, a maioria dos portugueses (72%) tenciona gastar em média 290 euros durante a Black Friday, o que representa um aumento de 11% face ao ano passado.

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Na rota da ambição marítima de Portugal

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  • 23 Novembro 2023

O Registo Internacional de Navios da Madeira tem vindo a desempenhar um papel de relevo para as atividades de vocação marítima em Portugal e no regresso do país ao transporte marítimo internacional.

Entre o conjunto de aspetos que atestam o impulso que o Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR) acrescenta ao projeto marítimo nacional, é de notar a presença de Portugal em diversas instituições internacionais de enorme prestígio no setor, como é o caso específico da IMO, a credibilidade internacional decorrente da idade média dos navios e que revela que o país tem capacidade para manter e melhorar uma frota marítima que é já assinalável a nível internacional, o aumento contínuo da Tonelagem de Arqueação Bruta (TAB) dos navios registados no MAR, a atração de armadores e navios de qualidade, de empresas de “shipmanagement” e de “manning“.

A primeira embarcação registada no MAR data de 1989, ano em que foi criado no quadro do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM). À data, os armadores Portugueses recorriam às chamadas bandeiras de conveniência para poderem enfrentar e sobreviver à fortíssima concorrência internacional. Em Portugal reclamava-se, em vários fóruns, a recuperação e reconstrução de uma marinha mercante para um país considerado no passado como uma potência marítima.

A existência de um Centro Internacional de Negócios na Madeira justificou plenamente a inclusão do Registo Internacional de Navios no quadro do CINM, designadamente ao potenciar, em articulação e sinergia com os outros setores já criados, o alargamento do seu âmbito a uma atividade de evidente vocação internacional como é o shipping.

Desde então, e ao longo de mais de 30 anos, a evolução do MAR tem vindo a descrever uma linha de crescimento contínuo, confirmando-se como um dos setores de atividade do CINM mais estáveis. Não é por acaso que o MAR, nos últimos quatro anos, cresceu mais de 55% e é atualmente o terceiro maior Registo Internacional da União Europeia, o quarto em toda a Europa, e está no “top 12” a nível mundial, ultrapassando registos concorrentes de grande impacto europeu e mundial.

De facto, o MAR ocupa posições relevantes a nível mundial porque nos últimos anos tem vindo a apresentar um conjunto de incentivos e vantagens operacionais relevantes para os armadores internacionais. Adicionalmente, tem procurado manter e promover elevados padrões de segurança nos navios registados, um posicionamento que é corroborado pela sua inclusão contínua nas “listas brancas”, tanto do Memorando de Paris como no de Tokyo.

O objetivo atual para o Registo Internacional de Navios da Madeira é atingir as 1000 embarcações registadas durante 2024, continuando a atrair armadores de qualidade de países como a Alemanha, a Suíça, Holanda, Itália, Espanha, Grécia e Noruega, entre outros. Chegados a este patamar, a questão fundamental que se coloca é a de perceber como tornar o MAR mais competitivo e que tipo de ferramentas podem ser criadas para esse efeito?

Conseguidas alterações significativas no quadro legislativo que sustenta a atividade do MAR, como foram os casos do novo Regime de Hipotecas, a digitalização dos serviços, a abertura da Conservatória para registo de navios e de hipotecas durante 24 horas e a lei da segurança a bordo dos navios, importa continuar a trabalhar para melhorar as condições de operacionalidade do Registo.

A nível nacional, há um caminho ainda por fazer na melhoria e na agilização da comunicação das Autoridades Marítimas Nacionais com os armadores e com as Sociedades Classificadoras. O aprofundamento da relação com estas entidades, como acontece nos melhores registos de navios do mundo, será uma mais-valia para assegurar o desenvolvimento sólido e continuado do MAR e da bandeira portuguesa.

No plano da criação de mais incentivos, é importante ter presente que o MAR é um dos setores que integram o Centro Internacional de Negócios da Madeira e que os benefícios fiscais existentes no quadro do CINM são totalmente aplicáveis ao Registo Internacional de Navios da Madeira, designadamente aos navios e às sociedades de shipping que pretendam desenvolver a sua atividade na Região.

Neste sentido, seria importante que, no quadro das negociações com a Comissão para o novo quadro de benefícios do CINM, se dotasse o Registo ainda de melhores condições no âmbito dos incentivos fiscais existentes, por forma a potenciar a sua capacidade de atrair mais empresas de shipping nos mercados internacionais.

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Investigadores da OpenAI alertaram para descoberta perigosa antes da demissão do CEO

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Novembro 2023

Numa carta enviada à administração antes da demissão de Sam Altman, especialistas da OpenAI terão alertado para uma perigosa descoberta no campo da inteligência artificial.

Um grupo de investigadores da OpenAI terá enviado uma carta ao conselho de administração da empresa a alertar para uma poderosa descoberta na área da inteligência artificial (IA) que, segundo os próprios, poderia pôr em risco a humanidade, noticia esta quinta-feira a Reuters. O aviso foi feito pouco antes de a administração ter decidido demitir o CEO, Sam Altman, que entretanto regressou à criadora do ChatGPT.

A Reuters não teve acesso ao conteúdo da carta, mas apurou que a preocupação dos especialistas diz respeito a um projeto conhecido internamente por Q* (lê-se Q-Star), que poderá representar um passo importante no desenvolvimento da chamada inteligência artificial geral. Trata-se de um conceito teórico que a OpenAI define como um sistema tanto ou mais capaz do que os humanos. À agência, os signatários da referida carta recusaram fazer qualquer comentário sobre o tema.

Segundo as fontes citadas pela Reuters, a carta e o algoritmo em causa terão servido como catalisador para o conselho de administração da OpenAI destituir Sam Altman do cargo de CEO na passada sexta-feira. No entanto, depois de ter sido recrutado pela Microsoft, que detém 49% da OpenAI, a criadora do ChatGPT anunciou na segunda-feira um “acordo de princípio” que levará ao regresso de Altman ao cargo de CEO, respondendo a um novo conselho de administração.

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CCDR/Algarve defende consensos para gerir água e estudar novas captações

  • Lusa
  • 23 Novembro 2023

CCDR do Algarve diz que é prioritário executar até 2029 os cerca de 340 milhões de euros de fundos europeus "que estão à disposição da região" para o plano de eficiência hídrica.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve apontou, esta quinta-feira, a necessidade “de haver consensos” com todas as entidades para gerir a água na região e estudar a viabilidade de novas captações. “É preciso trabalharmos em conjunto, encontrar consensos entre os decisores políticos, as diferentes entidades e setores económicos, porque o tema da água é estratégico para o Algarve”, defendeu José Apolinário à agência Lusa.

De acordo com o responsável, “a prioridade, neste momento, é a de executar nos próximos anos [até 2029]” os cerca de 340 milhões de euros de fundos europeus “que estão à disposição da região” para o plano de eficiência hídrica.

Desta verba, 240 milhões de euros são do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que têm de estar executados no máximo no início de 2026, existindo mais 100 milhões de euros para o ciclo urbano da água e água em alta, que resultam do Portugal2030, que têm de ser executados até 2029.

É preciso trabalharmos em conjunto, encontrar consensos entre os decisores políticos, as diferentes entidades e setores económicos, porque o tema da água é estratégico para o Algarve.

José Apolinário

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve

“Precisamos da dessalinizadora, da captação de água a partir do Pomarão, do estudo de viabilidade da barragem da Foupana [no concelho de Castro Marim] e, depois destes projetos estarem concluídos, precisamos de uma eventual ligação entre o Alqueva e Odeleite”, apontou.

José Apolinário assinalou, ainda, que a eventual transferência de água da barragem do Alqueva (Alentejo) para a de Odeleite (Algarve), “não é um transvase, mas sim uma transferência, porque é feita dentro da mesma bacia hidrográfica”.

“É um cenário que não pode ser afastado e tem de ser colocado em cima da mesa a par da construção da barragem da Foupana. Mas será sempre um cenário a ponderar pós PRR”, realçou.

O presidente da CCDR do Algarve reforçou que a ligação entre as duas barragens, numa distância de cerca de 70 quilómetros, “será uma opção que tem de ser ponderada no futuro para fins agrícolas“. Segundo José Apolinário, a ligação entre as duas barragens “pode ser tecnicamente viável, embora seja um trabalho que tem de ser estudado, bem como o seu impacto económico”.

Questionado sobre um eventual transvase de água do Norte para o Sul, solução que tem sido discutida há muito como forma de mitigar a escassez de água no Sul do país, o presidente da CCDR do Algarve recordou que “do ponto de vista da legislação ambiental há uma crítica a dizer que violam diretivas e que criará um problema acrescido ao país“.

O Algarve e o Alentejo são as regiões mais afetadas pela seca em Portugal, com níveis de precipitação muito abaixo da média das últimas décadas.

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Urgências e privados vão passar baixas médicas. Governo aprova diploma

Pizarro adianta que o objetivo é "facilitar a vida aos cidadãos" e "desburocratizar SNS" e admite que medida tem "riscos", mas garante que serão tomados os "mecanismos adequados de fiscalização". 

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, um diploma que prevê que os certificados de incapacidade temporária (vulgarmente conhecidos por baixas médicas) possam ser passados nos serviços de urgência e em hospitais do setor privado e social. Ministro da Saúde adianta que o objetivo é “facilitar a vida aos cidadãos” e “desburocratizar SNS” e admite que medida tem “riscos”, mas garante que serão tomados os “mecanismos adequados de fiscalização”.

“O Conselho de Ministros aprovou um conjunto de medidas para simplificar a realização das juntas médicas de avaliação de incapacidade e a atribuição dos atestados médicos que reconhecem essa incapacidade”, revelou Manuel Pizarro, esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros.

Neste contexto, e tendo em vista “facilitar a vida aos cidadãos” e “desburocratizar o SNS”, os certificados de incapacidade temporária “passarão a poder ser emitidos nos serviços de urgência” e “também nos “consultórios médicos quer do setor privado quer do setor social”, explicou o governante. Com esta medida, os utentes deixam de ter de se deslocar ao médico de família para que lhe seja passada a baixa médica.

Esta medida já tinha vindo a ser defendida pelo diretor-executivo do SNS, que em junho garantiu em entrevista ao Expresso que a medida entraria em vigor até ao final deste ano. “O Governo está bem consciente de que este serviço acarreta riscos” nomeadamente de emissão “inapropriada de certificados, mas serão colocados em funcionamento os mecanismos adequados de fiscalização”, tendo em vista também “responsabilizar todos os envolvidos”.

Quanto às juntas médicas, estas continuarão a ser emitidas pelos “oncologistas nos casos dos doentes oncológicos”, mas a alteração ao decreto-lei “consagrará também que todas as pessoas que no tempo legal peçam a renovação do seu atestado médico por incapacidade terão o seu atestado válido até à realização dessas juntas“, afirmou Manuel Pizarro.

Por outro lado, a alteração facilita também “o recrutamento para as juntas médicas, de médicos de outras especialidades que não apenas a saúde pública, desde que estejam habilitados com a formação ou experiência adequada à realização das juntas médicas de avaliação de incapacidade”, explicou. Além destes dois diplomas foi ainda aprovado o decreto-lei que cria a carreira de técnico auxiliar de saúde.

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Governo dos Açores quer apresentar nova proposta de Orçamento para 2024

  • Lusa
  • 23 Novembro 2023

Presidente do Governo dos Açores manifestou intenção de apresentar uma nova proposta de Orçamento Regional para 2024, caso se confirme o chumbo do documento esta quinta-feira.

“Em breve, iniciarei o procedimento de apresentação de nova proposta [de Orçamento Regional], renovando e intensificando o diálogo, sobretudo com os partidos que estejam disponíveis para participar na solução”, anunciou o presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM). José Manuel Bolieiro falava durante a sua intervenção final no âmbito do debate na generalidade da proposta de Orçamento para 2024, no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta.

O líder do executivo assegurou que a nova proposta será apresentada antes do prazo legal, que é de 90 dias. “É meu dever, em nome do Governo Regional, cumprir a lei. Vou cumprir a lei. Além de democrata, cumpro o Estado de Direito, respeitando a lei”, frisou.

A lei de enquadramento do Orçamento da Região Autónoma dos Açores indica que, em caso de reprovação, o executivo deverá apresentar à Assembleia Legislativa Regional uma nova proposta de orçamento “no prazo de 90 dias sobre a data da rejeição”.

O mesmo documento não refere, no entanto, o que acontece em caso de um segundo chumbo da proposta de Orçamento Regional.

O presidente do Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) disse “não ignorar” que uma “maioria dissonante” vai chumbar o Orçamento da região para 2024 e alertou que a gestão por duodécimos “não é a situação ideal”, sobretudo devido à necessidade de aplicar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“É meu entendimento inequívoco de que não é do interesse dos Açores adiar, por muito tempo, a entrada em vigor de um Orçamento. Por isso, declaro, desde já, que o Governo não vai esgotar o prazo previsto na lei, que é de 90 dias“, reforçou.

José Manuel Bolieiro considerou que o Presidente da República também tem o “entendimento” da “essencialidade de um Orçamento”, como “se viu na crise política nacional”.

É meu entendimento inequívoco de que não é do interesse dos Açores adiar, por muito tempo, a entrada em vigor de um Orçamento. Por isso, declaro, desde já, que o Governo não vai esgotar o prazo previsto na lei, que é de 90 dias.

José Manuel Bolieiro

Presidente do Governo dos Açores

Ao longo de um discurso de 30 minutos, o líder regional definiu-se como um “referencial de estabilidade” e defendeu que o “sucesso” constrói-se como uma “atitude positiva, humilde e dialogante”.

Bolieiro fez um balanço da atuação do Governo dos Açores, que tomou posse em novembro de 2020, realçando que a região tem o “menor número de desempregados inscritos” e que as “escolas nos Açores estão abertas”, sinalizando as “diferenças” face ao que acontece a nível nacional.

“O Governo dos Açores, com as propostas de Plano e Orçamento para 2024 que apresentou, deu um forte sinal de estabilidade e compromisso, absolutamente necessários para mantermos o ritmo de crescimento económico”, assinalou.

Bolieiro criticou ainda a “amargura” e “rudeza” do discurso do PS, condenando a ausência de alternativas do maior partido da oposição. “Não sabe o PS onde está e muito menos para onde deve ir. Eleições antecipadas, sem qualquer razão ou por todas as razões, tanto faz, mas a coragem da apresentação de uma moção de censura falha. Procrastina a decisão, na esperança de outros dissolverem o parlamento”, criticou.

O Regimento da Assembleia Legislativa Regional e o Estatuto Político-Administrativo dos Açores preveem a queda do Governo Regional apenas em casos de aprovação de uma moção de censura ou de rejeição de um voto de confiança ou então se o Presidente da República decidir dissolver o parlamento regional.

A IL, o PS, o BE já anunciaram o voto contra na generalidade, enquanto Chega e PAN disseram que se irão abster, o que levará à reprovação do Plano e do Orçamento. O PSD, o CDS-PP, o PPM e o deputado independente, Carlos Furtado, irão votar a favor.

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Governo “não fará qualquer comentário às declarações da senhora PGR”

A Ministra da Presidência recusou comentar no Conselho de Ministros as declarações da Procuradora-Geral da República, que rejeitou qualquer responsabilidade pela queda do Governo.

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, foi taxativa na resposta à interpelação para comentar as declarações desta quinta-feira da Procuradora-Geral da República (PGR) sobre as investigações que envolvem o Executivo: “O Governo não fará hoje qualquer comentário sobre essa matéria”.

O Conselho de Ministros desta semana aprovou diplomas nas áreas da Saúde e Educação, mas na habitual conferência de imprensa que se segue à reunião, Mariana Vieira da Silva foi confrontada com as declarações de Lucília Gago, que afirmou que não se sente responsável pela demissão do primeiro-ministro. “O Governo não fará qualquer comentário às declarações da senhora PGR, muito menos no briefing do Conselho de Ministros“, respondem a ministra da presidência.

Não me sinto responsável por coisa nenhuma”, salientou esta quinta-feira a titular da investigação criminal, Lucília Gago, em relação à decisão de demissão do primeiro-ministro, António Costa.

“Vamos continuar a investigar sem dramatizações. O parágrafo do comunicado diz com transparência aquilo que está em causa na investigação. A necessidade de escrever o parágrafo é de transparência. Esse parágrafo teria de ser colocado, sob pena de, se não constasse, se pudesse afirmar que estava indevidamente a ocultar-se um segmento de enorme relevância”, disse a PGR.

Foram as primeiras declarações públicas da procuradora-geral da República (PGR), sobre a operação que ditou a demissão de António Costa. O primeiro-ministro demitiu-se depois de se saber que o seu nome tinha sido citado por envolvidos na investigação do MP a negócios do lítio, hidrogénio e do centro de dados em Sines, levando o Presidente da República a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para 10 de março.

(em atualização)

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Aprovado apoio à renda para professores deslocados até 2025

  • Ana Petronilho
  • 23 Novembro 2023

Apoio é atribuído a docentes colocados em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve com uma taxa de esforço acima de 35% nos encargos com a habitação. Serão abrangidos cerca de quatro mil docentes.

O Governo aprovou em Conselho de Ministros um apoio às rendas para os professores do básico e secundário colocados numa escola nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve, que fique a mais de 70 quilómetros de casa. Este apoio vai vigorar até 2025 e estarão abrangidos cerca de quatro mil docentes com um custo previsto de cerca de oito milhões de euros.

Esta era, aliás, uma medida no Orçamento do Estado para 2024 e que o diploma agora aprovado em Conselho de Ministros vem regulamentar para que seja executada, explicou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. A produção de efeitos é 1 de janeiro de 2024, mas o diploma prevê a inclusão de contratos celebrados a partir de 1 de setembro deste ano.

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve são as zonas com maiores dificuldades para colocar os professores, que recusam horários nas escolas por causa dos preços “bastante mais elevados” da habitação. O ministro da Educação, João Costa, acrescenta que o apoio vai funcionar de forma semelhante ao apoio extraordinário às rendas já em vigor, ou seja, vai ser atribuído a docentes com uma taxa de esforço acima de 35% com os encargos de habitação sendo que para o cálculo de esforço “será considerado o encargo com a habitação permanente”.

Sendo este um apoio com as regras semelhantes ao apoio extraordinário em vigor, o valor máximo de apoio atribuído aos professores é de 200 euros mensais.

Na conferência de imprensa, o ministro João Costa refere que a estimativa da tutela é que serão cerca de quatro mil os professores deslocados nestas duas regiões sendo para já estes os abrangidos com a medida, mas o número ainda pode subir tendo em conta que serão incluídos “todos os docentes que cumpram com os requisitos de elegibilidade para o apoio”.

Recorde-se que a 2 de março deste ano foi assinado um protocolo entre o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e a Direção Geral da Administração Escolar (DGAE) de apoio ao arrendamento de casas a preços mais baixos para professores deslocados, sendo que a ideia é estender o programa também a profissionais de saúde deslocados. Para o início deste ano letivo, o ministério da Educação anunciou 29 casas com renda acessível, mas foram atribuídos 11 apartamentos entre TO e T4. E entre os 388 candidatos, apenas 15 professores (8 em Portimão e 7 em Lisboa) conseguiram casa com renda acessível.

 

 

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Governo aprova a criação da carreira de técnicos auxiliares de saúde

A medida vai abranger mais de 24 mil assistentes operacionais do SNS que vão transitar para a nova carreira e terá um custo de cerca de 23 milhões de euros.

O Governo aprovou a criação da carreira de técnicos auxiliares de saúde. A novidade foi avançada esta quinta-feira pelo ministro da Saúde durante o briefing do Conselho de Ministros, em Lisboa. A medida entrará em vigor no próximo dia 1 de janeiro de 2024, apesar de o Governo estar demissionário.

“Tratar-se de reconhecer que os 24 mil mil assistentes operacionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que fazem várias atividades diferenciadas de apoio a outros profissionais. Reconhecemos o seu valor com a criação desta carreira, que vem fazer justiça a estes trabalhadores“, afirmou Manuel Pizzaro durante a conferência de imprensa, esta tarde.

A medida está prevista abranger mais de 24 mil assistentes operacionais do SNS que vão transitar para a nova carreira e terá um custo de cerca de 23 milhões de euros, tal como revelou ao ECO o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), José Abraão.

Segundo o projeto de decreto-lei e estudo prévio publicados no Boletim do Trabalho e Emprego, estima-se que o impacto orçamental para os anos seguintes seja de 17,9 milhões de euros, aos quais acrescem mais 3,8 milhões de euros por despesas associadas ao trabalho suplementar. Por sua vez, o Ministério da Saúde já tinha adiantado estar previsto que a transição para a carreira de TAS se traduza-se num acréscimo salarial de cerca de 100 euros mensais, correspondente a um aumento de 13%.

Além deste diploma, o Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o diploma que altera o regime de avaliação de incapacidade médica e outro referente ao alargamento da atribuição de atestados que reconhecem essa incapacidade temporária.

Notícia atualizada às 14h40

 

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Membros do BCE deixam “porta aberta para possível nova subida das taxas de juro”

  • Lusa
  • 23 Novembro 2023

Ata da última reunião diz que "alguns membros argumentaram a favor de deixar a porta aberta para uma possível nova subida das taxas de juro", que dependerá dos dados económicos".

Alguns dos membros do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) são favoráveis a deixar a porta aberta para novas subidas das taxas de juro na zona euro.

É o que revela a ata da reunião de política monetária de 25 e 26 de outubro, que o BCE publicou hoje e que reflete as discussões que levaram a entidade monetária a manter as taxas de juros em 4,5% após dez aumentos consecutivos desde julho de 2022.

“Alguns membros (do BCE) argumentaram a favor de deixar a porta aberta para uma possível nova subida das taxas de juro”, que dependerá dos dados económicos, segundo a ata da reunião.

Mesmo mantendo as taxas de juro na reunião do final de outubro, alguns membros consideraram que o BCE deveria estar preparado “para aumentar as taxas de juro, se necessário, mesmo que tal não faça parte do atual cenário de base”.

A reunião sublinhou que “o Conselho do BCE tinha de ser persistente e vigilante“. “A persistência foi considerada essencial para trazer a inflação para 2% a médio prazo”, juntamente com a perseverança e a paciência, porque podem surgir novos choques na economia, acrescenta a ata.

“A vigilância implicou que, embora o Conselho do BCE tivesse de avaliar a eficácia das suas medidas e reconhecer os progressos alcançados, devia evitar-se o excesso de confiança e a complacência, tendo em conta os possíveis novos desafios que poderiam surgir até que a inflação regresse ao objetivo”, refere o documento.

Ao mesmo tempo, o Conselho do BCE concorda que a economia da zona euro está mais fraca e que as perspetivas económicas se agravaram.

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Europeia, IADE e IPAM promovem feiras de emprego em Lisboa e no Porto

Feiras de empregabilidade da Europeia, IADE e IPAM acontecem na próxima semana e terão participação, no total, de 70 empresas das mais diferentes áreas, da hotelaria à consultoria.

A Universidade Europeia, a Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação (IADE) e o Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) vão promover na próxima semana feiras de emprego em Lisboa e no Porto. Cerca de 70 empresas vão participar, prometendo disponibilizar aos estudantes vagas em áreas diversas, do Direito à hotelaria, passando pelo desporto e comunicação.

“Ao promover esta Feira de Empregabilidade, tanto em Lisboa como no Porto, a Universidade Europeia, o IADE e o IPAM pretendem incentivar os jovens estudantes a participarem e a interagirem com potenciais empregadores, com vista ao objetivo maior que é ingressar no mercado de trabalho”, sublinham essas instituições de ensino, numa nota enviada às redações.

Em concreto, a feira de Lisboa vai decorrer a 28 de novembro, das 9h às 15h na Quinta do Bom Nome — Campus de Carnide. Estarão presentes 52 empresas.

a feira do Porto vai acontecer no dia 30 de novembro, das 9h30 às 15h, nas instalações do IPAM. Vão participar 17 empresas “com vagas nos mais diferentes setores de atividade”.

Entre outras empresas, estarão presentes a Auchan Retail Portugal, o BNP Paribas, a Deloitte, a Emma – The Sleep Company, a Fidelidade, Grupo Visabeira, a IKEA, a Inditex, a L’ORÉAL Portugal, a ManpowerGroup, a MC Sonae ,NTT DATA Portugal, o Pestana Hotel Group e o SANA Hotels Portugal.

“Ao promovermos este tipo de iniciativas estamos a promover o desenvolvimento de soft skills, tais como networking, criação de currículos, comportamento em sede de entrevista e até mesmo a capacidade de se apresentarem de forma adequada junto de potenciais empregadores”, sublinha Hélia Gonçalves Pereira, reitora da Universidade Europeia.

A nota partilhada esta quinta-feira dá ainda conta de que, este ano, a taxa de empregabilidade da Europeia foi de 97%, do IPAM Lisboa e do IADE 96%, e de 94% no IPAM Porto.

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Markets Corner vai abrir mais dois espaços de restauração no Grande Porto e contratar 20 pessoas

A Markets Corner, empresa que tinha até agora sete espaços de restauração entre Porto, Gaia e Lisboa, vai abrir outros dois no próximo ano. Fatura 1,7 milhões e emprega 40 pessoas.

Há dez anos, o empresário Carlos Santos viu no Mercado da Foz, no Porto – que estava “decrépito” e “muito mal frequentado” – uma oportunidade de negócio. Em 2013 abriu a Hamburgueria do Mercado e, volvida uma década, já conta com sete espaços no Porto, em Gaia e Lisboa, faturando 1,7 milhões de euros e empregando 40 pessoas. No próximo ano vai abrir dois novos espaços de restauração a Norte, num investimento de 200 mil euros e que prevê a contratação de cerca de 20 pessoas.

O empresário ouviu os amigos dizerem que se estava a “precipitar” com a aposta no Mercado da Foz”. Hoje, reconhece que a aposta foi certeira e conta que “não existem lojas disponíveis” naquele espaço, que tem uma procura “excecional”. “Há vários chefes no Porto, alguns com estrela Michelin, que querem abrir um espaço no Mercado da Foz e não conseguem”, constata Carlos Santos, fundador da Markets Corner, em declarações ao ECO/Local Online.

A Hamburgueria do Mercado (2013) foi o primeiro espaço da Markets Corner, fundada pelo empresário que detém marcas de restauração localizadas em mercados “tradicionais”. No portefólio tem ainda a Queijaria Portuguesa no Mercado Beira Rio em Vila Nova de Gaia (2017), o The Best Port Wine Experience no Time Out Market de Lisboa (2018), a Queijaria Portuguesa (2019) e o Brunch Forever (2021) no Mercado do Bom Sucesso no Porto (2019) e o Brunch Forever no Mercado Beira Rio em Vila Nova de Gaia (2023). Em outubro inaugurou o Ervilha no Mercado da Foz no Porto, localizado num antigo lavadouro público de 1943.

“Ao longo destes dez anos fomos desenvolvendo marcas 100% nossas, sempre localizadas em mercados tradicionais. Sempre reconheci o potencial enorme dos antigos mercados tradicionais e considerei que era uma aposta segura. O presente está mostrar isso mesmo”, reclama o gestor, que é natural de Coimbra, mas que foi para o Porto estudar e se considera um “filho adotivo” da cidade Invicta.

Ao longo destes dez anos fomos desenvolvendo marcas 100% nossas, sempre localizadas em mercados tradicionais. Sempre reconheci o potencial enorme dos antigos mercados tradicionais e considerei que era uma aposta segura. O presente está mostrar isso mesmo.

Carlos Santos

Fundador da Markets Corner

Os produtos utilizados são quase todos portugueses e o empresário garante que está “sempre à procura de produtores locais para valorizar o que é nacional”. Formado em Gestão na Universidade Lusíada e com um MBA em Gestão e Marketing na Universidade Católica, trabalhou antes em vários bancos e passou ainda pela Sonae na área dos centros comerciais.

Sem revelar ainda o conceito das novas lojas, Carlos Santos, que detém a totalidade do capital, adianta ao ECO/Local Online que no próximo ano vai investir 200 mil euros na abertura de dois novos espaços de restauração localizados no Porto e Vila Nova de Gaia e ainda 100 mil euros na renovação de espaços existentes, tendo em conta o “desgaste”. Além disso, reconhece que está a “estudar a possibilidade de crescer em Lisboa”.

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