“Porto pode ser a nova capital dos seguros”

  • ECO Seguros
  • 4 Julho 2023

Margarida Corrêa de Aguiar recomenda o Porto como capital dos seguros, confirma esforços para proteger Portugal contra riscos sísmicos e realça a importância de impulsionar a transformação digital.

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) destacou, na intervenção de abertura do 2º Fórum Nacional de Seguros, a importância de lidar com os riscos sísmicos em Portugal. Garante que a ASF está empenhada em melhorar o conhecimento sobre esses riscos e promover uma maior cobertura seguradora.

“Neste ecossistema tecnológico, os dados (data) passaram a constituir um dos ativos de maior valor nos modelos de negócio”, declarou a presidente da ASF, Margarida Corrêa de Aguiar, na intervenção de abertura do 2º Fórum Nacional de Seguros.

O território português enfrenta um risco severo de fenómenos sísmicos, que pode causar perdas significativas e afetar a estabilidade financeira. Recentemente, a ASF realizou estudos e recolheu informações do setor segurador sobre os riscos físicos relacionados com incêndios, fenómenos naturais e outros danos materiais. Espera-se que esses estudos contribuam para soluções a médio prazo, incluindo a criação de um fundo sísmico no país.

Além disso, no evento organizado pelo ECOseguros, o supervisor destacou os desafios da transformação digital, um tema importante para o setor segurador. A digitalização tem trazido eficiência operacional e uma oferta mais diversificada e acessível aos consumidores. A inovação tecnológica continuará a transformar a forma como as empresas de seguros desenvolvem produtos, avaliam riscos, utilizam perfis de consumidores, detetam fraudes e gerenciam processos.

Margarida Corrêa de Aguiar confirmou que os dados são agora um dos ativos mais valiosos no setor segurador. A análise inteligente dos dados desempenha um papel fundamental na tomada de decisões e na personalização das ofertas aos clientes.

De acordo com a ASF, o setor segurador em Portugal enfrenta, além de vários desafios sociais e globais, a necessidade de lidar com os riscos sísmicos e aproveitar as oportunidades trazidas pela transformação digital. A ASF está comprometida em impulsionar essas mudanças, buscando um equilíbrio entre a proteção dos segurados e a inovação necessária para o progresso do setor.

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CCR RE recebe 200 milhões com controlo SMABTP e MACSF

  • ECO Seguros
  • 4 Julho 2023

Consórcio composto pela SMABTP e pela MACSF concluiu a aquisição de uma participação maioritária na resseguradora CCR RE e injetou 200 milhões de euros adicionais na resseguradora.

A aquisição representa um “projeto de diversificação estratégico” para os dois grupos de seguros mútuos, com o resseguro a oferecer também um “forte potencial de desenvolvimento”. As conversações sobre a venda entre as empresas surgiram pela primeira vez em fevereiro deste ano.

“Em poucos anos, a CCR criou e fez crescer um unicórnio no setor financeiro”, declarou o presidente da CCR, Jacques Le Pape.

De acordo com o anúncio, o preço da transação de 100% do capital entre o consórcio e a CCR foi fixado em 947 milhões de euros antes de aumento de capital. Na sequência da venda do sistema informático pela CCR, a resseguradora francesa CCR RE estava avaliada em 968 milhões de euros.

A SMABTP e a MACSF – duas acionistas maioritárias – subscreveram simultaneamente aumento de capital no valor de 200 milhões de euros, passando a deter 75% do capital da CCR RE, ficando a CCR com uma quota de 25%.

Tanto a aquisição quanto o aumento de capital, financiados com recursos próprios, entram em vigor a partir desta terça-feira, após a autorização dos órgãos reguladores. Desta forma, a CCR RE reforça a sua capacidade para satisfazer as necessidades dos seus clientes e tirar o máximo partido da atual conjuntura favorável do mercado de resseguros.

O novo conselho de administração da CCR RE é composto por 12 membros, incluindo representantes do grupo SMABTP, do grupo MACSF, da CCR e dois administradores independentes. Após a aquisição, a CCR RE será operacionalmente autónoma e continuará com a sua estratégia de desenvolvimento que tem vindo a ser implementada desde 2017, servindo seguradoras situadas em mais de 80 países.

Pierre Esparbes, Diretor Executivo do grupo SMABTP, afirmou: “A SMABTP está muito satisfeita por ter aproveitado esta oportunidade estratégica que nos permite diversificar as nossas fontes de rendimento, mantendo a alma da nossa profissão. No que diz respeito à CCR RE, esta operação permitir-lhe-á atingir, a prazo, a dimensão e a rentabilidade crítica necessárias para autofinanciar o seu crescimento ao mesmo ritmo que o mercado. Esta operação reforçará igualmente a sua solidez financeira.

Stéphane Dessirier, Diretor-Geral do grupo MACSF, comentou: “A MACSF está muito satisfeita por concluir esta operação em conjunto com a SMABTP, que oferece oportunidades de desenvolvimento promissoras para a CCR RE num mercado de resseguros dinâmico. Temos total confiança nas equipas da CCR RE e na sua capacidade de levar a cabo as novas ambições da empresa.”

O Presidente da CCR, Jacques Le Pape, acrescentou: “O Conselho de Administração da CCR está extremamente satisfeito com o facto de o processo iniciado há alguns meses com o consórcio SMABTP e MACSF ter sido concluído hoje. O êxito desta operação valida a estratégia prosseguida há vários anos com o apoio de Bruno Le Maire e da Direção-Geral do Tesouro. Em poucos anos, a CCR criou e fez crescer um unicórnio no setor financeiro. Hoje, entregamos os meios para fazer avançar ainda mais o seu desenvolvimento e tornarmo-nos o segundo centro internacional de resseguros em Paris.

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Helvetia deixa de fora negócios de carvão

  • ECO Seguros
  • 4 Julho 2023

A Helvetia especificou novos objectivos relativos à mitigação das alterações climáticas e quer promover medidas de redução de emissões de CO2. Criou novos critérios de exclusão no setor segurador.

O grupo segurador suíço Helvetia estabeleceu novas barreiras de proteção na sua estratégia climática. Para além das suas próprias operações comerciais, está também a analisar as áreas em que pretende manter-se afastado dos negócios com empresas de petróleo, gás e carvão.

“Como companhia de seguros, pensamos a longo prazo e estamos empenhados num futuro sustentável”, garante o diretor executivo da Helvetia, Philipp Gmür.

Com base na estratégia de sustentabilidade “20.25”, foi desenvolvida uma estratégia climática com objetivos a longo prazo e medidas concretas, escreveu o grupo em comunicado na sexta-feira. Estes devem agora ser implementadas de forma consistente.

A primeira prioridade é continuar a promover medidas de redução de CO2 nas suas próprias atividades comerciais. A Helvetia estabeleceu para si própria um objetivo de emissões carbono nulas até 2040.

Foi ainda definida uma estratégia de eliminação progressiva para atividades relacionadas com carvão e outros critérios de exclusão para atividades relacionadas com petróleo e gás. Numa terceira fase, o objetivo de emissões carbono nulas deverá também ser alcançado até 2050 no que se refere às emissões indiretas das atividades de investimento e de seguros.

“Como companhia de seguros, pensamos a longo prazo e estamos empenhados num futuro sustentável“, afirma o Diretor Executivo da Helvetia, Philipp Gmür.

A Helvetia já não cobre minas de carvão, projetos de infraestruturas correspondentes e novas iniciativas de produção de eletricidade a partir do carvão. A partir de setembro de 2023, as empresas do setor da energia que estejam a expandir a atividade carbonífera também deixarão de estar seguradas. A eliminação progressiva de atividades relacionadas com o carvão deverá ter lugar, numa primeira fase, até 2035 nos países da OCDE e, posteriormente, a nível mundial, até 2040.

Foram definidas outras medidas e critérios de exclusão para as atividades relacionadas com o petróleo e o gás. A eliminação gradual destas atividades constitui uma parte importante da trajetória de redução das emissões indiretas de CO2 da carteira de seguros até 2050.

A descarbonização da economia também deve ser apoiada por soluções de seguros, defende a suíça. A Helvetia está a trabalhar em soluções de seguros para a produção de energias renováveis e respetivas infraestruturas. Isto permite desenvolvimento de oportunidades para contribuir para a mitigação das alterações climáticas e para explorar as suas próprias oportunidades de negócio.

Para o efeito, foi criada uma equipa de funcionários especializados, que está bem posicionada neste mercado. Mais de 25% do negócio da carteira de eletricidade já provém de projetos e infraestruturas de produção de energia renovável.

 

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Lítio: Protocolo entre Lusorecursos e entidades de Montalegre cancelado

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Perante o “nível de controvérsia gerado” e de modo a “assegurar a desejada paz social”, a Lusorecursos decidiu desvincular-se do protocolo com nove entidades de Montalegre.

Nove entidades de Montalegre e a Lusorecursos, empresa que quer explorar uma mina de lítio no concelho, rescindiram um contrato celebrado recentemente depois de fortes críticas por parte das comunidades locais, segundo comunicados divulgados esta terça-feira.

O Movimento Não às Minas – Montalegre, também em comunicado, manifestou a sua “perplexidade relativamente à assinatura e consequente desvinculação do protocolo”.

No dia 16 de junho foi assinado um protocolo entre a Lusorecursos Portugal Lithium, promotora da mina proposta para o Norte do distrito de Vila Real, e a Associação Amigos da Misarela, a Associação do Campo (Cervos), a Associação de Desenvolvimento de Tourém, a Associação dos Baldios do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Associação para o Desenvolvimento de Pitões, a Vezeira – Associação de Desenvolvimento de Fafião, o Conselho Diretivo dos Baldios de Cervos, o Conselho Diretivo dos Baldios de Cabril e a Junta de Freguesia de Cabril.

No protocolo, a que a agência Lusa teve acesso, pode ler-se que as entidades “representativas das comunidades locais manifestam um apoio claro e inequívoco à realização do projeto de exploração da mina de lítio do Romano em Montalegre, reconhecendo a sua importância para o desenvolvimento sustentável da região e manifestarão este apoio publicamente”.

O documento gerou fortes críticas a nível local e esta terça foi anunciada a sua denúncia. “Depois de ouvidas as comunidades locais e associados, verificamos que o referente protocolo não vai ao encontro às expectativas destes, bem como os princípios basilares das entidades signatárias”, refere o comunicado divulgado pelas entidades através das redes sociais.

Acrescentam ainda que este documento será enviado para as entidades competentes, nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”. Perante o “nível de controvérsia gerado” e de modo a “assegurar a desejada paz social”, a Lusorecursos disse que decidiu desvincular-se do protocolo, “comprometendo-se unilateralmente à outorga das contrapartidas referidas visando o desenvolvimento sustentado do território, dentro do máximo permitido pela lei”.

A reformulação do projeto “Concessão de Exploração de Depósitos Minerais de Lítio e Minerais Associados – Romano”, da Lusorecursos, encontra-se em consulta pública desde o dia 27 de julho e até 24 de julho. O prazo inicial era até sexta-feira, 10 de julho, mas por decisão do presidente do conselho diretivo da APA, foi prorrogado por um período de 10 dias úteis. Foi na documentação divulgada no âmbito da consulta pública que, segundo o Movimento Não às Minas – Montalegre, se ficou a conhecer o protocolo.

“Enquanto movimento de defesa do ambiente e do modo de vida das populações, preocupa-nos que os representantes das entidades locais subscritoras não tenham consciência dos graves impactes ambientais, sociais e económicos para a região e, repudiamos a falta de empatia e solidariedade para com os seus conterrâneos que sofrerão direta ou indiretamente com os malefícios deste projeto destruidor da região de Barroso. É nosso entendimento que, neste concelho, não poderá haver uma zona de sacrifício, condenada à destruição, e outra zona, dita privilegiada, que usufruirá das alegadas contrapartidas resultantes da destruição da primeira. É injusto e desumano”, salientou esta organização.

Acrescentou que “nenhuma desvinculação apagará o ato praticado e a ignomínia do mesmo”. “Estariam todos os signatários legalmente mandatados para a prática de tal ato? Alegadamente, o assunto não terá sido discutido e aprovado nas reuniões dos respetivos órgãos sociais de algumas entidades. Por outro lado, importa saber quais as contrapartidas efetivas para cada uma das entidades signatárias”, questionou o movimento.

Apontou ainda que “o amadorismo e irresponsabilidade ficaram mais uma vez patentes na atuação da empresa”. A reformulação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) visa a análise das localizações do complexo de anexos mineiros (CAM), que inclui a refinaria, lavaria e edifícios administrativos, bem como das medidas de minimização e compensação ambientais com incidência na população do lobo-ibérico.

No início do ano, a empresa disse que foi notificada sobre um “parecer favorável” ao projeto que prevê uma exploração mista, a céu aberto e subterrânea, especificando que foi chumbado a localização do CAM devido à presença de uma alcateia.

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Brasil assume presidência do Mercosul e Lula espera fechar acordo com UE este ano

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Lula da Silva sublinhou que o Mercosul tem pela frente "compromissos inadiáveis" e citou as negociações com a UE. "Precisamos de concluir o acordo Mercosul-UE", afirmou.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, recebeu esta terça-feira a presidência do Mercosul das mãos do seu homólogo argentino, Alberto Fernández, e estabeleceu como objetivo prioritário fechar “neste semestre” um acordo “definitivo” com a União Europeia (UE).

Fernández entregou ao líder brasileiro a chefia do bloco Mercosul, que inclui também o Paraguai e o Uruguai, encerrando assim a Cimeira de Chefes de Estado do grupo sul-americano, realizada num hotel em Puerto Iguazú, onde se encontram as famosas cataratas.

Luiz Inácio Lula da Silva sublinhou que o Mercosul tem pela frente “compromissos inadiáveis” e citou as negociações com a UE. “Precisamos de concluir o acordo Mercosul-UE”, afirmou. Nesse sentido, anunciou que, na quarta-feira, pretende manter uma conversa telefónica com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que acaba de assumir a presidência do bloco europeu, para discutir e começar a desbloquear o diálogo.

Lula da Silva declarou que enviará o mais rápido possível a resposta do Mercosul à nova carta de compromissos ambientais anexada pelo bloco da UE ao acordo firmado em 2019, com a intenção de fechar “um acordo definitivo ainda neste semestre”.

Por sua vez, Fernández disse que estava a entregar a presidência semestral do bloco sul-americano a um “grande presidente e um amigo admirado por todos os argentinos”. “Nas suas mãos está a responsabilidade de liderar este momento o Mercosul com os ideais e a convicção política que sempre o caracterizaram”, disse Fernández, na cerimónia.

O Brasil, a maior potência da América Latina, ocupará até dezembro a presidência rotativa do grupo, que nos últimos seis meses do ano foi exercida pela Argentina, com a missão de desbloquear as negociações comerciais com a União Europeia. O Mercosul e a UE chegaram a um acordo abrangente em 2019, após duas décadas de negociações, mas o processo de ratificação estagnou diante de novas exigências de ambos os blocos.

As negociações com a UE foram o principal tema desta reunião, que contou com a presença, pela primeira vez desde 2019, dos chefes de Estado dos quatro membros efetivos do bloco: Alberto Fernández (Argentina), Lula da Silva (Brasil), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Luis Lacalle Pou (Uruguai). Estiveram também presentes Luis Arce, Presidente da Bolívia, Estado associado em processo de adesão, e o Presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, que tomará posse em 15 de agosto.

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Tribunal dá razão à NAV e anula penhora de slots da TACV em Lisboa

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa veio pronunciar-se concedendo razão à NAV Portugal, sob o argumento que "o bem é impenhorável e é nula a penhora das faixas horárias".

A NAV Portugal disse esta terça-feira que o tribunal lhe tinha dado razão na nulidade de penhora de slots (faixas horárias) da companhia aérea cabo-verdiana TACV em Lisboa, segundo um comunicado. A gestora do espaço aéreo nacional lembra que, em 21 de junho, a imprensa tinha noticiado a penhora de faixas horárias aeroportuárias (vulgo slots) concedidas à TACV em Lisboa, devido “a uma pretensa dívida acumulada” pela companhia cabo-verdiana.

Neste contexto, a NAV Portugal, como “entidade coordenadora de faixas horárias”, esclareceu que a legislação nacional e comunitária “não permite a penhora ou venda em leilão de slots aeroportuários e pugnou pela nulidade da execução junto do juiz do processo”.

Em resultado dessa reclamação, o Juízo de Execução de Lisboa – Juiz 8 do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa veio pronunciar-se concedendo razão à NAV Portugal, determinando através de decisão sumária, datada de 29 de junho de 2023, que “o bem é impenhorável e é nula a penhora das faixas horárias”, referem.

Por isso, destacou, “deve o Agente de Execução proceder de imediato ao cancelamento do leilão eletrónico para efeitos de venda desses slots”. No dia 23 de junho, a NAV disse à Lusa que o anúncio de penhora e leilão de slots da cabo-verdiana TACV no aeroporto de Lisboa representa uma “ilegalidade” e que iria contestar judicialmente o processo.

O esclarecimento surge depois de a imprensa portuguesa e cabo-verdiana terem dado conta da penhora da faixa horária aeroportuária concedida à TACV em Lisboa, devido a uma dívida acumulada pela companhia cabo-verdiana, de cerca de 211.000 euros.

O leilão da faixa horária ou slots, que foi penhorada por ordem do Tribunal de Lisboa, teve início no dia 19 de junho e estava previsto o seu encerramento para o próximo dia 12 de julho.

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PCP vai apresentar projeto de resolução contra privatização da Efacec

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Paulo Raimundo diz que “aquilo que se conhece deste grupo financeiro, deste fundo alemão, e que as experiências anteriores não foram propriamente muito positivas”.

O PCP vai apresentar na quarta-feira um projeto de resolução para tentar evitar a privatização da Efacec, cuja transação com o fundo Mutares está previsto acontecer no terceiro trimestre de 2023, anunciou esta terça-feira no Porto o secretário-geral, Paulo Raimundo.

Em declarações aos jornalistas após participar numa sessão pública sobre a empresa, Paulo Raimundo defendeu que “o processo de privatização exige que seja travado porque um processo destes, uma empresa destas, com esta capacidade, que esteve nas mãos do Estado, não se pode desperdiçar, com a capacidade do ponto de vista tecnológico e científico, com mão-de-obra altamente qualificada e entregar por uns patacos a um fundo (…) todo este ‘know-how’ e conhecimento”.

Em 7 de junho, o Governo aprovou a proposta da Mutares para a privatização da Efacec, sem revelar os valores envolvidos. Considerando que “os trabalhadores e o país ganhavam se a empresa se mantivesse no setor empresarial do Estado”, o dirigente comunista afirmou depois que “aquilo que se conhece deste grupo financeiro, deste fundo alemão, e que as experiências anteriores não foram propriamente muito positivas relativamente a isso”.

Paulo Raimundo insiste que “ainda há tempo para travar este processo” e que “com a nacionalização da empresa [saiam a ganhar] os cofres, o país, os trabalhadores”.

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Mafalda Carmona sai da Comissão Técnica do novo aeroporto por “divergências” com a coordenadora

  • ECO
  • 4 Julho 2023

Depois de Daniel Murta, também Mafalda Carmona abandonou a Comissão Técnica Independente que está a avaliar a localização do novo aeroporto de Lisboa. Ambos já foram substituídos.

Mafalda Carmona abandonou a Comissão Técnica Independente que está a avaliar a localização do novo aeroporto da região de Lisboa devido a divergências com Rosário Partidário, coordenadora desta comissão, avança o Observador (acesso pago) e Expresso (acesso pago). É a segunda baixa no organismo.

“Saio por divergências profissionais face ao âmbito do meu trabalho”, afirmou Mafalda Carmona ao semanário, escusando-se a entrar em detalhes, mas explicando que a discordância estava relacionada com as áreas ambientais e o papel que a sua contribuição académica e de jurista podia ter na avaliação nestas matérias. Já ao Observador, a advogada e professora diz que as divergências profissionais evoluíram para problemas de “trato” e de “incompatibilidade pessoal”. A carta de demissão foi entregue a 29 de maio.

Estas declarações contrariam assim a tese de Rosário Partidário, que tinha referido ao Observador e ao Expresso que Mafalda Carmona tinha pedido a exoneração “porque não tinha tempo para os trabalhos da CTI”. Esta é a segunda baixa na CTI, dado que em fevereiro Daniel Murta, que estava com a área do planeamento, também abandonou as suas funções. Ambos já foram substituídos.

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Carlos Ghosn alvo de novo mandado de captura internacional

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

O mandado está relacionado com um inquérito sobre contratos de uma subsidiária da Renault-Nissan.

Um juiz de instrução do tribunal de Paris emitiu em abril um mandado de captura internacional para Carlos Ghosn, ex-líder da Renault-Nissan, que vive no Líbano, informou esta terça-feira a AFP citando fonte próxima do dossiê.

O mandado está relacionado com um inquérito sobre contratos de uma subsidiária da Renault-Nissan, de acordo com a mesma fonte.

Ghosn já tinha sido alvo de uma outra ordem de detenção internacional emitida em abril de 2022 por um magistrado de Nanterre, no âmbito de uma investigação sobre uso indevido de bens empresariais e branqueamento de capitais em ligação com um distribuidor de Omã, Suhail Bahwan Automobiles (SBA).

Carlos Ghosn não pode sair do Líbano, as autoridades libanesas impedem a sua saída do território devido aos processos no Japão, por isso, não pode responder às intimações em França”, disseram à AFP os advogados do visado.

Carlos Ghosn, que tem cidadania francesa, brasileira e libanesa, chegou a estar preso preventivamente no Japão, mas fugiu do país em finais de 2019 e foi para o Líbano.

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Mexidas na fiscalidade anulam descida dos preços dos combustíveis

Esta semana quando for abastecer, deverá agora pagar em média 1,503 euros por litro de gasóleo simples e 1,648 euros por litro de gasolina simples 95.

O Governo voltou a reduzir os apoios aos combustíveis, anulando assim a descida dos preços nas bombas que se iriam fazer sentir esta semana.

Os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), revelam que esta semana os portugueses iriam pagar 1,648 euros por litro de gasolina (uma redução de 2,4 cêntimos face à semana anterior) e 1,484 euros por litro de gasóleo (ou seja, menos 1,5 cêntimos que na semana anterior).

Mas, na segunda-feira o Governo anunciou um agravamento de três cêntimos na taxa de carbono a vigorar em julho, apesar de se manter o desconto no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP). E, por isso, foram anuladas as descidas desta semana caso não tivessem sido decididas alterações.

Assim, esta semana quando for abastecer, deverá agora pagar em média 1,503 euros por litro de gasóleo simples e 1,648 euros por litro de gasolina simples 95. Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras.

A redução dos apoios surge num momento que as instituições internacionais têm pressionado o Governo para retirar os apoios às famílias nomeadamente ao nível da energia e dos combustíveis já que os preços de referência do gasóleo e da gasolina estão abaixo dos verificados em outubro de 2021, quando arrancaram as medidas iniciais de mitigação ao nível do ISP.

Além disso, o Executivo justifica que a redução da carga fiscal passe a ser de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 27 cêntimos por litro de gasolina em julho, com o facto de o “consumo de combustíveis nos primeiros quatro meses de 2023 atingiu o recorde da última década” e o consumo de combustíveis rodoviários, em maio, regista um crescimento de 12% face ao período homólogo.

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Polícia que matou jovem em França angaria um milhão de euros. Família do jovem só consegue um quinto do valor

  • ECO
  • 4 Julho 2023

Uma campanha de angariação de fundos para ajudar a família do polícia que matou Nahel, em França, angariou um milhão de euros. Já a mãe do jovem conseguiu quase 200 mil euros.

Uma campanha de angariação de fundos para ajudar a família do polícia que matou Nahel, em França, já angariou um milhão de euros, segundo o Politico. Por sua vez, outra campanha de fundos para ajudar a mãe do jovem de 17 anos só arrecadou um quinto deste valor, isto é, quase 200 mil euros.

De acordo com o jornal, a campanha de angariação de fundos criada para apoiar o polícia que abateu a tiro o jovem de 17 anos e foi lançada na plataforma GoFundMe por Jean Messiha, figura de extrema-direita ligado aos media e que apoiou o antigo candidato presidencial Eric Zemmour.

A campanha estará a gerar polémica, mas a plataforma norte-americana recusa eliminar a página. “Atualmente, esta campanha cumpre os nossos termos de utilização, dado que os fundos serão pagos diretamente à família em questão. A família foi adicionada como beneficiária e, portanto, os fundos ser-lhes-ão pagos diretamente”, explicou um porta-voz da GoFundMe, sublinhando que os fundos usados para a defesa de crimes violentos ou discursos de ódio não são permitidos.

Por sua vez, uma outra campanha lançada na plataforma Leetchi e desta vez para apoiar a mãe do jovem baleado só conseguiu arrecadar um quinto do valor, isto é, quase 200 mil euros, segundo o Politico.

A 27 de junho, Nahel foi abatido a tiro por um polícia, em Nanterre, durante uma fiscalização de trânsito enquanto conduzia um carro alugado. Desde então, várias cidades francesas têm sido palco de fortes confrontos e manifestações, alegando reivindicações raciais. Na noite de domingo, foram detidas 157 pessoas, um número substancialmente abaixo dos dias anteriores.

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Estivadores dão início a greve nos portos de Lisboa e Setúbal na quarta-feira

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Em causa estão alegadas violações do direito à greve, destacou a estrutura sindical, nos últimos três anos, pelas empresas que operam no porto de Lisboa.

Os estivadores dão quarta-feira início a uma greve nos portos de Lisboa e Setúbal, protestando por alegadas violações do direito à greve, numa paralisação que se irá manter até 5 de novembro. O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) apresentou em 20 de junho um pré-aviso de greve a partir de 5 de julho para o porto de Lisboa, que se refletirá também no porto de Setúbal.

“O Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros, em nome e em representação dos trabalhadores portuários integrados no respetivo âmbito estatutário, que exercem a sua atividade profissional nas áreas dos portos de Lisboa e de Setúbal, declara greve à prestação de trabalho nestes portos, a partir das 08:00 do dia 05 de julho de 2023 até às 08:00 do dia 05 de novembro de 2023”, indicou o SEAL em comunicado, na altura.

Estão em causa alegadas violações do direito à greve, destacou a estrutura sindical, nos últimos três anos, pelas empresas que operam no porto de Lisboa, ao colocarem trabalhadores de empresas terceiras a realizar trabalho abrangido pelos pré-avisos de greve.

O SEAL recordou que a sua presente luta “começou porque todas as empresas de operação portuária decidiram, em conjunto, de forma totalmente concertada, apresentar à insolvência a empresa de cedência de mão-de-obra portuária de que eram as únicas associadas e, simultaneamente, únicas clientes, a A-ETPL”, e sublinhou que essa luta “não terminará enquanto o problema não for resolvido, pelas empresas ou pelos tribunais”.

Para “permitir que os trabalhadores da A-ETPL pudessem regressar ao setor”, o SEAL explicou “ter sempre optado por permitir uma enorme ampliação dos serviços mínimos, muito para além daquilo que legalmente seria exigível e, ainda assim, haver navios abrangidos por serviços mínimos operados por trabalhadores de outras empresas sem que previamente fosse feita qualquer requisição de trabalhadores ao sindicato”.

“Todos os Grupos de Operadores portuários que operam no porto de Lisboa estão a utilizar este ‘estratagema’, numa clara manifestação de fraude à lei (o Grupo ETE opera todos os navios ao largo neste sistema), com a total conivência do ACT que, no porto de Lisboa, não atua de todo, razão pela qual as ações de responsabilização civil e criminal pelas violações do direito à greve que estavam a ser preparadas antes do início da negociação com o Grupo Yildirim irão agora prosseguir”, referiu o sindicato do setor.

Segundo o SEAL, “a greve envolverá todos os trabalhadores portuários efetivos e também aqueles que possuam vínculo contratual de trabalho portuário de duração limitada, cujas entidades empregadoras ou utilizadoras sejam as empresas de trabalho portuário ou empresas de estiva em atividade nos referidos portos, compreendendo-se ainda no âmbito da greve as empresas titulares de direitos de uso privativo nas respetivas áreas portuárias”.

O sindicato precisou que “a greve se materializará na abstenção da prestação de trabalho em todas as empresas de estiva do porto de Lisboa (…) em todas as operações realizadas, seja qual for o período de trabalho, normal ou suplementar, para a execução das quais as entidades empregadoras ou utilizadoras de mão-de-obra portuária contratem ou coloquem trabalhadores estranhos à profissão e que não integrassem o contingente efetivo e eventual à data de 04 de fevereiro de 2020″.

No porto de Setúbal, precisou o SEAL, a greve “restringir-se-á à abstenção da prestação do trabalho incidente sobre navios ou cargas que, neste contexto de greve, sejam desviados do porto de Lisboa para este porto desde o dia 04 de fevereiro de 2020 até ao limite final fixado neste aviso prévio de greve”.

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