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Trabalhadores da Global Media condenam ameaças de insolvência pela administração

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

O dirigente sindical avisa que as pessoas “não se deixam amedrontar por esta ameaça velada da empresa de que nos responsabiliza por quaisquer efeitos secundários, digamos assim, da sua luta”.

Os trabalhadores do Global Media Group (GMG) criticam as ameaças de insolvência por parte da administração da empresa e questionam o destino das receitas de dezembro, no dia em que o grupo disse que não iria conseguir pagar salários. Em declarações à Lusa, Augusto Correia, do Sindicato dos Jornalistas e trabalhador do Jornal de Notícias, disse que a gestão já tem feito passar a mensagem de que “mais uma greve e iriam para insolvência”.

Segundo o dirigente sindical, as pessoas “não se deixam amedrontar por esta ameaça velada da empresa de que nos responsabiliza por quaisquer efeitos secundários, digamos assim, da sua luta”. Os trabalhadores de várias publicações do GMG estiveram hoje reunidos em plenários, que continuam na sexta-feira, esperando-se depois uma posição conjunta.

O GMG informou esta quinta os trabalhadores de que não tem condições para pagar os salários referentes ao mês de dezembro, sublinhando que a situação financeira é “extremamente grave”.

“Apesar dos esforços desenvolvidos ao longo das últimas semanas no sentido de assegurar em tempo útil o processamento dos salários referentes ao mês de dezembro, a Comissão Executiva vê-se obrigada a informar todos os trabalhadores do Global Media Group não existirem, à data de hoje, condições que permitam o pagamento dos salários deste mês”, lê-se numa comunicação interna, a que a Lusa teve acesso.

Augusto Correia rejeitou vários dos argumentos que a gestão tem usado para justificar os atrasos nos pagamentos. “Uma das questões que foi colocada é o que aconteceu ao dinheiro que entrou na empresa só no mês de dezembro, por exemplo”, denunciou, referindo que houve “milhões de euros em publicidade em contratos na empresa”.

O dirigente sindical recusou ainda que a decisão do Governo em não avançar com a compra da posição na Lusa seja razão para a situação atual, garantido que o montante em causa daria “para dois meses de salários, se tanto”. Augusto Correia disse que o grupo conta com cerca de 550 trabalhadores, todos afetados pelo anúncio de hoje, sobre os salários de dezembro.

Num comunicado no final do plenário, a redação do Jornal de Notícias repudiou “a falta de pagamento aos trabalhadores a recibos verdes e a ausência de uma resposta quanto à resolução da situação”, sublinhando “os prejuízos operacionais e a degradação dos conteúdos decorrentes da falta de pagamento aos colaboradores, que deixam a descoberto extensas faixas de território, e aos fornecedores de serviços essenciais ao funcionamento de uma redação (agências noticiosas e suportes digitais, por exemplo) e da atuação da Comissão Executiva”.

Exortaram ainda Marco Galinha, presidente do Conselho de Administração (chairman) do GMG “e os outros acionistas, Kevin Ho e José Soeiro, a pronunciar-se publicamente sobre o estado do grupo, em decadência desde a entrada do World Oportunity Fund” bem como sobre “os danos reputacionais provocados pela atuação dos membros da Comissão Executiva e pelas sucessivas ameaças de falência”.

Condenaram ainda a recusa do presidente executivo, José Paulo Fafe, “em ser ouvido na Assembleia da República, argumentando que não quer participar em ‘iniciativas de caráter eleitoral'”. Segundo a redação do periódico, a não concretização do negócio da Lusa foi também por culpa da gestão “que anunciou um despedimento coletivo dias antes de assinar a transação”.

O programa de rescisões no GMG, que detém a TSF, Diário de Notícias (DN) e Jornal de Notícias (JN), entre outros, foi prolongado até 10 de janeiro, confirmou, na semana passada, à Lusa fonte oficial da administração. No dia 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

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Seguradoras dos EUA despediram mais de 6 mil trabalhadores este ano

  • ECO Seguros
  • 28 Dezembro 2023

As companhias Não Vida foram as que despediram mais funcionários com Farmers, Geico, Liberty, USAA e Pie a liderar os ajustamentos de recursos humanos.

As empresas do setor segurador nos Estados Unidos da América despediram, pelo menos, 6.800 pessoas em 2023, avançou a S&P Global MarketIntelligence, empresa de serviços de informação financeira.

O afastamento dos colaboradores enquadrou-se nas estratégias de cerca de 20 empresas. Algumas, principalmente as maiores, fizeram-no para se focarem e financiarem outras atividades que acreditam ser capazes de tornar a empresa mais eficiente; outras optaram por cortar nas despesas.

Segundo o estudo, as empresas do ramo de Danos e Responsabilidade Civil (P&C), (a Farmers Insurance, GEICO Corp, Liberty Mutual, USAA e a Pie Insurance) foram as que despediram mais trabalhadores.

A Farmers Insurance, grupo segurador de veículos, residências e pequenas empresas, rescindiu com 2.400 trabalhadores, cerca de 11% da sua força de trabalho – foi a que mais trabalhadores despediu em 2023. A seguradora pretende simplificar os seus sistemas e introduzir “inovação concebida para apoiar o sucesso dos proprietários e empregados das agências Farmers”, cita o estudo.

Já a GEICO, empresa de seguros automóveis do grupo Berkshire Hathaway, despediu cerca de 2.000 funcionários (6% da sua força de trabalho), a Liberty Mutual cerca de 1.220, a USAA 300 e a Pie Insurance (empresa de seguros para pequenas empresas) despediu 66 funcionários.

Nas empresas do ramo das tecnologias da indústria seguradora (insurtech) também houve afastamento dos colaboradores: a Hippo Holding Inc., despediu cerca de 120 trabalhadores. A empresa de cuidados médicos Centene Corporation despediu cerca de 2.000 colaboradores, 3% da sua força de trabalho. Da área Vida e Saúde, a Manulife Financial despediu 250 trabalhadoras e a Prudential Finantial despediu 243.

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Empresas ferroviárias aplaudem suspensão da taxa de acesso ao Porto de Sines

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

A Associação Portuguesa das Empresas Ferroviárias defende que esta tarifa “iria causar distorções no mercado e discriminação negativa".

A Associação Portuguesa das Empresas Ferroviárias (APEF) ‘aplaudiu’ esta quinta-feira a suspensão da tarifa de acesso à entrada do terminal ferroviário do Porto de Sines (Setúbal) no próximo ano, confirmada à agência Lusa pela autoridade portuária.

Em comunicado, a APEF disse congratular-se com a decisão da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) e argumentou que a aplicação desta tarifa “iria causar distorções no mercado e discriminação negativa, sobretudo em relação a um modo de transporte mais sustentável” como o comboio.

No entender da associação, a implementação desta taxa, cobrada desde o início do ano às empresas do transporte ferroviário, pela entrada de cada comboio no terminal ferroviário do Porto de Sines, penalizava os operadores ferroviários “comparativamente com os operadores rodoviários que todos os dias acedem” àquele porto. “Os operadores ferroviários nunca estiveram contra o pagamento de um valor por um serviço prestado, desde que este seja justificado e aplicado de forma equivalente ao modo rodoviário”, esclareceu a APEF, no comunicado.

No entanto, assinalou, com a aplicação da tarifa, “apenas a ferrovia seria penalizada, algo que vai contra tudo aquilo que tem vindo a ser defendido pela tutela e pela Comissão Europeia”. Para Miguel Rebelo de Sousa, diretor executivo da associação, citado na mesma nota, “a aplicação desta taxa não era coerente com os objetivos estabelecidos para a descarbonização do setor e as políticas definidas pela Comissão Europeia para a intermodalidade e transição modal”.

“Felizmente, o Porto de Sines decidiu não avançar com esta medida, contribuindo desta forma para a competitividade da ferrovia e do corredor logístico de Sines”, sustentou. O responsável aplaudiu ainda a decisão adotada pela autoridade portuária de restituir os valores que foram cobrados às empresas durante o ano de 2023.

“Os associados da APEF foram informados que os valores que lhes foram cobrados durante o ano de 2023 serão restituídos, uma decisão muito positiva e séria por parte APS”, considerou. O Porto de Sines (Setúbal) decidiu suspender a tarifa cobrada às empresas de transporte ferroviário de mercadorias, em 2024, alegando que a medida tem impactos nas empresas importadoras e exportadoras que utilizam este corredor logístico.

Contactada pela agência Lusa e numa resposta enviada por escrito, a APS explicou que na base da decisão de suspender o procedimento no próximo ano, está “a instabilidade e retração” dos mercados mundiais. Também a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), em comunicado, divulgou a decisão da APS de suspender o procedimento em curso e não aplicar qualquer prestação pela utilização do complexo ferroviário do Porto de Sines em 2024.

Segundo a AMT, que registou de forma “muito positiva” a suspensão da medida, a APS decidiu igualmente restituir os montantes cobrados aos operadores ferroviários de mercadorias no corrente ano de 2023.

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Casos de gripe aumentam na semana do Natal, a maioria é do tipo A

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

A nível internacional, a "atividade gripal" apresenta uma tendência crescente: "Observa-se a nível europeu uma positividade para gripe nos cuidados de saúde primários superior a 10%".

A incidência de gripe apresentou uma tendência crescente na semana de 18 a 24 de dezembro, tendo sido identificados 910 casos positivos, 837 dos quais do tipo A, anunciou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge. Desde o início de outubro “foram detetados 85 casos de coinfecção pelo vírus da gripe e SARS-CoV-2”, segundo o Boletim de Vigilância Epidemiológica.

Foram reportados 14 casos de gripe pelas 17 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação, tendo sido identificado o vírus influenza (H1N1) num caso, o vírus influenza A não subtipado em 12 casos e não foi possível identificar o tipo de vírus num caso, de acordo com a mesma fonte. O instituto assinala que a mortalidade por todas as causas está “de acordo com o esperado”.

A nível internacional, a “atividade gripal” apresenta uma tendência crescente: “Observa-se a nível europeu uma positividade para gripe nos cuidados de saúde primários superior a 10%”. Na época 2023/2024, com início na primeira semana de outubro de 2023, a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Outros Vírus Respiratórios (Hospitais) notificou 31.420 casos de infeção respiratória e foram identificados 3.672 casos de gripe.

Nesta época, foram ainda identificados outros agentes respiratórios em 5.920 casos. Na semana 50/2023 (11 a 17 de dezembro), foram identificados outros agentes respiratórios em 728 casos, sendo o vírus sincicial respiratório (RSV) o mais frequentemente detetado. Agora, o instituto aponta para uma provável “tendência decrescente” na atividade deste vírus, mas ressalva que deve ser encarada “com cautela”, devido a “possíveis atrasos na notificação” e ao efeito do período festivo.

“O número de novos internamentos por infeção por RSV em crianças menores de 24 meses na rede de vigilância sentinela apresenta uma tendência decrescente nas últimas semanas”, segundo os dados recolhidos.

Desde o início de outubro, foram reportados 278 casos de internamento por RSV pelos hospitais que integram esta rede de vigilância sentinela. Cerca de 47% dos bebés tinham menos de três meses, 16% eram bebés prematuros e 8% tiveram necessidade de ventilação ou foram internados em Unidade de Cuidados Intensivos.

Na semana passada, o valor médio da temperatura mínima do ar (2,68°C) foi 3,37 graus inferior ao valor normal (1971-2000) e o valor médio da temperatura máxima do ar (13,76 °C) foi 0,12 graus inferior, tendo por base os registos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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André Haui será o novo CEO da BB Seguridade

Rafael Sperendio, o atual diretor financeiro da empresa, irá assumir o cargo de diretor-executivo provisoriamente até aprovação do novo CEO pelo administração.

André Haui será o novo CEO da seguradora brasileira BB Seguridade, holding de seguros do Banco do Brasil, avançou a agência Reuters. O dirigente, selecionado pelo acionista maioritário da seguradora, o Banco do Brasil, conta com 23 anos de experiência no Banco do Brasil e lidera a sua subsidiária nos Estados Unidos da América.

André Haui, CEO e Managing Director da sucursal do Banco do Brasil nos EUA, assumirá o cargo de CEO da BB Seguridade.

O novo CEO substituirá Ullisses Assis, o agora antigo CEO da empresa, que abandonou o cargo para procurar “novos desafios profissionais no setor privado”, após dois anos a liderar a empresa, dá conta a agência Reuters. Segundo o jornal Infomoney, Ulisses Assis será diretor de negócios de retalho no Itaú Unibanco, um grande banco privado do Brasil, daqui a 6 meses.

O antigo CEO usou a rede social LinkedIn para deixar umas palavras de despedida ao Banco do Brasil, grupo para o qual trabalhava há 23 anos, “é com uma mistura de emoções e o coração cheio de gratidão que me despeço hoje das famílias BB e BB Seguros”, escreve o dirigente. “Desde escriturário na agência Santo António do Leverger (MT), passando pela diretoria executiva do BB como Head do Alto Retalho, até CEO da BB Seguridade, cada colega desempenhou um papel fundamental na minha jornada, e por isso expresso o meu profundo agradecimento.” acrescenta. Ullisses Assis confessa que “agora, é chegada a hora de seguir um caminho para uma etapa diferente, uma transição para novos desafios no mercado privado. Sempre tive comigo um grande desejo, o de fechar meu ciclo no BB pela porta que entrei: a da frente. Escolher o momento de fazer essa transição não tem preço.”, afirma.

Segundo o informoney, André Haui deverá permanecer no cargo até ao final do mandato de Ulisses Assis, em 2025.

Até o conselho de administração da seguradora aprovar a nomeação do próximo CEO, Rafael Sperendio, o atual diretor financeiro da empresa, irá substituir Ullisses Assis provisoriamente.

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Formadores fazem queixa de sindicato de profissionais de seguros por falta de pagamento

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

A queixa é contra o SISEP, uma das três organizações mais representativas dos trabalhadores de seguros em Portugal.

Formadores profissionais, com milhares de euros por receber, apresentaram queixa-crime ao Ministério Público contra o Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal (SISEP) por eventuais desvios de fundos e outros ilícitos alegadamente praticados pela direção do SISEP.

Em denúncia entregue no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), aqueles formadores do centro de formação profissional, integrada no SISEP, referem que “durante o tempo em que o serviço foi prestado, não foram devidamente remunerados, apesar da instituição SISEP ter recebido por parte do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) os valores devidamente discriminados” destinados a pagamentos, “incluindo o pagamento aos formadores, o que nunca aconteceu”.

Estes formadores, na posse todos os contratos inerentes ao trabalho realizado e cujas cópias se encontram na instituição SISEP, alegam que este utilizou diversos argumentos para justificar “a ausência desses pagamentos”, tendo os formadores mantido a sua atividade em prol dos formandos, “acreditando sempre na resolução dos valores em dívida”.

Na queixa, este grupo de formadores pede ao Ministério Público que investigue a situação, por “configurarem possíveis atos genéricos de má gestão, burla e desvio de dinheiros“.

“Possíveis desvios de capitais recebidos, via IEFP e seu possível desvio para outros fins que não o pagamento das responsabilidades a que eles se destinavam e para a qual estavam, segundo sabemos, especificamente indicados, eventual falsificação de documentos, tendo em vista o recebimento por parte do IEFP porque só assim eram os subsídios pagos, gestão danosa porque se procurou manter a atividade e sobrevivência do centro de formação profissional e do seu objetivo inicial, com eventuais desvios de capitais, para o suporte financeiro de outras atividades do sindicato (SISEP)”, diz a denúncia, com data de 18 de dezembro.

Estes formadores alegam ainda que, contactada a direção do SISEP, por diversas vezes, “nunca houve uma resposta cabal para a resolução do problema”, tendo havido “sempre desculpas sem sentido, como, por exemplo, ‘falta de pagamento por parte do IEFP’, ‘falhas no sistema informático’, tudo argumentos que os autores da denúncia dizem ‘saber não ser verdade'”.

“Denunciada a situação ao IEFP, enquanto entidade certificadora, foi feita uma auditoria pouco aprofundada, cujos resultados foram ‘atirados para canto’, o que nos levanta suspeitas de alguma situação pouco clara entre organismos”, mencionam os autores num documento enviado à Lusa.

Questionado pela Lusa, o IEFP afirma que “efetuou os reembolsos referentes às candidaturas aprovadas para a entidade formadora SISEP – Sindicato dos Profissionais de Seguros”, tendo decidido não aprovar novas turmas após as denúncias.

“Na sequência das denúncias recebidas e da comprovação das mesmas, o IEFP não aprovou novas turmas a esta entidade, decisão que irá manter até cumprimento dos respetivos requisitos”, refere a mesma fonte oficial do IEFP sem, no entanto, responder às questões relativas à auditoria e resultado da mesma.

Em 19 de dezembro passado, foi também enviado ao presidente do Conselho Diretivo do IEFP a denúncia apresentada contra a SISEP, por falta de pagamento aos formadores, um pedido para que “seja apurada com rapidez, a verdade sobre a entidade formadora SISEP, bem como saber qual o papel do IEFP, enquanto entidade promotora”.

“Esta situação é incomportável, tanto mais que estimamos a falta de pagamento a formadores em cerca de 400 mil euros”, salienta a missiva para o presidente do IEFP.

Na carta, alertam ainda o presidente do IEFP que, nas “atuais condições, todos os formadores se mostraram indisponíveis para continuar a sua colaboração com o SISEP (sindicato filiado na UGT) e que, assim sendo, desconhecem se atualmente existem atividades letivas a correr e, em caso afirmativo quem as assegura”.

Na queixa ao DCIAP, os autores da denúncia explicam que o SISEP é um sindicato que constituiu um centro de formação profissional “tendo em vista a formação dos mais diversos formandos, das mais diversas proveniências, quer nacionais, desfavorecidos na sua maioria, quer dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), tendo em vista a conclusão da escolaridade mínima obrigatória em diversas áreas práticas e profissionais, necessárias ao desenvolvimento humano dos formandos”.

Esclarecem ainda na queixa que o “centro de formação profissional – SISEP” é uma entidade formadora externa do IEFP, ao abrigo do Programa Comunitário POCH — Programa Operacional de Capital Humano, com certificação da DGERT – Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.

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Venezuela responde a “ameaça” britânica enviando 5.600 soldados para a fronteira com Guiana

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

O Presidente venezuelano enviou militares para a fronteira com a Guiana "em resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido", que enviou um navio de guerra para a zona em plena crise sobre Essequibo.

O Presidente venezuelano anunciou esta quinta-feira exercícios militares envolvendo cerca de 5.600 soldados junto à fronteira com a Guiana, em “resposta à ameaça” do Reino Unido, que enviou um navio de guerra para a zona em plena crise sobre Essequibo.

“Ordenei a ativação de uma ação conjunta de todas as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Venezuelanas) nas Caraíbas Orientais, na costa atlântica, em resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania do nosso país”, declarou o Presidente Nicolás Maduro.

Durante a emissão, Maduro mostrou imagens de navios de guerra e aviões de combate em patrulha.

A Venezuela, afirmou em comunicado o Ministério de Relações Exteriores, “rejeita de maneira categórica a chegada do navio HMS Trent, da Marinha Britânica às costas da Guiana, o que constitui um ato de provocação hostil e uma violação da recente Declaração de Argyle [São Vicente e Granadinas], assumida como um plano para resolver a disputa territorial sobre a Guiana Essequiba”.

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Regras orçamentais voltam em 2024. O que vai mudar?

As regras orçamentais regressam depois de estarem suspensas devido à pandemia e à guerra. Mas novo quadro acordado entre ministros das Finanças apenas deve entrar em vigor em 2025.

Após a pandemia e a guerra na Ucrânia, a situação estabilizou o suficiente para voltarem as regras orçamentais da União Europeia, que controlam a trajetória das finanças públicas nos países da moeda única. O consenso não estava fácil, mas depois de várias reuniões os ministros das Finanças dos Estados-membros acabaram por chegar a acordo sobre um novo quadro, que é uma “manta de retalhos” entre regras antigas – nomeadamente mantendo os limites de 3% do PIB para o défice e 60% para a dívida – e novas disposições, mais flexíveis, como caracteriza o economista Ricardo Reis.

Apesar desta corrida para conseguir consenso, o acordo ainda não terá impacto na política orçamental da UE em 2024 porque os orçamentos nacionais para o próximo ano já foram decididos com base em orientações acordadas no início de 2023.

Para o futuro, as metas de 60% do PIB para a dívida pública e de 3% do PIB para o défice vão então manter-se. Portugal cumpre a regra do défice (com excedentes orçamentais previstos para este ano e o próximo) mas continua bastante acima da meta para a dívida: segundo as mais recentes previsões do Conselho das Finanças Públicas, em 2037 o rácio ainda se fixará nos 87,2%. Mesmo assim, existe uma mudança na forma como se olha para este indicador.

Uma das grandes novidades é a adoção de uma “abordagem diferenciada em relação a cada Estado-membro, para ter em conta a heterogeneidade das posições orçamentais, da dívida pública e dos desafios económicos em toda a UE”, como explica o Conselho. Assim, o novo quadro vai permitir “trajetórias orçamentais plurianuais específicas de cada país para cada Estado-membro, assegurando ao mesmo tempo uma supervisão multilateral eficaz e respeitando o princípio da igualdade de tratamento”.

Os planos de médio prazo vão abranger quatro ou cinco anos e contemplam compromissos para uma trajetória orçamental, bem como com investimentos públicos e reformas que, em conjunto, “garantam a redução sustentada e gradual da dívida e o crescimento sustentável e inclusivo”.

Olivier Blanchard, ex-economista chefe do FMI, defende que o foco deve estar na sustentabilidade da dívida e não tanto na redução. “Receio que as novas regras orçamentais europeias, centradas na redução da dívida, possam ser demasiado rigorosas”, escreveu no X (ex-Twitter). Tal poderá levar “alguns países a infringi-las e a destruir a credibilidade das regras, ou a satisfazê-las à custa de uma atividade reduzida e de uma defesa e de investimento verdes insuficientes”, acrescenta.

O economista Ricardo Reis também considera que o caminho a seguir deve ser centrado numa análise de sustentabilidade da dívida pública. Com “as mudanças nas taxas, a análise tem de ser condicional e probabilística”, avaliando o que “devem ser sinais de alarme”, ao invés de “regras preto e branco”, indica, ao ECO.

Neste processo de reforma, “a ambição era de fazer diferente mas parece que vai ficar na mesma”, opina Ricardo Reis. Para o economista, a regra dos 60% do PIB para a dívida “não faz sentido”, até porque existem vários países acima desse limite neste momento. Na junção de regras antigas e novas “há uma combinação entre as diferentes partes que neste momento é uma manta de retalhos”, aponta.

A proposta final dita que a trajetória técnica deve assegurar que o rácio da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto diminua num ritmo médio anual mínimo de um ponto percentual do PIB perante um endividamento superior a 90% e 0,5 pontos percentuais do PIB face a um endividamento entre 60% e 90%. As regras aplicadas a Portugal devem ser então aquelas previstas para uma dívida acima de 90% do PIB.

Já o procedimento por défice excessivo obrigará a reduzir as despesas em 0,5% do PIB por ano. Mas, numa concessão de última hora obtida pela França, os países sujeitos a tal procedimento podem descontar os custos dos juros da dívida no período 2025-2027, reduzindo os cortes de despesa.

Numa análise às novas regras, a Goldman Sachs sublinha que “o compromisso de reduzir a dívida em 1,0 pp, em média, ao longo de vários anos é um passo no sentido de corrigir a pró-ciclicidade que assola as atuais regras orçamentais do Pacto de Estabilidade e Crescimento”. No entanto, as novas regras irão “provavelmente impedir a despesa de operar livremente e não conseguem captar plenamente os diferentes aspetos dos cenários macroeconómicos em todos os países.”

“Além disso, o período de ajustamento acrescenta complexidade e a aplicação continuará baseada em penalidades”, lê-se, na nota.

Fernando Medina reconheceu, em declarações em Bruxelas, que existe um risco de, ao procurar simplificar as regras orçamentais, estas acabarem por se tornar mais complexas. “É algo que creio que devíamos evitar neste processo”, realçou, ressalvando, no entanto, que não acredita que o processo possa terminar “com regras mais difíceis”.

Estas regras foram discutidas no seio do Ecofin, onde têm assento os ministros das Finanças dos países da União Europeia. Foi marcada uma reunião a 20 de dezembro para tentar resolver o assunto antes do final do ano e lá foi possível chegar a consenso, sendo que os timings são apertados até para o processo ter seguimento nos colegisladores – Parlamento Europeu e Conselho – porque o mandato dos eurodeputados termina em 2024, sendo que há eleições europeias em junho.

Agora ainda vão decorrer negociações com o Parlamento Europeu sobre algumas questões do novo quadro, o que deverá começar em janeiro, para que possam ser aprovadas ainda neste mandato. Mas devido a este processo legislativo, as novas regras apenas devem entrar em vigor em 2025, sinalizou Fernando Medina. “Estas regras entrarão em vigor, no melhor dos cenários, em 2025, e pode até acontecer que só entrem em 2026 e é a partir daí que vamos ver como funcionam”, disse o ministro das Finanças na semana passada.

A discussão tem por base uma proposta da Comissão Europeia, divulgada em abril passado, para regras orçamentais baseadas no risco, com uma trajetória técnica e personalizada para países endividados da UE, como Portugal, dando-lhes mais tempo para reduzir o défice e a dívida.

Esta proposta prevê planos estruturais de médio prazo, num horizonte de quatro anos, bem como um caminho específico para cada país de despesa. Existem salvaguardas comuns e cláusulas de “escape”. Como estas regras representam uma flexibilização, está ainda previsto uma aplicação mais rigorosa do plano.

Portugal terá um excedente em 2023 e um saldo neutro em 2024, pelo que não deverá ter problemas nesse campo. Quanto à dívida, apesar de se manter acima da meta, tem tido um ritmo de redução acima do que está previsto na proposta da Comissão Europeia.

Tudo dependerá, no entanto, das opções políticas que tomar o Governo que resultar das eleições de 10 de março. O Conselho das Finanças Públicas já sinalizou que num cenário base o rácio da dívida desce para 87,2% do PIB, mas se existir um corte com a atual política de redução, a dívida pode chegar próximo dos 110% do PIB.

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Ventura fixa como objetivo ficar à frente da coligação PSD/CDS-PP

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

O presidente do Chega diz ainda que quer "liderar à direita o próximo parlamento" após as legislativas de 10 de março.

O presidente do Chega traçou esta quinta-feira como objetivo nas legislativas antecipadas “ficar à frente” da coligação PSD/CDS-PP e “liderar à direita o próximo parlamento”, afirmando que “o PSD não chegará ao Governo com o apoio parlamentar do Chega”.

André Ventura reuniu-se com o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, nos Paços do Concelho, tendo no final do encontro afirmado aos jornalistas que vai fazer “uma grande aposta” nas legislativas antecipadas nos distritos do Norte, em particular no do Porto, onde nas eleições passadas apenas conseguiu ser a quinta força política, quando nos resultados globais ficou em terceiro lugar.

“O Chega quer ficar à frente da coligação [PSD/CDS-PP] e liderar à direita o próximo parlamento. Esse é o nosso objetivo. É um objetivo ambicioso em que as sondagens ainda nos colocam a alguns pontos da coligação”, disse, admitindo que em distritos como Porto “vai ser uma luta mais difícil”, mas que esta reunião pedida a Rui Moreira “é o primeiro ponto de várias presenças”.

Sobre o facto do presidente do PSD, Luís Montenegro, recusar qualquer acordo com o Chega, Ventura respondeu que a “realidade é mais forte do que a ficção” e que essa é que “vai haver dois partidos maioritários à direita”, o Chega e o PSD, e os sociais-democratas “sabem que, tal como nos Açores, vão ter que lidar com a situação como ela existe”.

“Não vale a pena andarmos a dizer ‘não, não, não’ se os portugueses disserem ‘sim, sim, sim’”, considerou. Questionado sobre o que fará caso Montenegro mantenha a recusa em relação ao Chega, o líder do partido escusou-se a responder por várias vezes, mas reiterou que “isso não aconteceu, portanto não vai acontecer agora”.

“Isso é como perguntar-me assim: e se Jesus Cristo aparecer amanhã aqui à sua frente: ajoelha-se ou dá-lhe um beijo? Não sei. É tão ridículo, não faz sentido”, disse, insistindo que se houver uma maioria à direita terá que haver um Governo com a participação do Chega.

Para Ventura, se não for possível este Governo direita “é sinal que uma tremenda irresponsabilidade abateu-se sobre este país e quem o fizer será responsável, como diziam os medievais, durante mil anos para que o PS governe outra vez”. “O PSD não chegará ao Governo com o apoio parlamentar do Chega, isso não chegará”, assegurou.

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CTT dá aumento de 60 euros a trabalhadores com salário até cerca de 3.000 euros

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

A empresa fixa também em 825 euros o valor mínimo de vencimento base de entrada a partir de 1 de janeiro de 2024.

Os trabalhadores dos CTT – Correios de Portugal com salários base até 2.924,50 euros vão ter um aumento de 60 euros a partir de janeiro, anunciou esta quinta-feira a empresa.

Em comunicado, os CTT adiantam que a par do aumento de 60 euros, haverá ainda uma atualização das tabelas salariais de 30 euros em todos os intervalos de salários de cada categoria, bem como uma subida do subsídio de refeição para 9,35 euros. A atualização salarial, acordada por todos os sindicatos, segundo indica o comunicado, fixa também em 825 euros o valor mínimo de vencimento base de entrada na empresa.

Esta revisão salarial, que a empresa classifica como “ambiciosa e abrangente”, subjacente ao Acordo de Empresa (AE), produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2024, tendo resultado do processo negocial com os representantes dos trabalhadores.

Após mais um ano “desafiante”, marcado pelo aumento da inflação e pela subida das taxas de juro e as consequentes dificuldades na gestão do orçamento das famílias, a comissão executiva dos CTT afirma que “tem procurado implementar medidas que contribuam para minimizar os efeitos do ambiente macroeconómico atual, aumentando o poder de compra” dos trabalhadores, enquanto “assegura a sustentabilidade futura da empresa”.

Os CTT empregam 11.788 pessoas, tendo registado ganhos operacionais de 906,6 milhões de euros em 2022 e transportado 457,6 milhões de objetos de correio endereçado.

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PRR

Costa considera que PRR “está a avançar muito bem”

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

"Prevemos que o desembolso dos restantes 700 milhões de euros se concretize nos primeiros meses de 2024", disse o primeiro-ministro António Costa.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que o Plano de Recuperação e Resiliência “está a avançar muito bem”, depois de confirmar que a Comissão Europeia transferiu esta quinta-feira 2,46 mil milhões de euros para Portugal.

“É uma excelente notícia para Portugal. A Comissão Europeia transferiu hoje 2,46 mil milhões, referentes às 3.ª e 4.ª tranches do PRR. Somos um dos dois primeiros países a receber o 4.º pagamento. Podemos dizer que o Plano de Recuperação e Resiliência está a avançar muito bem”, escreveu o chefe do executivo português na sua conta oficial da rede X (antigo Twitter).

Costa indicou que “até mesmo os três de 47 marcos/metas ainda por fechar – a criação de centros de responsabilidade integrada nos hospitais, os acordos de descentralização com todos os municípios na área da Saúde e os estatutos das Ordens Profissionais – deverão estar cumpridos em breve”.

Prevemos que o desembolso dos restantes 700 milhões de euros se concretize nos primeiros meses de 2024″, acrescentou António Costa. A Comissão Europeia mobilizou 2,46 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos no terceiro e quarto pagamentos do PRR, lembrando haver “muito trabalho a fazer” para cumprir marcos e objetivos pendentes.

Em comunicado, o executivo comunitário indica ter “desembolsado a Portugal o terceiro e quarto pagamentos combinados no valor de 2,46 mil milhões de euros de apoio financeiro não reembolsável e empréstimos – excluindo o pré-financiamento – ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência”, que financia os PRR nacionais.

Portugal arrecadou estas verbas após, em outubro passado, ter pedido a Bruxelas o terceiro pedido de pagamento da terceira e quarta parcelas de subvenção (1,77 mil milhões e 820 milhões de euros) e da terceira e quarta parcelas de empréstimo (360 milhões e 22 milhões de euros), relacionados com 47 marcos e metas do seu PRR.

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Da investigação a cartéis ao “conluio dna contratação pública”, as prioridades da Autoridade da Concorrência para 2024

Cartéis, abuso de posição dominante e conluio na contratação pública vão estar na mira da Autoridade da Concorrência no próximo ano.

A Autoridade da Concorrência (AdC) vai reforçar a capacidade de deteção e investigação de cartéis no próximo ano, bem como aumentar o escrutínio de possíveis práticas de abuso de posição dominante. Entre as prioridades da AdC para 2024 incluem-se ainda ferramentas para monitorizar a inteligência artificial e lidar com a transição digital.

A atuação da entidade liderada por Nuno Cunha Rodrigues será orientada pelo “combate às práticas restritivas com efeitos mais nocivos para a economia e para os consumidores“, sendo por essa razão que a deteção de cartéis “será uma das principais metas orientadoras da atividade em 2024”, adianta a AdC em comunicado.

Na mira da Autoridade estará ainda o “conluio na contratação pública” e a “identificação, investigação e sanção de práticas de abuso de posição dominante”.

A entidade assegura que vai estar atenta ao gun jumping“, ou seja, quando as empresas não fazem a notificação prévia à AdC de operações de concentração, ou as que a implementam antes de uma decisão. Foi o que aconteceu, por exemplo com a LusoPalex, empresa de produtos de saúde, que foi este mês condenada a pagar uma coima de 75.000 euros por ter realizado uma operação de concentração antes da notificação prévia.

A AdC tem já na calha uma decisão para 2024 relativamente a uma aquisição: a compra da Nowo pela Vodafone. A proposta de compromissos da Vodafone só chegou no início deste mês e o regulador terá um prazo de 20 dias para analisar esses compromissos, pelo que a decisão final já só vai ser conhecida em 2024.

Nesta definição de prioridades, a AdC não esquece o crescimento da Inteligência Artificial, pelo que vai acompanhar os desenvolvimentos neste campo e também “maximizar as suas ferramentas de informática forense”.

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