Ofensiva com drones mostra que Rússia não quer paz, diz Michel

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

O presidente do Conselho Europeu considerou os ataques russos "ainda mais cínicos" tendo em conta que "o aumento da sua intensidade coincide com as férias do Ano Novo".

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmouque a quantidade de drones lançados desde segunda-feira pela Rússia sobre a Ucrânia é um sinal de que Moscovo não procura a paz, tendo um objetivo muito diferente.

Para quem acredita nos rumores de que a Rússia está interessada em conversações de paz, o número recorde de ‘drones’ (aeronaves não-tripuladas) lançados nas últimas 24 horas contra a Ucrânia mostra a verdadeira intenção de Moscovo”, disse Michel na sua conta da rede social X (antigo Twitter). O líder da União Europeia (UE) considerou tais ataques “ainda mais cínicos” tendo em conta que “o aumento da sua intensidade coincide com as férias do Ano Novo”.

Michel sustentou também que o ânimo da Ucrânia “não pode ser quebrado” e lembrou que a UE “apoia o país”. A Rússia lançou, na véspera de Ano Novo, uma ofensiva com ‘drones’ sobre várias regiões da Ucrânia que manteve os sistemas de defesa aérea ucranianos em alerta até às primeiras horas da manhã de segunda-feira, no maior ataque com aquele tipo de aparelhos desde o início da guerra, há quase dois anos.

No total, a Rússia lançou 90 drones de asa fixa e quatro mísseis teleguiados antiaéreos S-300 sobre território ucraniano, além de três mísseis antirradar Rh-31P e um Kh-59. Os mísseis atingiram Kharkiv (leste), Kherson e Zaporijia (sul), ao passo que os drones tiveram como alvo Mikolayiv (sul), Vinitsia (centro-oeste), Dnipropetrovsk (centro), Kherson e a região de Kirovogrado (centro), além de Lviv (oeste).

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 22 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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