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Luís Bernardo contratado para elaborar “plano estratégico de futuro” da Global Media

Carla Borges Ferreira,

Na carta enviada aos deputados e à qual o ECO teve acesso, o dono da WLP diz que presta serviços ao grupo e nega que seja administrador.

Luís Bernardo diz ter sido convidado pela comissão executiva da Global Media para apresentar um plano estratégico de futuro para o grupo.

Numa carta enviada esta segunda-feira ao presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, à qual o ECO teve acesso, o consultor de comunicação afirma que, “para que fique totalmente claro, apenas e só a empresa de que sou administrador executivo, a WLP, foi convidada pela atual Comissão Executiva, no âmbito de uma prestação de serviços de consultoria, para apresentar um plano estratégico de futuro para o grupo num quadro de expansão para novos mercados e oportunidade de projetar as marcas, diferentes multiplataformas e potencial digital da GMG, a exemplo do que a WLP fez noutras entidades com resultados reconhecidos e nomeadamente na área dos media”.

Luís Bernardo diz que se trata de um trabalho que “ainda está em curso, nos prazos solicitados, mas que naturalmente está num impasse perante a situação de todos conhecida“.

Em quatro pontos, Luís Bernardo também nega ser acionista ou exercer funções de administração. “Não, não sou acionista, nem exerço qualquer função de administrador ou gestor no Global Media Group (GMG), pelo que manifesto a minha perplexidade e estranheza pela forma forçada e artificial com que o meu nome foi referido nessa comissão com base em pressupostos totalmente falsos e caluniosos para tentar sustentar uma ligação ao administrador Paulo Lima de Carvalho”, escreve, num documento no qual também critica a deputada Joana Mortágua, que, “partindo das funções que exercia enquanto assessor do ex-primeiro-ministro José Sócrates, qualifica e extrapola suspeitas em termos que considero totalmente inaceitáveis”, acusa.

O nome de Luís Bernardo foi envolvido no processo na última semana, na audição de Domingos de Andrade, ex-diretor da TSF e administrador do grupo que foi afastado quando entrou a nova administração.

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