Transportes públicos com mais passageiros em 2023, mas ainda abaixo do pré-pandemia

Metro de Lisboa continua a ter uma procura 7% abaixo da de 2019, prejudicando os números da procura de transportes públicos no país. Ainda assim, em termos gerais, 2023 foi melhor que 2022.

A utilização de transportes públicos em Portugal cresceu cerca de 20% em 2023 face ao ano anterior. Mas, em comparação com 2019, ano pré-pandemia, procura ainda está aquém, por “culpa” do Metro de Lisboa. A procura na capital ficou, em 2023, 7% abaixo do nível de há cinco anos, revela o Ministério do Ambiente e da Ação Climática em comunicado.

O Metro do Porto e Metro de Lisboa subiram na mesma proporção — 21% — em 2023 face a 2022, contabilizando, respetivamente, 79.070 e 161.717 passageiros. A Transtejo/Soflusa deu um salto ainda maior, de 24%, para 19.659 passageiros. No entanto, em comparação com 2019, embora a procura no Metro do Porto tenha crescido 11%, e 2% na Transtejo/Softlusa, no caso do Metro de Lisboa decresceu 7%, ditando uma quebra de 2% no total do país.

Apesar do acréscimo do número de passageiros, a procura no Metropolitano de Lisboa ainda está 7% abaixo da verificada em 2019, quando a operação das empresas ainda não fora afetada pela pandemia de Covid-19″, reconhece o Ministério da tutela. O mesmo acredita que as obras de expansão da rede que ocorreram ao longo do ano de 2023 terão restringido a circulação e assim “não permitiram maior retoma da procura”.

No caso da Metro do Porto, o número de passageiros verificado em 2023 supera em 11% a procura registada em 2019, e na Transtejo/Soflusa a procura é 2% superior à registada no mesmo período de 2019.

Entre 2019 e 2022, Ministério do Ambiente e da Ação Climática mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos. Estes montantes foram mobilizados através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia.

No Orçamento do Estado 2024 está contemplada a criação do programa “Incentiva +TP”, que substitui o PART e o Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP), o qual será financiado, por consignação de parte das receitas das taxas de carbono, no valor de 360 milhões de euros, aos quais acrescem 50 milhões de euros para a manutenção dos preços dos passes. Paralelamente, dando seguimento ao previsto no OE de 2024, desde 1 de janeiro que estão disponíveis passes gratuitos para jovens estudantes.

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